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Dizem os rotos aos nús

D - coça-me as costas. Vá lá, coça-me as costas, papá... G - D. Não sei se já reparaste, mas nem estás a pedir por favor. D - coça-me as costas, papá! (Eu levantei-me e fui para a cozinha) G - oh D., se tivesses pedido por favor talvez ele te tivesse coçado. D - não chamas ele ao teu pai!

Preferias morrer ou ser da equipa dos maus?

 - Papá, tu preferias morrer ou ser da equipa dos maus? - Morrer. - Eu preferia ser da equipa dos maus. - Mas assim serias má... - Mas morrer é pior que ser da equipa dos maus. - Achas? Se fosses da equipa dos maus fazias mal às outras pessoas. (silêncio. breve) - Se morresse ia desperdiçar a oportunidade de brincar. - Mas se fosses má ias brincar como? - Então, podia brincar com os meus amigos maus...

urgências

Que a SS saiba sempre e a toda a hora que com ela tenho vivido o amor na plenitude. Que antes dela era incompleto. Rir com alegria -mesmo stressando - com as maravilhosas conversas dos miúdos ao deitar ('só agora temos tempo para falar, porque já não estamos distraídos com outras coisas'). Aliviar a vida para que o trabalho não me mate. Dizer todos os dias 'amo-te' a todos os que amo. A minha Suka, miúdos, pai, sogro. Ser chamado ao gabinete médico para me darem uma droga qualquer que me livre deste ataque de pânico que me fez pensar que estava a morrer.

"Não te acho lá muito bonito"

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Há dias fiz questão de lembrar o meu mais velho de que a pessoa mais gira e fixe do Mundo em breve faria anos, e fi-lo sem mencionar o meu nome - na esperança de que ele adivinhasse... Lá chegou, com maior ou menor dificuldade, o que nos levou para uma deliciosa conversa que faço questão de passar a escrito, para que quando a memória nos atraiçoar, possamos recordá-la... - Porque é que te riste quando eu disse que era a pessoa mais gira do Mundo a fazer anos? - Porque não te acho lá muito bonito. - Como não? O que é que me falta para ser bonito? - Sabes? acho que  não tens lá muito estilo. - Não tenho estilo? Então o que é ter estilo? - É ser assim como os Elfs. - Os Elfos? - Sim, os Elfs. - Mas do que estás a falar? O que têm os Elfos de especial? - Então, têm muitos dourados. Têm aquelas roupas brancas, às vezes azuis, com muitos dourados. - Os elfos têm roupas azuis? - Sim, com dourados. E mexem-se muito bem. São magrinhos, também. - Então mas ser magrinho é...

Dos 43 anos

Belenenses a ganhar 2-1 ao Gotemburgo, eu e o meu pai nas bancadas, como nos velhos tempos da minha meninice. Uma emoção como nem sei explicar. E, de repente, uma frase dele enche-me os olhos de lágrimas. Por não me ter lembrado, por me fazer sentir tão pequenino perante todo aquele amor... «Hoje, se fosse viva, eu e a tua mãe faríamos 43 anos de casados»

Quatro

Desde as 20 de dia 20. Somos uma família feliz

Edipismos...

- sabes filho, gosto muito de ti. Sabias? - sim. Eu gosto muito da mãe.

Dias assim

Aquele dia em que um tio te faz a surpresa de mandar um tupperware com arroz de cabidela porque sabe que gostas e o teu filho deita mão ao saco, o vira e entorna tudo. Ainda por cima no chão. De alcatifa. Do carro...

Pré parto dos pais

Não sei se há uma alteração hormonal ou psiquica (ou ambas) num pai antes de nascer o filho, mas sei que já devo estar pronto para a chegada da D. Tal como aconteceu há uns anos, cerca de um mês antes de o G. nascer, ontem, já deitado, senti uma vaga de pânico percorrer-me o corpo. Da cabeça aos pés. Sensação igual. «Serei capaz? Quererei realmente isto?» Não sei se é comum ou não, sei que a mim aconteceu das duas vezes. Igual, sem tirar nem pôr, aquele feeling do «será que fiz bem?», «será que não foi um disparate?».

Azulinha - manhã 2

A Azulinha continua a cumprir o fim de semana de turismo em casa de um aluno da sala do pré-escolar (o meu filho G.) e a manhã de hoje foi nova delícia. - G., vai lá ver à cozinha se a Azulinha precisa de alguma coisa. (lá foi ele, solícito, falando de modo que se ouvia no nosso quarto). - Azulinha, estás bem? Dormiste bem? Queres comer? Precisas de alguma coisa? - Priii, piu, prriiii, pi piu prrrrrr - Oh, está bem... (de novo, ouvimos os passitos em ritmo de corrida na direção do nosso quarto, esperando com naturalidade pela versão dele do sucedido. Ao entrar no quarto, o G. travou, baixou a cabeça e deixou cair os ombros, num gesto típico de desânimo). - Então filho, que disse a azulinha? - (com a voz triste e a arrastar-se) Oh, ela disse para eu me ir embora.

