Noite de copos, dias de descoberta, o prazer de andar a pe, conhecer gente boa, muito boa, pedir uma torrada e um galao de maquina, sono, muito sono, descontracção, O jornal para ler enquanto se espera o amigo que chega sempre duas horas depois do combinado, a percepção do que tantas vezes leva tanto tempo a perceber. E paz. A paz que so estar em casa nos traz... Era mesmo de férias assim - ou seria de vida assim? - que estava a precisar. PS: projecto a considerar: vender a minha casa e alugar uma no centro... Acho que me faria bem à alma

:) esta explicado: passo à frente de uma loja chama "olho de sorte", aparentemente dada a bruxarias... torço o pe...

quis ir-me embora e nao sai para ver-te porque estava farto(de ti)

um prego especial tem outro sabor no bolo do caco.

B. era feio. alias, 7. ra muito feio. nao mais que outros sapos. mas feio. afinal, quem gosta de criaturas assim? beijar um sapo? isso e dos contos de fadas.e, toda a gente sabe, so nos contos de fadas os sapos feios e teimosos se transformam em principes encantados. perdao... so nos contos de fadas ha princesas que acreditam que um sapo pode ser um principe enfeiticado. pois B. sabia-se enfeiticado e o seu feitico tinha um requinte de malvadez... haveria de ser tao chato que so a princesa certa o beijaria. mas isso e so nos contos de fadas, aqueles em que os oceanos sao cruzados pelos principes encantados para resgatarem a princesa prometida...

Uma flor, Uma pequena flor (uma dor, Uma imensa dor)

Hei, aí para o fim do Mundo! Parabéns, pá... E um abraço. Apertado.

"Há gente que fica na história, na história da gente" (...) "Há dias que marcam a alma e a vida da gente"

Composição: Tom Jobim, Vinícius de Moraes "Vai minha tristeza E diz a ela que sem ela não pode ser Diz-lhe numa prece Que ela regresse Porque eu não posso mais sofrer Chega de saudade A realidade é que sem ela Não há paz não há beleza É só tristeza e a melancolia Que não sai de mim Não sai de mim Não sai Mas, se ela voltar Se ela voltar que coisa linda! Que coisa louca! Pois há menos peixinhos a nadar no mar Do que os beijinhos Que eu darei na sua boca Dentro dos meus braços, os abraços Hão de ser milhões de abraços Apertado assim, colado assim, calado assim, Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim Que é pra acabar com esse negócio De você viver sem mim Não quero mais esse negócio De você longe de mim Vamos deixar esse negócio De você viver sem mim"

Encho caixas de correio de mensagens, de sms, sonho alto, atiro para cima. No fundo não vivo sem ir lá acima, se não me arriscar a cair. Dizia o outro senhor que a felicidade parece atrair a desgraça. Pois é isso que há em mim, nesta alma perdida. Esse exagero de uma felicidade radiante ou de uma tristeza que mata. Sou exagerado, sim. Há quem prometa coisas mais sensatas do que as minhas. Mas eu sou exagerado. Sim. Faço-me de forte, canto de galo, mas tenho a fragilidade da filigrana... Um exagero, eu sei... Digo que o mundo é meu, que é nosso. Sei que nunca vai ser (sim, sou um exagerado), a não ser que amanhã me digam para largar tudo e mudar de vida. Que aí mudo! Sim, um exagero... Eu, no fundo. Mas FODA-SE!!!! deixem-me ser exagerado, que eu só quero é viver. Ou morrer se não me for dada a vida! Exageros à parte: dêem-me um desconto. Eu prometo o Mundo porque sou frágil e tenho medo de não o conseguir. Mas, acreditem, é o que eu, hoje, mais quero!!!!

