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A mostrar mensagens com a etiqueta a vida dos outros

Aparentemente isto é giro (mas é só aparentemente)

A  Union Advertising Canada é uma agência de publicidade e não só foi premiada por aparentemente ser muito criativa, como também fez um vídeo que anda aí a percorrer os murais das redes sociais como se fosse muito divertido.  O Mundo ri-se do título This Agency Rewards It's Employees in the Most Amusingly Sadistic Way Possible  e glorifica a diversão que foi brincar com o muito trabalho que lhes terá dado serem bons. Divertidos fizeram então o vídeo em causa, no qual mostram os patrões da empresa a dar um prémio aos seus maravilhosos trabalhadores: dois minutinhos ao pé da família que há muito não viam. Há pormenores de facto engraçados no vídeo, se quisermos não pensar muito na coisa, como por exemplo o pai que identifica o filho, já crescido, por ele estar com uma tshirt igual à que vestira muitos anos antes. O problema, caros amigos, é que este é o tipo de piada que pode até fazer alguns sorrir - não eu - mas que mais não é do que a glorificação de tudo o que está errado:

O amigo e o amigalhaço

A diferença entre um amigo e um amigalhaço é que o amigalhaço te dá palmadas nas costas e diz-te "coitado", quando fazes asneira. Depois desaparece. O amigo diz-te "fizeste merda" mas depois está ao teu lado a tentar safar-te dela.

O rosto da vergonha

Somos, sem excepção, o rosto da vergonha. Na TSF uma velhota chora aos microfones do Fórum e relata que está desempregada e o filho também; que o marido está incapacitado – não pede subsídios, diz apenas que está desempregada, que é como quem diz “quero trabalhar”. Claro que, velha, ninguém lhe dará trabalho. Serve apenas para complicar as estatísticas de quem governa. E ela chora. Claro que chora. E diz que os pais criaram 14 filhos e nunca lhes faltou, pelo menos, sopa. Que agora, até isso lhe foi tirado. E chora. E pede que se fiscalize quem precisa de apoio. Que se fiscalize. Não que se dê à louca. Que se fiscalize. Como quem diz: estou em desespero e ninguém me socorre. E chora. E pede desculpa. Desculpa de estar viva, provavelmente, de tanto nos pesar na dívida. De tão dispendiosa nos ser a sua sopa. A nós que trabalhamos, a nós que até chegamos tarde a casa por tanto trabalharmos. E que nos vemos aflitos para pagar as escolas dos nossos filhos e as prestações dos nossos humil

As vidas dos outros

Via Facebook recordo o que sempre soube. Que as outras vidas são sempre diferentes das nossas. No meu caso, no entanto, é com orgulho que o constato. Primo pela simplicidade. De gostos, de actos, de amizades. Gosto de tudo claro, simples, directo e, sobretudo, verdadeiro. Abomino - mesmo - a ostentação, detesto que as pessoas encenem vidas. Isto a propósito das fotos e dos vídeos que nos vão chegando. Eu que me casei de camisa - sim, é raro - e proibi gravatas à dezena (pouco mais, vá) que connosco almoçou, que fugi dos catterings estupidamente caros (em que nos servem dez vezes mais comida que aquela que poderíamos, na realidade, comer, mesmo que ficássemos o fim de semana inteiro fechados numa sala), sorrio ao ver o sorriso no rosto de um casal - desconhecido,claro - que me entra pelo monitor, numa festa com vestidos (e fatos) de gala, e carros antigos alugados de propósito para a ocasião. Nunca percebi a razão de se gastar num só dia o dinheiro que garante a educação de um filho

Hóquei em Patins de mesa e umas quantas memórias

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Há casos em que 94 anos são 94 anos a mais. Finito.

Se tememos que a vida nos pese, tratemos de ler as dos outros

Carregar a dor é escrever este comentário num vídeo do Youtube: "I was once in love with a girl who could play this song. I didn't realize how much I loved her until I'd finally pushed her away. I haven't been able to fully love anyone else since then and that was 14 years ago- and I know I never will. When I listen to this it makes me feel like she's still here, like we're still in love. I can even smell the perfume she wore. I don't know if it makes me sad or actually brings me happiness to listen to it, but I know that I need to hear it every so often." Michael Nyman - Heart asks pleasure first

É já ao virar da esquina

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Fonte: Bf

Amor em tempos de cólera

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Fonte: Bf

Conversa solta

uma rapariga, ao telemóvel, com um sorriso cúmplice ao ser apanhada... «Não, não estou nada! Estou gostosa. Tens de vir provar para ver...»

