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Um voto de dia novo (agora que a febre parece ter ido de vez)

Por vezes pergunto-me se este que quase não tem motivos para fazer anotações no blogue sou eu nos intervalos das neuras, ou se as neuras são eu nos intervalos de mim!? Prefiro nem ter de responder, nem ter saber se há mais neuras. Estou bem assim, obrigado, e daqui só quero sair para fazer tudo aquilo que até hoje não soube fazer. OK, I want Something Simple

Uma história como outra qualquer (ou mesmo como todas as outras)

R e P, ela mulher, magoada, ele homem, magoado. Ela, R, sem fé, ele, P, renovado. Em comum um trajecto de desilusão. De dor. Individual. A dois. Caminho traçado nas linhas de dedos inspirados; olhos sedentos, almas insaciáveis. Um caminho que culmina num beijo, um beijo que culmina numa conversa. R - Não sei bem que dizer-te! Eu, bom... eu não sinto que este beijo nos leve a algum lado. P - Mas como pode levar se nunca estamos juntos? Se não nos damos a oportunidade de o sabermos... R - Pois, é isso. Esperava que o beijo fizesse crescer algo que não cresce. P - Mas, dizes que gostas de mim... R - E gosto. Gosto um bocado de ti. P - Mas há 15 dias não gostavas. R - Não sei, se calhar gostava o mesmo e não cresceu. P - Mas há 15 dias não me beijavas... R - Não sou de cliques... P - OK. se não cresceu vai crescer? R - Não sei. Duvido. P - É mais fácil se disseres que não gostas de mim. Assim entendo que não queiras ir a lado nenhum. R - Pois, temo que seja isso. P - Então não gostas. OK! ...