Quem conhece, dê-me um desconto. Quem não conhece, delicie-se! "Exagerado", Ney Matogrosso Amor da minha vida Daqui até a eternidade Nossos destinos foram traçados Na maternidade Paixão cruel desenfreada Te trago mil rosas roubadas Pra desculpar minhas mentiras Minhas mancadas Exagerado Jogado aos teus pés Eu sou mesmo exagerado Adoro um amor inventado Eu nunca mais vou respirar Se você não me notar Eu posso até morrer de fome Se você não me amar E por você eu largo tudo Vou mendigar, roubar, matar Até nas coisas mais banais Pra mim é tudo ou nunca mais Exagerado Jogado aos teus pés Eu sou mesmo exagerado Adoro um amor inventado E por você eu largo tudo Carreira, dinheiro, canudo Até nas coisas mais banais Pra mim é tudo ou nunca mais Exagerado Jogado aos teus pés Eu sou mesmo exagerado Adoro um amor inventado Jogado aos teus pés Com mil rosas roubadas Exagerado Eu adoro um amor inventado Jogado aos teus pés Eu sou mesmo exagerado Adoro um amor inventado

Entre mais uma tosta de frango e uma discussão sobre a qualidade do filme que acabamos de ver, a A. surpreende-me: Em Portugal nunca comi pão português!!! Parece que leva queijo...

Lutar para ser o melhor do Mundo é um bom desafio. E, eventualmente, sê-lo! É boa coisa para se tentar todos os dias...

Falta uma semana e dois dias para o fim das férias. E o pior do fim das férias é mesmo o fim das férias. As expectativas que todos têm das férias. Que fizeste? Para onde foste? Não amigos, não mudei o Mundo nestas férias. Nem vou mudá-lo. Mas fiz algo que a maioria não fez este ano! Provei um prato novo: Areia ao vento... Não sabem como é? Tem sido a especialidade das praias dos arredores de Lisboa neste verão...

Gosto de neuras, de dias frios, de dias quentes, de beber um bom vinho e conversar deitado no puff (pufe?), de surpresas, de deitar-me tarde, de dormir até tarde, de não dormir, de sonhar acordado, de grandes debates filosóficos, de ter dúvidas, de estar certo, de estar errado, de Paris, de Lisboa, do Funchal, de capirinha, de gente com alma, de perder-me num olhar, de filmes, de crianças, de jogos, do cheiro a chá a ferver e de uma torrada com manteiga em dias de chuva, de silêncios cúmplices, das partidas do destino, de pessoas com quem não consigo deixar de falar porque me cativam, de mim... Não gosto de filas, de ver o Belenenses jogar mal (ganhe-se ou perca-se, jogue-se bem, por favor), do barulho dos travões dos autocarros, dos sons que os pés do meu avô faziam quando ele os mexia dentro de um alguidar com água (agora estava capaz de matar para estar com ele mais 10 dias seguidos, a ouvi-lo, mesmo com esse barulho, a falar com ele...), de passar os dias em frente ao computador a

D. Alice prepara a jogada... "Ai o menino vai à praia amanhã? Então a ver se descobre o fato de banho, muahahah" Bf avança pela direita, passa pela cama, olha o armário, dá um toque na porta, abre a gaveta e... voilá... GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOLLLLOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!! Fato de BAnhooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo Bêeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee ééééééfeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee O marcador assinala agora 2-0, depois de Bf ter achado o espremedor de laranjas na gaveta dos tupperwares

"Calma, chaval, uma coisa de cada vez... Tu estás Kitado! Ao lado do coração tens um conta-quilómetros que às vezes passa dos 300 km"

A vida dói tanto a todos, mói tanto todos nós, que, por vezes, já nem restam forças para chorar. Melhor seria morrer... Melhor seria deixar de sentir as lágrimas que já não correm, que já não têm sequer força para correr por fora, mas cortam, ainda, agora por dentro. Esperança? Que é isso, quando o Mundo está ao contrário? Quando pessoas fantásticas são traídas por namorados aparentemente fantásticos, quando pessoas que se amam não podem estar juntas, quando o vislumbre de amor deixa de ser um sol brilhante e passa a ser uma lua negra? Não sei que vos diga, amigos e amigas... Que um novo dia virá? Não sei se virá! É tudo mentira dos propagandistas. Daqueles destinados a mudar o Mundo. O Mundo não muda, não... E esses que cá vieram para o mudar só têm mesmo é de fazer as malas e voltarem para o planeta deles. O Mundo não quer ser mudado, acreditem. O mundo está tão doente que os anticorpos já funcionam para anular os antibióticos. Não, hoje não acredito que o Mundo mude. Eu quero mudá-l

"As pessoas, em geral, temem a felicidade. Parece que a felicidade atrai uma tragédia. O objectivo, quando há paixão e, portanto, afinidade, é caminhar no sentido de que esse medo se atenue. O medo vai diminuindo, bem como a vontade de ficar inseparável. E vai aumentando a individualidade. É como se o amor bem resolvido curasse o indivíduo do mal de amor. É a conquista da maturidade emocional." Flávio Gikovate, psicoterapeuta, em entrevista à revista sábado

(Naide Gomes, quando ainda não sabia que seria desqualificada na primeira eliminatória do Salto em Comprimento nos Jogos Olímpicos de Pequim) Com o obrigado ao NVF...

