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A mostrar mensagens de 2015

Os partidos, essa religião

Numa página de Facebook de Hermínio Loureiro, um destacado social-democrata - ex-secretário de Estado - li críticas a Pacheco Pereira.  "Ouvi na Rádio Renascença a entrevista de Pacheco Pereira sobre o discurso de Cavaco Silva. Miserável a intervenção de um dos que mais comeu no prato político do então Primeiro-Ministro Cavaco Silva. Tudo tem os seus limites... Pacheco Pereira, sempre a representar o PSD, destila ódio em todas as intervenções..." Note-se que na dinâmica partidária come-se de pratos políticos. Sem tirar nem pôr. Come-se de pratos políticos! E como se come em pratos políticos, se ousarmos ter sentido crítico somos miseráveis. Os comentários à coisa sucedem-se. Fala-se de expulsão do partido: "Caro Dr., o Sr. Pacheco Pereira ainda é militante do PSD? Se o é já há muito tempo o partido deveria abrir um processo disciplinar para a respetiva expulsão do partido?" Assustador, no entanto, é o que se segue. Num comentário: "Artº 7º,

Os filhos e o futebol

Foi uma decisão tomada em conjunto e que me parece sensata: em momento algum diríamos aos nossos filhos para serem do clube A ou B. A coisa é tanto mais importante quanto que eu e ela eramos (e continuamos a ser) apoiantes de clubes diferentes. Ora, o facto de eu ser do Belenenses e ela do Benfica gerou alguns dissabores durante a noite, sobretudo porque os nossos clubes se defrontaram (não foi bem assim, que o meu não compareceu ao jogo e mandou apenas uns rapazes com a camisola vestida e acabou a levar 6-0) e eu, imbuído pelo espírito que nos últimos tempos me levou a ir até aos estádios para o miúdo ver futebol ao vivo  - e para fazer coisas com ele - levei-o. Antes tinha-o levado ao Belenenses-Rio Ave, ao Belenenses-Altach e ao Portugal-França. Como também viu um treino da Seleção no Estoril, ficava com o pleno dos estádios de I Liga em Lisboa. Posto isto, percebi hoje que para os dois é importante que o nosso filho seja adepto do nosso clube. Ou melhor, percebi que para ela er

Dos 43 anos

Belenenses a ganhar 2-1 ao Gotemburgo, eu e o meu pai nas bancadas, como nos velhos tempos da minha meninice. Uma emoção como nem sei explicar. E, de repente, uma frase dele enche-me os olhos de lágrimas. Por não me ter lembrado, por me fazer sentir tão pequenino perante todo aquele amor... «Hoje, se fosse viva, eu e a tua mãe faríamos 43 anos de casados»

Dos novos tempos

Fazer anos nos dias que correm é do melhor que há. Se fores do tipo que adora receber os parabéns, partilhas os teus dados com o Facebook e deixas que os teus amigos os vejam. Recebes milhares de mensagens, centenas de SMS e dezenas de telefonemas. Passas um dia a vibrar com tamanha alegria. Se fores do tipo (como eu) que não tem paciência para tal coisa limitas-te a omitir os dados no teu Facebook e recebes os telefonemas de meia dúzia de familiares e de três ou quatro amigos que realmente são especiais para ti. Depois há sempre aqueles que te dizem: ah, esqueci-me, nunca me lembro. E tu sorris... O plano está a funcionar.

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Foste a primeira pessoa em quem pensei, mãe. Obrigado. Saudade.

Ser herói por dar um abraço

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Já vi e revi vezes sem conta o vídeo da brutal agressão policial a um pai que tentava prestar assistência ao filho de 9 anos, em Guimarães, depois do jogo em que o Benfica se sagrou campeão nacional. Procuro sempre identificar um gesto daquele homem que possa justificar o que todo o país viu graças ao sentido jornalístico de um cameraman da CMTV. Não consigo. Em momento algum deteto o instante em que o homem puxa de uma arma para desatar aos tiros, nem lhe encontro uma bomba  escondida que coloque em perigo as vidas de quem por ali passa. Vejo-o, isso sim, a dar água ao filho e a gesticular de forma em que, pressinto-o, terá até ofendido verbalmente o agente. Assusta-me pensar que aquele homem levou uma tareia de bastão porque um oficial da PSP não foi capaz de controlar-se emocionalmente. A última fronteira de todas as medidas de segurança é e será sempre a loucura humana. Se não sabíamos, fomos brutalmente relembrados aquando da tragédia com o avião da Germanwings em que um assassino

o títlo do Benfica visto por um jovem belenense

- filho, o Benfica é campeão - ohhhh (chora) eu queria que fosse o Belenenses - (improvisa) mas o Benfica só é campeão graças ao Beém, que não deixou o Porto ganhar porque lhe marcou um golo - eeeehhhh yeaaaahhhh o Belenenses é o maior (as maravilhas de se ter quatro anos)

Ecologia da treta

Falta de ambição ecológica é só querer salvar meio ambiente

Cidade sem lei

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A falta de lugares para estacionar árvores dá nisto: os donos deixam-nas nos lugares das motos.

