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O poder das palavras

"São só palavras", dizia há uns anos um rapaz que conheci. O tema era música - ou, vá, canções - e a forma como as palavras nela dançam.  Eu, no entanto, não me canso de defender que a escolha das palavras é crucial, tanto como o tom que se utiliza para dizê-las, ou mesmo a quem se escolhe dirigi-las. A este propósito, partilho aqui um texto que me parece inspirado sobre o assunto: "O poder das palavras Quem tem boca vai a Roma ” . Desde crianças, todos fomos várias vezes confrontados com este ditado popular português. O poder da palavra é o poder de obter dos outros o que procuramos a cada instante: Informação, reconhecimento, auxílio. A palavra tem o poder de erguer impérios, de destruir sonhos. A palavra certa e a palavra proibida fazem a diferença, muitas vezes, entre o sucesso e o fracasso. Na Word Power conhecemos o poder das palavras e a importância de dizê-las no tom certo, no instante exato, a quem tem de ouvi-las. Sabemos, também, que por vezes é fundamental ou

2011, ou carta a um filho que está quase a chegar

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2011 não é um ano. 2011 é um dia. É o dia em que tu, meu anjo, vais fazer-me chorar de emoção. Já o fizeste em 2010, mas aí tinha-te visto apenas na "TV", em pequenino mais pequeno que tu, e amarelo como os Simpsons, o que foi já mais que o negativo em que te vi antes. 2011, meu pequeno anjo, é o ano em que vais ganhar um rosto. Não que não o tenhas ainda. Já to vi. Não o de Simpson, claro, que esse em ponto pequeno era o meu, em ponto grande era o da mãe. Não, meu anjo, fiquei convencido de que serás mais parecido com o Brad Pitt, por certo. Afinal, se ele é o mais belo para as mulheres, então no mínimo serás como ele. Serve este disparate (admitir que possas ser apenas tão bonito como o Brad) para te mostrar como é o amor de um pai. Isto digo eu, claro, que nem sei bem o que é isso de ser pai. Sei o que é sentir-te mexer por baixo da pele da mãe, sei o que é levar (de ti) pontapés nas costas à hora de dormir, sei o que é ver-te aos pulos enquanto, com uma lanterna, te tiro

Aviso: ler apenas depois de fumar um charro

Ele encontrou uma caneta e com ela escreveu numa folha até que as folhas do caderno se esgotaram. Saiu à rua e ao sair deparou-se com algo que nunca antes vira: um cão corria atrás de uma garrafa de água, que era conduzida por um escaravelho que não gostava de desenhos animados. Não admira, afinal quando era criança, os seus pais, uma rã e uma centopeia, tinham comprado uma televisão sem botões, que era a cores e transmitia, todas as santas terças feiras, a Eucaristia Dominical. O padre, que estava empenhado em deixar crescer o cabelo até que este lhe roçasse nos tornozelos, insistia que os cruzados portugueses se tinham deparado com uma cena que nunca antes viram: naquela nave espacial estava apenas uma formiga que se virava para o lado e dizia à mulher de negro que as omeletes têm de ser feitas com as frigideiras a 12 graus centígrados. Claro que isso era estúpido, porque num texto que a mulher do talho escrevera às três da manhã e dera a ler ao reitor da universidade, estava escrito

ciclo que nunca acaba, que nunca acaba

Ele chorou quando ela lhe disse que tinha rasgado todas as suas fotos. Chorou mas a bom chorar. De lágrimas que formam rios, sim, que a chorar tinha de ser uma coisa a sério. Não ia apenas emocionar-se, nem disfarçar-se atrás de uma lagrimita ao canto do olho. Não, as suas lágrimas haveriam de transformar aquele carro desportivo italiano num carro anfíbio. Os tempos passaram e as fotos rasgadas estavam escondidas num armário, ao canto do quarto da casa onde ela vivia, algumas presas com fita cola, outras apenas separadas, o direito do esquerdo, assim, a monte bem amontoado, bem grande e confuso, que para ela, fazer um monte de fotos rasgadas não podia ser apenas fazer um montinho. As fotos rasgadas hoje estão no caixote do lixo. A caixa e o cantinho do armário do quarto da casa onde ela vive não. Ele continua a conduzir o seu carro desportivo, de marca italiana, e a chorar, na esperança de que o carro desportivo, de marca italiana, se transforme num carro anfíbio. Ela sabia que precisa

E, então, ele disse...

Lembro-me que to disse, com os dedos esbugalhados e os olhos a ferverem. Lembro-me como se fosse hoje, mesmo sem saber quando foi - na certeza de que hoje não foi de certeza. - Sou diferente de todos os homens que conheceste! Hoje lembro-me que nada disseste sobre o assunto e lembro-me que não me lembro se sorriste, sequer. Mas sorrio eu. Hoje. Ao reparar que tu, que então nada me disseste, és, afinal, muito diferente de todas as mulheres que já conheci.

Três (ou quatro) verdades tão diferentes...

Ele, grande, musculado, corpo de atleta, pinta de cowboy. Ela pequena, elegante, mas pequena, naquele género de "pequenez" que faz os outros subestimarem-na... Deitados, nús, estupidamente a mexerem nos respectivos telemóveis. A - Ena, tantas mulheres a mandarem-me mensagens... Parece que ando em alta B - Ai é? Então? A - Olha esta! "Vem ter comigo quando quiseres. Contigo, Vila Nova de Gaia nunca mais será a mesma". B - Boa! E tu foste? A - Ahahahaha, não... mas podia ir, se me apetecesse. Somos livres de irmos para a cama com quem quisermos! Não somos namorados! Olha esta! Eheheeh... "Quero sentir o teu corpo mais próximo do meu". B - Tu comes as gajas? A - Eerrrr, não! Mas podia fazê-lo, como tu, aliás, se te apetecesse. B - A ti basta leres esta mensagem: "Olá piquinina... adorei ser o teu escravo sexual!" A - Tu não prestas. [irritado, olhou-a diminuído na sua masculinidade, vestiu-se, calçou as botas Marlboro e montou-se na moto] horas mais

Presunção e água benta...

- Quero comprar este livro sobre sexo! - Para quê, se eu sou uma enciclopédia?

Atitude

Gosto tanto de palavras que por vezes as peço emprestadas. Há alturas em que não entendemos nada. Há alturas em que não entendemos tudo. E, digo eu, há alturas em que tentamos entender o que não tem de ser entendido. Por isso, digo que viver é a única opção. E (re)leio estas palavras... "(...) se nos dotarmos de atitude, a ansiedade diminui e tudo parece mais simples". Grande verdade...

Dias a menos

Há dias em que, quente, a noite se torna menos fria. Dias em que, vigilante, a noite é mais curta. Ainda bem. São dias a menos! O que sabe bem, sobretudo quando há tantos e tantos e tantos dias que são dias a mais...

Às vezes

Acho que já disse, na vida, todas as palavras que já tinha de ter dito. Mas logo me surgem umas quantas novas. Sabe bem...

Adorava ser assim

Sticks and stones may break my bones, but words can't hurt me...