Não o disse na altura, mas o Belém levou dois no dragão

Sabes? Medo todos temos. Não sabemos é o que fazer quando à nossa frente temos apenas o cabo da roca ou girão, para o caso tanto faz.(E acendo um cigarro. E mal o acendo meto um dedo na ponta. E queimo-me. Sem querer, claro). Isto que te vou dizer fica só entre nós: não sei que fazer! Destruí tudo à minha passagem e nada me ficou. Quero um conforto de um olhar, um abraço que me prenda para sempre. Eu não gosto do toque, mas preciso do toque. Acho que não quero tocar, mas quero ser tocado. Mas isto pode ser porque estou a beber cerveja desde que cheguei às três da manhã a casa. Sabes? Há coisas que sabemos e guardamos só para nós. Como o que nos vai na mente. Como o segredo que devíamos contar quando um amigo desabafa. Mas guardamos.E vamos, e vimos e vemos. Os outros. E nós próprios. Mas calamos. Como quem cala uma dor que o matará. Mais cedo. Ou mais tarde...

Pá, não oiças ninguém. Não me oiças a mim, não oiças a A. Ouve-te a ti e faz as coisas como queres fazer...

I find you in the morning After dreams of distant signs You pour yourself over me Like the sun through the blinds You lift me up And get me out Keep me walking But never shout Hold the secret close I hear you say You know the way It twists and turns Changing colour Spinning yarns You know the way It leaves you dry It cuts you up It takes you high On and on it goes Calling like a distant wind Through the zero hour we'll walk Cut the thick and break the thin No sound to break no moment clear When all the doubts are crystal clear Crashing hard into the secret wind You know the way It throws about It takes you in And spits you out It spits you out When you desire To conquer it To feel you're higher To follow it You must be clean With mistakes That you do mean Move the heart Switch the pace Look for what seems out of place It's o.k. It goes this way The line it twists It twists away Cuts you up and spits you out Keeps you walking But never shout.

Hey been trying to meet you hey must be a devil between us or whores in my head whores at my door whores in my bed but hey where have you been if you go i will surely die we're chained uh said the man to the lady uh said the lady to the man she adored and the whores like a choir go uh all night and mary ain't you tired of this uh is the sound that the mother makes when the baby breaks we're chained The Pixies, Hey

Eu adorava fazer sempre o bem, mas onde ler os sinais que separam o certo do errado?

"Tu és mesmo marado!" :)

Tanto que eu queria dar-te o amor total e infantil que tinha para te dar. Racionei-o a vida inteira como a porra de um chocolate de leite - por que vivemos como se o tempo nos pertencesse infinitamente, como se pudéssemos repetir tudo de novo, como se pudéssemos alguma coisa? (mais do Fazes-me falta)

Diz-me uma amiga: Meu Deus, como é possível haver alguém tão idealista com 35 anos? E como é possível que o Mundo não te tenha devorado? E eu respondo: Não me devora porque eu vou à guerra com ele. Não tenho medo dele porque no sítio onde ficam as cicatrizes a lâmina não volta a entrar.

Esta preciosidade está a menos de dois quilómetros de minha casa. Que tipo de clientela irá a esta loja?

De férias, entre várias coisas, é tradicional virarmo-nos para dentro. E desse exercício tem saído um novo Bf. Mais fraco, mas mais forte. Mais só, mas bem acompanhado. Mais preso, mas mais solto de mim próprio. E das minhas amarras... Hoje sei que o que me prende aqui não é mais do que um fio de nylon que, de tão esticada, está no ponto de se partir. Passa aí a tua unha e deixa-me navegar, ao sabor das ondas e do vento. Quem sabe onde irei aportar...

e o Belém ainda não está a perder no dragão...

