2011, ou carta a um filho que está quase a chegar
2011 não é um ano. 2011 é um dia. É o dia em que tu, meu anjo, vais fazer-me chorar de emoção. Já o fizeste em 2010, mas aí tinha-te visto apenas na "TV", em pequenino mais pequeno que tu, e amarelo como os Simpsons, o que foi já mais que o negativo em que te vi antes.
2011, meu pequeno anjo, é o ano em que vais ganhar um rosto. Não que não o tenhas ainda. Já to vi. Não o de Simpson, claro, que esse em ponto pequeno era o meu, em ponto grande era o da mãe. Não, meu anjo, fiquei convencido de que serás mais parecido com o Brad Pitt, por certo. Afinal, se ele é o mais belo para as mulheres, então no mínimo serás como ele.
Serve este disparate (admitir que possas ser apenas tão bonito como o Brad) para te mostrar como é o amor de um pai. Isto digo eu, claro, que nem sei bem o que é isso de ser pai. Sei o que é sentir-te mexer por baixo da pele da mãe, sei o que é levar (de ti) pontapés nas costas à hora de dormir, sei o que é ver-te aos pulos enquanto, com uma lanterna, te tiro da escuridão, sei o que é sentir as tuas turras quando, com a mão, te falo ao adormecer(mos).
Gela-me pensar que aí vens, porque é verdade, filho, um pai nunca se sente preparado para todos os desafios que vai enfrentar. Vais chorar e pode ser dos dentes ou da fome ou da fralda suja ou das cólicas ou de a mãe estar a ver jogos do Benfica. Ou de muitas outras coisas que nem imagino, agora, existirem.
Pouco importa. Importa que vais rir. E pode ser porque a mãe te conta uma história, porque os avós te dão papa, porque o pai chega do trabalho, porque vês uma borboleta, ou porque o Belenenses ganha um jogo.
Sabes, filho. Vais ouvi-lo várias vezes durante a vida, vais ouvi-lo de muitas bocas, vais dizer que o compreendes, vais até achar que sim, que podes entender, porque faz sentido. Mas até seres pai nunca poderás saber o amor que sinto ao olhar, aqui na sala, para a tua mãe, com uma barriga enorme, contigo lá dentro a esticares os braços, ela a rir-se, a falar para a televisão (sim, a mãe é maluca).
Espero que saibas, antes, o que também eu e a tua mãe conhecemos: o amor de ser filho. Será sinal de que eu e ela estamos a fazer um bom trabalho. Acredita, és o meu tesouro. E eu não sei se alguma vez saberei dizer-to em conversa. Espero que saibas vê-lo sempre, a cada momento.
2011, meu pequeno anjo, é o ano em que vais ganhar um rosto. Não que não o tenhas ainda. Já to vi. Não o de Simpson, claro, que esse em ponto pequeno era o meu, em ponto grande era o da mãe. Não, meu anjo, fiquei convencido de que serás mais parecido com o Brad Pitt, por certo. Afinal, se ele é o mais belo para as mulheres, então no mínimo serás como ele.
Serve este disparate (admitir que possas ser apenas tão bonito como o Brad) para te mostrar como é o amor de um pai. Isto digo eu, claro, que nem sei bem o que é isso de ser pai. Sei o que é sentir-te mexer por baixo da pele da mãe, sei o que é levar (de ti) pontapés nas costas à hora de dormir, sei o que é ver-te aos pulos enquanto, com uma lanterna, te tiro da escuridão, sei o que é sentir as tuas turras quando, com a mão, te falo ao adormecer(mos).
Gela-me pensar que aí vens, porque é verdade, filho, um pai nunca se sente preparado para todos os desafios que vai enfrentar. Vais chorar e pode ser dos dentes ou da fome ou da fralda suja ou das cólicas ou de a mãe estar a ver jogos do Benfica. Ou de muitas outras coisas que nem imagino, agora, existirem.
Pouco importa. Importa que vais rir. E pode ser porque a mãe te conta uma história, porque os avós te dão papa, porque o pai chega do trabalho, porque vês uma borboleta, ou porque o Belenenses ganha um jogo.
Sabes, filho. Vais ouvi-lo várias vezes durante a vida, vais ouvi-lo de muitas bocas, vais dizer que o compreendes, vais até achar que sim, que podes entender, porque faz sentido. Mas até seres pai nunca poderás saber o amor que sinto ao olhar, aqui na sala, para a tua mãe, com uma barriga enorme, contigo lá dentro a esticares os braços, ela a rir-se, a falar para a televisão (sim, a mãe é maluca).
Espero que saibas, antes, o que também eu e a tua mãe conhecemos: o amor de ser filho. Será sinal de que eu e ela estamos a fazer um bom trabalho. Acredita, és o meu tesouro. E eu não sei se alguma vez saberei dizer-to em conversa. Espero que saibas vê-lo sempre, a cada momento.
Comentários
LIN-DO.
BeijOoOOoOOO
:)