Do 'soa-me a...'

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Apresento-vos o 'vés cueque que é amigo do Maquim'. Tradução: Jeff Gorvette e McQueen

Quatro

Desde as 20 de dia 20. Somos uma família feliz

Edipismos...

- sabes filho, gosto muito de ti. Sabias? - sim. Eu gosto muito da mãe.

A propósito do post anterior

E só para esclarecer: foi o toque do telefone que me acordou (ainda que não tenha atendido)

Refém em casa

Nisto das famílias, percebo agora, o mais difícil de lidar é a perda de espaço. Cá por casa há um mês que não existo e que os meus planos não contam para nada. Ir ao ginásio? Usar a sala? Ouvir música!? Tudo tarefas impossíveis para quem além de cuidar de uma criança de quatro anos ainda tem de cuidar do pai, cuja recuperação a uma operação prossegue calmamente. Não me interpretem mal. Nada contra cuidar dos pais em necessidade, mas compreendam: além de tudo o que disse, sentar-me à mesa para almoçar já os outros vão a meio e antes de dar a primeira garfada ser interrompido seis vezes... So por isto, vou dormir a sesta (queria eu, que já sei que em breve serei não diria acordado, antes arrancado da cama...

Inquérito de satisfação

Numa escala de zero a dez em que zero corresponde a estupidamente imbecil e dez a ligeiramente estúpido, como classificaria este post?

Dias assim

Aquele dia em que um tio te faz a surpresa de mandar um tupperware com arroz de cabidela porque sabe que gostas e o teu filho deita mão ao saco, o vira e entorna tudo. Ainda por cima no chão. De alcatifa. Do carro...

Pré parto dos pais

Não sei se há uma alteração hormonal ou psiquica (ou ambas) num pai antes de nascer o filho, mas sei que já devo estar pronto para a chegada da D. Tal como aconteceu há uns anos, cerca de um mês antes de o G. nascer, ontem, já deitado, senti uma vaga de pânico percorrer-me o corpo. Da cabeça aos pés. Sensação igual. «Serei capaz? Quererei realmente isto?» Não sei se é comum ou não, sei que a mim aconteceu das duas vezes. Igual, sem tirar nem pôr, aquele feeling do «será que fiz bem?», «será que não foi um disparate?».

Azulinha - manhã 2

A Azulinha continua a cumprir o fim de semana de turismo em casa de um aluno da sala do pré-escolar (o meu filho G.) e a manhã de hoje foi nova delícia. - G., vai lá ver à cozinha se a Azulinha precisa de alguma coisa. (lá foi ele, solícito, falando de modo que se ouvia no nosso quarto). - Azulinha, estás bem? Dormiste bem? Queres comer? Precisas de alguma coisa? - Priii, piu, prriiii, pi piu prrrrrr - Oh, está bem... (de novo, ouvimos os passitos em ritmo de corrida na direção do nosso quarto, esperando com naturalidade pela versão dele do sucedido. Ao entrar no quarto, o G. travou, baixou a cabeça e deixou cair os ombros, num gesto típico de desânimo). - Então filho, que disse a azulinha? - (com a voz triste e a arrastar-se) Oh, ela disse para eu me ir embora.

Nova Lisboa

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Há anos e anos sem pinga de água e continuam a chamar-lhe Lago do Carmo...

Azulinha 'a passarita da minha escola'

A azulinha é um periquito da escola do G. e . Vai rodando as casas dos miúdos para eles se habituarem a tomar conta dele. Desta vez veio passar o fim de semana cá a casa. A manhã de hoje foi assim: - Azulinha queres beber água!? Então queres comer? Estás a divertir-te? Ahh ainda bem que não consegues falar. - Piu... - Oh azulinha eu ouvi-te. - Piu. - Agora queres comer? Então vai lá agora. - Piu. - Oh azulinha eu já volto. Tem calma. Oh olha que assim vais cair do ramo.

Blogger famoso (e um presente para a D.)

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Ontem soube o que é isso de ser blogger influente. À minha caixa de correio chegou esta linda lembrança para assinalar o cada vez mais próximo nascimento da D. O valor acrescentado é que chega das mãos talentosas de uma pessoa por quem tenho grande carinho, estima, amizade, admiração. A Peruca de Tule que não fazendo vida disto bem podia fazer... Para quem se interessa, fica o link para a sua página de FB. Aqui . Obrigado!