Um abraço por outro. Por interposta pessoa! E como foi em diferido, fica a aquecer a noite toda. Que giro...

Submarino ao fundo...

Uma amiga acaba de dizer-me. As cartas de amor não provam nada. Metem-nos em desvantagem... E eu digo... Que é isso de desvantagem no amor? Todos estamos fartos de saber que amar é estar em desvantagem. E é por isso que é tão bom amar. Então quando estão dois em desvantagem...

Eu, por exemplo, nunca amei duas mulheres iguais...

J - Então o que é que tens feito neste início de férias? Bf - Olha, tenho-me fodido...

The Cure... Primeiro Faith Depois, disintegration E a seguir... Pornography

Vem comigo. Não te cales. Rasga montanhas, cruza oceanos. Mas vem. Vem comigo. Vem perder-te comigo...

As férias arrancaram com um dia sabático... Entre casa e um sushi, pouco restou para contar. Umas neuras, uns sorrisos, umas "viagens". Sabe bem esvaziar o cérebro. Viver os dias sem saber o que farei esta noite. Sem saber o que farei amanhã, mas seguro do que quero. Sabe bem. E como está a querer chover vou activar o plano de contingência: ir gastar dinheiro em livros, cds, etc!

Sou filho únicooooooo Tenho minha casa pra olhar

indecentes mãos tão juntas, tão ardentes os dedos quentes insolentes só se amainam na guitarra Excerto do Fado Gago, do Sérgio Godinho

Custa assim tanto os planetas alinharem-se?

Tremenda confusão: as minhas férias começavam a 20 e eu mentalizei-me de que era a 19. Ora, está bom de ver que a ânsia me levou a pensar: entro terça-feira de férias. Assim, na segunda, 18, feliz da vida com o aniversário da minha mãe espalhei aos quatro ventos, a quem quis saber, que terça-feira estaria livre para fazer o que quisesse, pois... estaria de férias. Era mentira! Involuntária, claro... Lembrei-me, então, dos filmes e moralizei-me... As minhas férias seriam inesquecíveis! Como lá cheguei? Simples: nos filmes as mulheres fantásticas conhecem o herói, interessam-se por ele, depois acham-no um bom amigo e depois, quando conhecem o bandido, apaixonam-se por ele. Está bom de ver que logo a seguir se apercebem de que o nosso tímido mas honesto herói é o único que lhe quer real bem e caem-lhe nos braços. Pois então, foi isso que eu fiz ao trabalho! Troquei-o pelas férias. Beijo-as, apaixonado! Sei que com elas serei feliz. São minhas. São vossas!

Não tenho palavras. És tudo o que sempre procurei. Toda a vida. Em todas as mulheres. És o pouquinho de cada uma delas que ficou depois de tudo ter acabado. És a inteligência, és a sensibilidade, és a dedicação, és a independência, és a dependência, és a segurança, és a fragilidade, és o humor, és o dínamo, és, enfim, tantas outras coisas que foram ficando sem se juntarem. E és tudo isso em ti. Por ti. És a peça que me faltava... E eu, homem das palavras, não tenho palavras. Como se me esvaziasse perante a tua luz. Como que a tirar de mim todos os bocadinhos que nunca deviam ter cá estado. Como se de repente eu e tu fossemos um único. A tua luz, agora mais brilhante do que nunca. E o meu vazio, finalmente esvaziado, junto com o teu vazio, agora esvaziado. E é na tua luz que nós morreremos. Porque antes de ti não havia felicidade. E porque na tua luz viveremos... É isso que somos. Eu e tu! E por isso te esperei, todo o tempo de que precisaste, até que pudesses vir a mim... PS: depois do