Azulinha 'a passarita da minha escola'

A azulinha é um periquito da escola do G. e . Vai rodando as casas dos miúdos para eles se habituarem a tomar conta dele. Desta vez veio passar o fim de semana cá a casa. A manhã de hoje foi assim: - Azulinha queres beber água!? Então queres comer? Estás a divertir-te? Ahh ainda bem que não consegues falar. - Piu... - Oh azulinha eu ouvi-te. - Piu. - Agora queres comer? Então vai lá agora. - Piu. - Oh azulinha eu já volto. Tem calma. Oh olha que assim vais cair do ramo.

Picadas na barriga

G - Mãe, a D. tem picos? Mãe - Não, filho porquê? G - Porque tu estavas a dizer que picadas na barrirra (é assim o som de barriga naqueles quatro anos adoráveis)

Vai ser uma mana...

Eu e a S. decidimos conferir alguma solenidade ao acto de informar o G. de que o resultado da ecografia morfológica confirmou aquilo de que já vinhamos suspeitando: que o bebé que lá vem é uma menina. Como quem não quer a coisa, a S. veio ter comigo perto do meu trabalho e levámo-lo ao "cóscurante da menina" que é nem mais nem menos que um H3 onde ele fez amizade com uma das empregadas (uma cena deliciosa, diga-se). Sentado à mesa, entre uma dentada num croquete e um disparate, lá decidimos levar a cabo o plano. S -  Sabes, G, eu e o pai fomos ao doutor da mamã G - Fomos? S - Não, eu e o papá é que fomos, tu não. Eu - E sabes o que é que o doutor disse? G - Sim. S e Eu - Sim? O quê? G - (Silêncio) S - Bom, o doutor esteve a ver o bebé na televisão e disse que é uma menina. Vais ter uma mana. E vai chamar-se D. G - (silêncio; boca aberta, sustém a respiração durante cinco segundos, depois de o lábio de baixo tremer como se fosse chorar) Mmm, mm, mas eu vou ter um...

Olha, vais ter um mano (um momento lindo em família)

Domingo de manhã. Família deitada, um plano por cumprir. Pai - olha filho, põe a mão na barriga da mãe. Mãe - o pai e a mãe têm uma coisa para conversar contigo. Já viste que a barriga da mãe está grande? Sabes o que è? Filho - sim. É da comida. Mãe - então se eu acordei agora e não comi, como pode ser da comida? Que pode ser mais? Filho - é um bebé? (Disse a sorrir) Mãe - sim. Pode ser um mano ou uma mana. Filho - tu tens um bebé na barriga? (Sorriso a crescer) Mãe - sim e podes ir falar com ele quando quiseres, para ele saber que estás aqui. Filho - (curva-se todo, falando para a barriga) olá mano. Eu sou o Gabriel. Depois quando tu cresceres já podes brincar comigo... Mãe - sabes tu tens uma doutora Teresa e a mãe tem um doutor Miguel... Filho - e o pai como se chama o dr. Dele? Pai - Leonor é a dra Leonor. Mãe - amanh...

Aparentemente isto é giro (mas é só aparentemente)

A  Union Advertising Canada é uma agência de publicidade e não só foi premiada por aparentemente ser muito criativa, como também fez um vídeo que anda aí a percorrer os murais das redes sociais como se fosse muito divertido.  O Mundo ri-se do título This Agency Rewards It's Employees in the Most Amusingly Sadistic Way Possible  e glorifica a diversão que foi brincar com o muito trabalho que lhes terá dado serem bons. Divertidos fizeram então o vídeo em causa, no qual mostram os patrões da empresa a dar um prémio aos seus maravilhosos trabalhadores: dois minutinhos ao pé da família que há muito não viam. Há pormenores de facto engraçados no vídeo, se quisermos não pensar muito na coisa, como por exemplo o pai que identifica o filho, já crescido, por ele estar com uma tshirt igual à que vestira muitos anos antes. O problema, caros amigos, é que este é o tipo de piada que pode até fazer alguns sorrir - não eu - mas que mais não é do que a glorificação de tudo o q...

O segundo filho gera mais expectativas que o primeiro

Isto dito de forma mais simples é "vou ser pai pela segunda vez", mas isso é tão simplista que fica já combinado que jamais o direi desta forma. Seja a quem for, em que circunstância for. O significado da repaternidade  é algo que nem eu nem a S. conseguimos ainda interiorizar. Sempre o quisemos - das primeiras vezes que falámos do assunto tínhamos até nomes para três, mas a idade de um e de outro já o desaconselha - e foi com alegria que ficámos a saber que lá para abril do próximo ano cumprimos aquela suposta obrigação de deixar no Mundo tantos quantos fomos (como se isso fizesse falta alguma num planeta sobrepovoado como o nosso). Mais do que isso, eu filho único me confesso (poderia confessar também a S., igualmente filha única): o que fizemos foi dar um salto para algo que desconhecemos em absoluto. E isso preocupa-me vezes sem conta. Claro que tive primos e amigos com irmãos, que percebo o conceito de uma vida a quatro numa casa, mas experiência tenho zero. Jamais t...