como sou particularmente trapalhão, desajeitado e (a pior coisa que se poderia juntar às anteriores) azarado, foi com absoluta estupefacção que me deparei com a seguinte situação. Depois de uma incursão pela casa de banho, resolvi fazer aquilo que os homens macho não fazem: puxar o autoclismo. No caso era mais premir, pois é um daqueles autoclismos com duas velocidades. Por ser um gastador, carreguei no botão que dá a descarga de cinco litros e não a de três. A tampa levantada dava o toque de masculinidade à coisa. Como quem não quer a coisa, o botão, farto de viver em cativeiro no topo de uma estrutura barulhenta, agarrou-se com unhas e dentes ao meu dedo indicador. Quando percebeu que estava fora do aparelho, largou-se para cair dentro da sanita, onde o fluxo furioso de água o levaria para a liberdade. Pensei que não passaria nos canos. Enganei-me. A esta hora está ele, feliz, no meio do oceano. E eu, aqui, a pensar onde vou arranjar outro meio-botão de autoclismo. Que me tenha aperc