O X. telefonou-me de manhã a pedir para ir com ele escolher uma televisão à loja que só eu conheço, mas onde o dono tem como clientes 1300 pessoas que eu conheço. Lá fomos. Coisa de homens! Escolher uma TV! Tem de ter x polegadas. E HDMi, HDMi é muito importante. Fundamental, garanti eu... Depois de ensaboados pela empregada que sabe mais de têvês do que o inventor das mesmas, a altura é de pagar. Piadinha da vendedora "esqueci-me de cobrar", depois de o meu amigo lhe ter dado o cartão. Piadinha do Bf "desde que não se esqueça de entregar". Olhar comprometido dela... "Ah, se os senhores quiserem podemos ir já hoje à tarde. Se os senhores quiserem..." Pronto, éramos gays. Condenados. Sem hipótese. A não ser que uma frase minha nos salvasse. Armei-me de herói e disse: "ah, isso é com ele"... Não me parece que tenha resultado. O mais grave é que entretanto combinámos que eu vou lá ver a tv e ele faz coelho para o almoço!!!! E que a mulher dele não a

Uma amiga telefona-me para me desafiar para um copo na cidade, mesmo ao pé do meu emprego. Traz, avisa ela, uma amiga que tem de falar em inglês. É italiana e vive em Bolonha com o namorado. Bebemos um copo e percebo que a coisa está mal com o namorado. Bebemos dois e percebemos que ela quer acabar com o namorado porque ele é tão certinho que a cansa. Sem ser preciso o terceiro fico a saber que tem um amante em Portugal. E logo depois que o amante acabou com ela (que até cá vem todas as semanas, pois tem um emprego que lhe permite viajar) e ela veio cá para buscar as coisas que estavam em casa dele! Como eu adoro as histórias das pessoas! São melhores do que qualquer romance...

James, claro, a ver se a Vanessa se deixa flutuar até ao ouro...

São quase cinco da manhã e eu a Soares estamos a falar no gmail, entusiasmados, a ver a nossa Vanessa Fernandes em segundo lugar. E de repente o triatlo é o desporto nacional...

Mal acabara o concerto de Amália no Olympia de Paris e já Bf (eu) decidira que logo a seguir cantariam Caetano e Chico juntos. Imparável, Bf viajei no tempo e resgatei os dois génios da MPB para tocarem no meu luxuoso apartamento dos arredores da capital. Mal eles começaram a cantar o "Bom Conselho" eu e a A. , tivemos a mesma ideia: este é o próximo post do meu blogue (ela pensou apenas blog, de certeza). Pois tenho a comunicar que consegui um brilhante segundo lugar: agora digam lá que este foi um mau dia para Portugal nos Jogos Olímpicos... (ah, e o dela ganhou o prémio de melhor post da categoria Bom Conselho)

Composição: Chico Buarque Ouça um bom conselho Que eu lhe dou de graça Inútil dormir que a dor não passa Espere sentado Ou você se cansa Está provado, quem espera nunca alcança Venha, meu amigo Deixe esse regaço Brinque com meu fogo Venha se queimar Faça como eu digo Faça como eu faço Aja duas vezes antes de pensar Corro atrás do tempo Vim de não sei onde Devagar é que não se vai longe Eu semeio o vento Na minha cidade Vou pra rua e bebo a tempestade

Oiço na Sport TV "Hoje foi o pior dia para Portugal nos Jogos Olímpicos" E pergunto-me... Porquê? Hoje não ganhámos nenhuma medalha?

Fim de tarde, início de noite - que dificuldade esta de sempre qualificar o tempo e o espaço. Desço a Rua da Misericórdia. De um lado o hotel, do outro a igreja. O sol ilumina o quadro como que por simpatia. Como se Lisboa tivesse guardado os últimos raios do sol - que a esta hora já dorme - para os usar enquanto a lua se espreguiçar. O tejo, lá ao fundo, descansa, de cores realçadas, misturadas com as do céu. E o cantor, de viola ao peito, já no Chiado, canta as mais animadas canções como se fosse o mais feliz dos humanos vivos, para tentar que os clientes da Brasileira lhe dêm umas moedas. O bêbado, muito bêbado, sentado no mármore que serve de degrau para a entrada de uma loja chique diz hello, assim mesmo, em inglês, para o bebé que passa, empurrado pela mão da zelosa mãe. Esta criança é o único ser nas redondezas que está ao nível dos olhos do bêbado muito bêbado, já que por perto não se vislumbram cães nem gatos nem ratos. É a fotografia quase perfeita de um fim de tarde melancól

A tua morte alivia-me do medo de morrer. Contigo fora de jogo, diminui o interesse da parada. E se tu morreste, também eu serei capaz de morrer, sem que as ondas nem o céu nem o silêncio se transtornem. Cair em ti, cada vez mais longe da mísera ficção de mim. Inês Pedrosa, in "Fazes-me falta"

Acabei de realizar (não me apercebi porque sabia há muito tempo) que a minha mãe faz anos dia 18 e ainda não pensei em que prenda vou dar-lhe!!!!!!!!!

