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A mostrar mensagens com a etiqueta sem paciência para tanta parvoíce junta

Os partidos, essa religião

Numa página de Facebook de Hermínio Loureiro, um destacado social-democrata - ex-secretário de Estado - li críticas a Pacheco Pereira.  "Ouvi na Rádio Renascença a entrevista de Pacheco Pereira sobre o discurso de Cavaco Silva. Miserável a intervenção de um dos que mais comeu no prato político do então Primeiro-Ministro Cavaco Silva. Tudo tem os seus limites... Pacheco Pereira, sempre a representar o PSD, destila ódio em todas as intervenções..." Note-se que na dinâmica partidária come-se de pratos políticos. Sem tirar nem pôr. Come-se de pratos políticos! E como se come em pratos políticos, se ousarmos ter sentido crítico somos miseráveis. Os comentários à coisa sucedem-se. Fala-se de expulsão do partido: "Caro Dr., o Sr. Pacheco Pereira ainda é militante do PSD? Se o é já há muito tempo o partido deveria abrir um processo disciplinar para a respetiva expulsão do partido?" Assustador, no entanto, é o que se segue. Num comentário: "Artº 7º,

Legionella num país a sério

Dizem que com a idade vamos ficando mais brutos (isto há de dar uma crónica) e é bem capaz de ser verdade. Pelo menos paciência vamos perdendo. E é por isso que hoje digo sem problemas que estou farto de ver que em Portugal nada acontece a quem não cumpre leis, a quem é chico-esperto, a quem prejudica os outros para ficar melhor. A propósito do surto de legionella, que matou até à data cinco pessoas e levou centenas para os hospitais, fala-se de crime ambiental cometido por uma empresa privada. Presumo que no fim nada lhes aconteça. Ou, pelo menos, nada que a todos nos faça sentir que foi feita Justiça. Num país a sério eu sei o que acontecia: os responsáveis da empresa eram julgados por crime ambiental e por homicídio por negligência; a empresa pagava ao Estado tudo o que este gastou a tratar os doentes; a empresa indemnizava todos os que ficaram doentes; a empresa pagava indemnizações exemplares aos que perderam familiares. Se, no fim, a empresa não tivesse como pagar, fechav

A loucura da TV livre!

Esperem lá, o que é que me está a falhar aqui?

Oiço o pai do Bruno Alves, defesa do FCP, queixar-se que os críticos portugueses tratam mal o filho (não tão mal como ele trata os filhos dos outros que têm o azar de jogar com o FCP, por certo). Diz ele que quando o filho salta e dá uma joelhada nas costas dos adversários toda a gente acha que ele devia ser expulso (estranhos críticos, estes, que acham que uma joelhada é uma agressão...), mas que quando os guarda-redes chocam com o filho ninguém diz nada! Acrescenta mesmo que se os críticos não mudarem de comportamento, ele terá de procurar outro campeonato para jogar. Eu tremo de medo, com a ideia de imaginar o campeonato português sem o Bruno Alves, admito. Mas posso dar já uma sugestão de país para ele emigrar. Ora, se quer chegar lá, estar acima da lei, fazer o que quiser, e nunca ser punido... acho que teria futuro no campeonato do Zimbabué! (sobretudo se levar o aval de Robert Mugabe)