68 anos

A 9 de março dia levado da breca nasceu o Zé Miguel completamente careca Assim escrevia o meu avô Eduardo sobre o nascimento do meu pai em 1947, no mesmo dia em que fazia 9 anos o filho mais velho, também Eduardo de seu nome. 68 anos depois e enquanto sorrimos pelo lamento por ter falhado por um ano a conquista do único campeonato da história do Belenenses eu e o meu pai continuamos a tentar aprender o que é isso de ser-se uma família. Desde a morte da minha mãe que passámos a ter-nos um ao outro. Desde a morte da minha mãe que passei a sentir-me mais responsável. Desde a morte da minha mãe que tento sempre - sabendo que em vão - que ele não sofra pela sua ausência. Mas também, desde a morte da minha mãe, que sentindo-me perto, me sinto brutalmente longe dele. Desde a morte da minha mãe sinto que nada do que diga vai poder animá-lo e dou por mim, de cada vez que ele tem de ser internado por qualquer operação que faça, num silêncio do qual não sei sair. como se sentisse que diga o que

JBL a enganar os clientes - problemas JBL Charge 2

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Há dias ouvi em casa de um amigo uma coluna Bluetooth e pensei: isto é mesmo o género de coisa que dá jeito para quem quer ouvir música e não pode estar fixo numa divisão da casa. Por achar a Bose soundlink mini carota (€199 euros) fiz uma pesquisa de mercado e encontrei na FNAC a JBL Charge 2 a € 119. Ouvi a coluna neste vídeo, sem ler o texto que a acompanhava. Pareceu-me ter a potência certa nos graves e agudos interessantes. Coloquei-a na lista. Como não gosto de precipitar-me, li e reli. Voltei ao vídeo, agora com mais atenção. Deparei-me então com o grave problema de distorção na JBL - que a torna insuportável (depois de ser ter ouvido pela primeira vez, nunca mais se deixa de ouvir). Contactei o representante da JBL em Portugal e disseram-me que não tinham conhecimento de nada, tentaram enrolar-me dizendo que a Charge 1 é que tinha o problema (mentira) e no fim acabaram a ver o vídeo de Youtube que lhes indiquei por telefone. Claro que no fim, não me resolveram o pr

O euromilhões, os forretas e os convencidos

Um homem entrar numa papelaria e dizer «é um euromilhões de dois euros» é o cúmulo da forretice. Quer receber 15 milhões de euros com o esforço mínimo. Nem se dá ao trabalho de de preencher o boletim! Pior ainda seria, no entanto, entrar numa papelaria e escolher os números ele próprio, como se disses «eu cá é que sei, seus atrasados mentais». Tomem lá dois euritos, acertem nos meus números e passem para cá os milhões.

Filmes para Óscar

Pela primeira vez em vários anos conseguir ver dois filmes que podem ganhar o óscar de melhor filme. Birdman e Grand Budapest Hotel. Gostei dos dois, não adorei nenhum. De Birdman gostei da crueza da história, das interpretações, da ironia com Batman, da banda sonora (perfeita para o ambiente pretendido) e da forma como me incomodou deixando-me a pensar. Gostei também das personagens. Cansou-me um pouco e é daqueles que fico sem grande vontade de rever (aconteceu-me parecido com o Dancer in the Dark, com a Bjork, há uns anos). De The Grand Budapest Hotel gostei da fotografia, gostei da forma de se contar a história, mas não senti que fosse uma grande história. Tão pouco que fosse muito original a forma de contá-la (A Vida de Pi e até Grande Peixe tinham-no feito anteriormente melhor para meu gosto). Fico com aquele feeling que se um dos dois ganhar o óscar de melhor filme o ano foi fraquito. Vá, venham de lá as pedras... (a ver se ainda consigo ver o Boyhood antes dos óscares)

Picadas na barriga

G - Mãe, a D. tem picos? Mãe - Não, filho porquê? G - Porque tu estavas a dizer que picadas na barrirra (é assim o som de barriga naqueles quatro anos adoráveis)

Provocar um parto (metodologia científica)

Sabem como é que se provoca um parto? Fácil. Grita-se para a barriga vezes sem conta: Aposto que nem és capaz de nascer; és um bebé ou um rato? Ehhh fraquinho, nem nascer consegues; ahhhh bem que posso esperar sentado, se acho que tu consegues nascer

Agiotagem legalizada

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Ou como roubar com permissão do Estado