Diz um recém conhecido e com razão: Imaginar é o princípio da criação. Nós imaginamos o que desejamos, queremos o que imaginamos e, finalmente, criamos aquilo que queremos

A A. está fascinada com as farmácias portuguesas! O melhor de tudo, aquilo de que ela admite gostar mesmo, mas mesmo, é da forma como os comprimidos vêm dentro das caixas. Tudo picotadinho, para ser fácil cortar uma unidose (por certo gostará também da palavra unidose). Ah! Assim sim, dá prazer ser doente!!!

Eu adoro a minha D. Alice, pois adoro... Mas, sempre a sina de haver sempre o mas, por vezes pergunto o porquê de lhe endossar 10 por cento do meu salario mensal pelas horas que ela vem cuidar de mim... (vá, da minha casa). Qual é a vantagem, D. Alice, de guardar as frigideiras no armário dos tuppewares?

Um amigo diz-me que o destino o impediu de ir ver o jogo FC Porto-Sporting. Ele é portista e acha que o facto de o sogro ter partido a perna foi um sinal de que o FC Porto não ia ganhar a Supertaça. Pensei à vontade durante um segundo e disse-lhe: Claro! Era um sinal claro de que o FC Porto ia perder, porque Deus, o senhor do destino, decidiu que o FC Porto ia perder. Aliás, foi por isso que no Peru um homem foi atropelado à mesma hora: é que Deus já estava no estádio do Algarve...

Diz-me um amigo, um bom amigo, que eu devia escrever umas coisas mais ligeiras no blogue. Talvez queira dizer que antigamente isto tinha graça e que se transformou num desfile de pensamentos, sonhos e ambições mais dark. Pois talvez tenha razão, mas a resposta, meu irmão, está na vida. E a vida, essa, também anda mais dark. Volta e meia há um sol que brilha, mas logo as nuvens vêm para o esconderem... Um dia o vento as levará e ele brilhará. E talvez aí eu volte a ter graça no que escrevo. Até lá, dá-me o desconto, mas viro-me para dentro. Que a saída está lá dentro, por mais que se procure fora...

A meio de uma discussão ao telefone, Isabel sente que está tudo perdido. Que nada resta do que eles sonharam. Mas Carlos, que lhe estava a dizer as coisas mais terríveis sai-se com um "Não estou zangado contigo". E a conversa, a seguir, seria algo como isto: Isabel - uff... graças a Deus. Por momentos penso que sim, que me arrancavas a pele se tivesses oportunidade para isso! Carlos - não, de modo algum. Se tivesse oportunidade abraçava-te, ria-me para ti, dava-te um beijo, mordia-te a lingua e dizia-te ao ouvido "ainda bem que voltaste!" "espero que já sem medos" "e disposta a tentar ser feliz" E depois levava-te para a cama e tirava-te a roupa devagarinho enquanto te beijava o corpo todo e enquanto tu me dizias "ainda bem que és assim. É por isso que gosto de ti". Se a vida fosse um filme e se o amor não fosse fodido era assim que Isabel e Carlos resolveriam os seus problemas. Nenhum deles os tinha afastado. Não, nada seria mais fort

A pior coisa do último cigarro é que representa o fim da noite. O fim daquela escuridão em que nos refugiamos de nós próprios. Aquele fumo que teima em sair do cinzeiro, a ideia de que a cama nos espera. Deveríamos dormir. Deveríamos descansar. Para sermos o melhor do mundo naquilo que fazemos. Mas, já todos o sabemos, ser o melhor do mundo não chega. Não a nós, que fumamos cigarros até não haver mais. E que olhamos para o maço na esperança de ver mais um, esquecido. O uisque, agora quente porque o gelo acabou, também não é grande conselheiro. E vamos olhando o maço e o cinzeiro. Cinzas e despojos. Como nós, cinzas e despojos. Foi das cinzas que a Fénix se reergeu, certo? Pois assim seja a nossa vida... E agora ia tão bem outro último cigarro...

Numa altura em que admito mudar a minha vida toda e ir trabalhar num bar de praia, a viver de havaianas e calções, tenho a declarar o seguinte... Viva a internet, que nos mantém próximos de quem está longe... Viste Mafocas... escrevi o que falámos agora na net! Acendo o último cigarro e sei que não tarda estarei na cama. Mas sei que aí, no Brasil, em Mucuri ou na Praia do Forte estás sempre comigo... Para me dar o abraço de que preciso agora. Adoro-te tia que é a irmã mais velha que nunca tive!!!!!!!!!!!

- Sabes tia, a minha vida é como os filmes... Nunca me acontece nada normal - Loool, mas sempre tens histórias para contar... eheheheheh

António S. olhou pela última vez para o guião. Respirou fundo. Calçou as luvas brancas e meteu o capacete do escafandro. À moda do teatro onde tentava relançar a carreira até parecia um astronauta. Olhou-se ao espelho e disse entre dentes... vai, desta vez vai tudo correr bem. Os dedos de Filipa, a assistente recém contratada, tocaram-lhe ao de leve na porta do camarim, sinal, toda a gente do teatro o sabia, que a sua hora de entrar em palco chegara. Caminhou com calma pelo corredor e confiante subiu ao palco número dois dizendo as palavras que sabia serem as certas ("A última fronteira do homem é a sua própria mente). 10 segundos depois a cortina corria e António, de capacete debaixo do braço, abriu os olhos, admirado com o ruído. Uma gargalhada nervosa de duas mil pessoas rebentava-lhe os tímpanos. À sua frente, um homem e uma mulher, seus colegas actores, reconhecia-os agora, olhavam-no estarrecidos. Vestidos de cowboys caminhavam para ele, com um cacto na mão.´ Quando acordou,

"Ouvi dizer que quase tudo vale pouco, quem o diz não vale mesmo nada" "A vida é feita de pequenos nadas..." À falta de palavras minhas, que isto nem sempre se pode estar inspirado, o amigo Sérgio Godinho empresta umas quantas...

O que tem mais graça? O que não se diz? Ou o que se ouve sem se dizer? Ou o que se diz para provocar? Sim, afinal... o que tem graça?

Sinto muito, mas sentir é proibido. Sentir é perigoso. E sinto muito que assim seja... Mas vou sentir, sim... Porque não se vive sem se sentir...

Sou paranóico dos cheiros. Admito, sim, sou daqueles que acha que cheira sempre mal. Por isso, nenhum banho é suficiente. Mas o cheiro tem o que se lhe diga (lá está esta expressão inútil, quase tanto como a expressão "vale o que vale", que não vale nada). E há cheiros, porque tudo isto é químico, que ficam. E há cheiros que atraem. Cheira-me que me cheira bem. E portanto, cheire-se. Cheire-se sempre. Cheire-se muito. Porque muito disto é químico, logo inexplicável...

Oiço-te. Como quem segue uma luz, oiço-te. Quando não falas, o meu cérebro ouve-te. E diz-me, sem eu ouvir, que devo ouvir-te. E tu falas - de vez em quando - e eu oiço-te. Como quem se ouve a si. Eu oiço-te. Porque me oiço... E porque falamos a mesma língua

É engraçado. Escrevo aqui como quem fala. Como quem fala com um amigo. Como quem fala com uma amiga. Falo, enquanto escrevo, comigo. Para mim. Mas falo. E escrevo. Há quem goste de ler-me. Há quem goste de ouvir-me. E eu escrevo. E falo. Comigo. De mim. Para mim. Para ti... Mas falo. A escrever. E quando assim não for, avisem os meus pais. É sinal de que não vivo mais...

Escrevo. Porque sim. Porque me faz crescer. Sobretudo quando me (re)leio. É curioso olhar para trás e perceber o quanto mudei. O quanto de mim sou hoje por tudo o que escrevi. Porque só escrevo o que vivo. Ou será que só vivo o que escrevo. Escrevo sobre mim, sobre ti, sobre os tantos tus. E é engraçado ver que tudo o que escrevo me leva a um caminho. Que sou eu. Que percorro. Que és tu. E que vou percorrer. Depressa ou devagar. Mas, sim, tu, todos os tantos tus, todos os tus que imagino - e no entanto um apenas tu - hão de cruzar-se neste caminho que percorro. Sozinho ou acompanhado...