Quando a piada é feita sem querer

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Do adeus

Sabes, mãe... às vezes parece-me que os dias passam e não penso em ti, mas se fizer um balanço mais atento parece-me que todos os dias te recordo. Pode ser apenas de olhar para uma fotografia; de falar de ti ao G.; de lhe contar como tu brincavas com ele; de como andavas pelo chão, de gatas, atrás dele, a segurá-lo, a empilhar as torres que ele derrubava rindo à gargalhada, vezes e vezes sem conta; de contar-lhe que quando tu e o pai chegavam a casa ele dançava ao som da música que ele próprio ligava ao carregar na cabeça do boneco que "conduzia" um camião de plástico. Hoje, mais uma vez, lembrei-me de ti. E, sabes, mãe, fiquei com a aquela impressão de que já consigo fazê-lo com aquele sorriso de saudade boa - e depos escrevi isto e, ao escrever, lá me veio a lágrima ao olho...

A propósito de "autista" não ser adjectivo

Todos já teremos dito, um dia, que alguém era autista, ou se comportava como um autista, por ser teimoso, por não ouvir os outros, etc. Pois há dias deparei-me com um texto que mudou a minha forma de relacionar-me com a palavra. E agora evangelizo, até, quem oiço dizer que alguém é autista. Fica o desafio para os meus amigos que tiverem paciência de ler-me. " Se os meus amigos tiverem paciência gostava que lessem este post até ao fim. Apesar da própria Assembleia da República ter abolido a utilização da palavra "autista" do truculento debate parlamentar, a verdade é que a mesma persiste em ser usada para qualificar pessoas que se estão nas tintas para as opiniões alheias e que preferem, numa determinada situação, viver isolados do mundo. Este é um conceito que cresceu durante décadas em que o desconhecimento sobre o autismo era enorme e em que se considerava que os autistas gostavam de habitar o seu 'próprio mundo'. Com a explosão do autismo nos últi

Contra o machismo!

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Epá, sou indecente, publiquei uma foto machista! Estou mesmo a pedi-las: ainda me calha uma manifestação à porta de casa! Era bem feito para eu aprender!

Monty Python para Cruyff

«"Cruyff considera "incompreensível" Bola de Ouro a Cristiano Ronaldo LUSA 19/01/2015 Antigo internacional holandês diz que o português não teve uma boa prestação no Mundial 2014. O antigo futebolista e treinador Johan Cruyff considera "incompreensível" a atribuição da Bola de Ouro a Cristiano Ronaldo, justificando que o português não teve uma boa prestação no Mundial 2014. Num artigo publicado no jornal holandês De Telegraaf, o antigo jogador holandês, que também conquistou três Bolas de Ouro, refere que este tipo de distinções devia ter em conta "os rendimentos individuais", mas também os "títulos de equipa". Cruyff, vencedor do prémio em 1971, 1973 e 1974, não entende como é que nos últimos anos não se escolhem jogadores que "tenham praticado um futebol excelente e tenham conquistado títulos", referindo-se em especial aos alemães. O antigo futebolista lembrou que o Bayern Munique conquistou quase tudo nestes dois

Prémio-esta-neve-não-vinha-mesmo-nada-a-calhar

Da agência Lusa:  "A Federação de Desportos de Inverno de Portugal (FDIP) adiou a celebração do Dia Mundial da Neve, agendada para domingo, na Serra da Estrela, por acesso ao topo da montanha não estar garantido"

A tática comercial "alguma há de pegar"

'Aparelho auditivo completamente GRÁTIS | 2 Noites em Bungalow | Leitor USB' O melhor email comercial de sempre? Naquela de ouves mal? Tomas lá um aparelho; se não ouves mal talvez sejas novo, então dá lá um saltinho a um bungalow de preferência com uma miúda gira; se o conceito de passar duas noites num bungalow com uma brasa não te diz nada, então toma lá um leitor USB, oh meu geek da treta!

Completar frases aos três anos e qualquer coisa

- G a Suíça é a terra dos cho... - Chupas...

Petição para os reclusos limparem as matas nacionais

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Olhar para isto com humor: os reclusos tinham de ir com grilhões para não fugirem Olhar para isto com preocupação: que país é este em que já não queremos criar empregos e pagar pelo trabalho?

Estacionamentos e superpoderes

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Pode soar a desperdício, mas não raras vezes penso que se me fosse dado a escolher um superpoder talvez optasse pela possibilidade de com a mente fazer levitar objetos. Poderia utilizá-lo para salvar vidas, mas desconfio que do que gostaria mesmo era de rearrumar carros que ocupam dois lugares. Iria divertir-me tanto... (reticências propositadas)

Eu, cozinheiro

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E não é que é mesmo fácil fazer um delicioso cozido à portuguesa?