Diz-me uma amiga... O que há de errado com as mulheres? Tu és divertido... esperto... complicado... isso é perfeito...

"Se as estradas que percooooooreeeeeesss são de paaaaaaaaaaaaaaazzzzzzzzzzzzzzzzz e amooouuuooooooooooooooooooooooooooooor e de amoooouuuuuuuuuuuuuooooooooooooooor Irei contigooooooooooooooooooooooooooooo

Pelo simples facto de estarmos a falar a amigos sobre elas... Vá, vamos lá pensar juntos. Lembra-te daquela pessoa que sempre, desde que a conheces, te faz sentir bem quando estás com ela! (sim, sou eu, eu sei) Agora repara: estás a sentir-te bem? Pois é isso que eu sinto quando falo de alguém que tem um lugar especial no meu coração!

Praia do Forte, Salvado, Bahia, Brasil Uma havaiano no pé, comida e internet, justificam deixar a carreira de jovem e promissor (sabe-se lá porquê) jornalista? Já estive mais longe...

- Vai com cuidado... (e quando chegares a casa telefona-me) Ora aqui está o mais inóquo dos conselhos inventados em Portugal. Típico de pais... Ora, o que imaginam eles que nós fazemos quando saímos de casa deles a caminho da nossa? Que vamos a pé pelo meio de um bairro de lata, carregados de fios de ouro, só para aumentar a adrenalina, depois de termos andado à procura de prédios em construção só para treparmos ao andaime e depois tentarmos fazer equilibrismo nas vigas?

- Não te apaixones por mim Quem, de entre nós, nunca tiver dito esta frase que atire a primeira pedra. Quem, de entre nós, nunca tiver ouvido esta frase que atire a primeira pedra. A questão é: que fazer com esta informação? E nisto dá para pensar: 1)quem diz isto não quer mesmo nada com a "vítima" do conselho e está a avisá-la antes de quebrar as margens de segurança; 2) quem diz isto até acha que poderia ser agradável ter algo com a "vítima" do conselho, mas não quer de todo por achar que a vítima nada tem a ver com ele(a); 3)quem diz isto até admite que podia ser muito agradável ter algo com a "vítima" do conselho, mas não sabe como, ou quando... 4)quem diz isto até admite que podia ser agradável ter algo com a "vítima" do conselho, e no fundo até o quer Ou seja, conselho que é conselho deve passar, a partir de hoje, a ser entregue com manual de instruções Seja como for, este é bem inútil: não consta que seja possível escolher por quem nos apa

Às três da manhã: faço tosta com ou sem manteiga... Solução: Faz de atum

Comunicar por sms não é fácil. Resulta quando se pode telefonar e desafazer um mal entendido provocado pela falta de entoação, pela falta de contacto. Mas não é fácil. E tudo o que se diz parece ser mais extremado. Os sms são a preto e branco, mas a vida é a cores...

É giro ver os bored couples. Sentam-se num restaurante, escolhido com cuidado, pois permitiu-lhes ter motivo de conversa por alguns minutos. Discutem o menu e onde comeram aqueles pratos mesmo bem cozinhados. Escolhem, pedem. VInho ou água? QUem leva o carro? E depois... o silêncio, interminável, ela a olhar para ele e ele a olhar para o lado, a fingir que não reparou que ela espera que ele diga algo, logo naquele momento em que só lhe ocorre que o clube dele está a jogar... Depois olha ela para o lado, enquanto ele olha para ela, por se aperceber que ela já não o olhava. E ele pensa... ela não tem nada para me dizer... e agora, que faço? Chegam ao fim e dizem: à tarde podíamos ir à praia. E ele paga a conta. E ela levanta-se entediada, depois de ele responder a dois sms sobre os quais falou com ela - comentando "a Maria e o João estão na praia e a dizerem para irmos ter com eles" Vâo à praia, mas o joão e a maria piraram-se. Ficam sós. Alugam um chapéu e duas espreguiçadeira

Diz a Amanda, a horas impróprias, algo que merece ser partilhado... "Amor é o que fica quando tudo o resto acaba"