A primavera começou bem

Foi assim, curto e grosso, que ele me anunciou a felicidade que lhe invade a alma. Por SMS. Minutos antes o seu Sporting tinha perdido com o Benfica num jogo que tem feito correr muita tinta por causa de um penalty que só Lucílio Baptista e o Barbas foram capazes de ver. Não entendi à primeira, admito. Para trás ficam horas e horas de palavras avulsas, trocadas ao sabor de um copo de tinto, de uma coral, de várias super bock. Desta vez, quase ouso dizer, desejo, no mínimo, que as próximas cervejas tenham o sabor da alegria. Nem que seja preciso ir a Fátima a pé... Bonne chance...

Conversas soltas (apanhadas no ar)

1 . Ele, telemóvel em riste, calças cremes, impecáveis, polo azul, ainda antes de ir buscar uma garrafa de Carlsberg e sentar-se na esplanada. - Como é a tua vida? Eu posso ir ter contigo a Sete-Rios pelas sete e meia. - bzzzz bzzzzzzz - Quais angústias? Achas que depois deste tempo todo separados, alguém vai angustiar alguém? - Bzzzz bzzzzzz - Mas tu és uma rapariga tão inteligente, tão arrumada da cabeça, agora estás com isso... - bzzzz bzzzzzz - Sabes, eu gosto muito de ti. E ainda tenho muita esperança... - bzzzz bzzzzz - Esperança. Ainda tenho muita esperança... 2. Ela, na casa dos sweet little 16, sentada no café com duas amigas, atende o telemóvel e diz "podes falar à vontade". - Ai o Gonçalo é gay? - bzzzzz bzzzz - E gosta do André? - Bzzz bzzzzz - O André é gay? - Bzzzzz - Como é que vocês sabem isso? - bzzz bzzz - Foi a melhor amiga dele que contou? A melhor amiga dele contou isso? Essa é que merecia levar umas, grande cabra. - bzzzz bzzz (pelo meio, uma das amigas

O maior erro

É continuar a olhar para trás como se hoje fosse ontem. Afinal, a vida é como as dietas. Começa sempre, todos os dias, amanhã

Control(des)invest

122 despedidos por JOAQUIM OLIVEIRA. 122! Famílias inteiras sem emprego. Pessoas de quem gosto em apuros. Foda-se!

Um dia mais emocionante que um jogo entre FC Porto e Trofense

trim, trim, trim Ele - Então, estás boa? Estava difícil falarmos... Ela - Pois, hoje tudo me acontece. Ele - Então? Que aconteceu? Ela - Recebi uma mensagem fantástica, flores no trabalho e um pedido de casamento! Ele - Bolas, esse tipo deve gostar mesmo de ti. Ela - Foi de três pessoas diferentes...

Desespero privado

O homem, de fato - e gravata já enrolada no pulso direito - agarra-se a um dos dois telemóveis. Telefona, manda SMS, tenta passar o tempo. Espera pelo seu nome de novo. Pensa: ainda bem que tenho seguro de saúde, para poder vir às urgências a este hospital. De repente, a loucura: olha para a mão esquerda, levanta um dedo e diz "oito", outro e diz "nove" e por aí adiante. De repente sai-se com um... "seis!" seguido de um desesperado "Foda-se, foda-se". Seis horas de espera. "O electrocardiograma está bom", diz ao telefone. E ao lado, alguém saudável pensa: "ainda bem! caso contrário quinavas aqui...

Coisas sem importância

O passado... O passado é uma coisa sem importância. Pouco me importa. Importa-me o presente, isso sim, importa. O passado está lá atrás. Foi! Deixou de ser. É, como o nome indica... passado. Não volta a acontecer. É faixa preta. É The End. É uma data de letras a passarem no ecran. É gente a levantar-se e a sair da sala. No fim não se pede ao projeccionista para passar mais uma vez a última cena. Não. Vê-se, vá, os créditos. Ou vai-se embora. Embora vai-se sempre. Portanto, o passado não importa. Ora, se não importa, é deixá-lo estar quietinho. O presente é que importa, sim. O presente e o futuro. Então não se atice o cão que guarda o passado. Não vá ele lembrar-se de morder. Pronto, isto sou eu quem diz, que tenho sempre medo de ser mordido por um cão. E, ainda por cima, com o presente (e futuro) que tenho, não preciso do passado para nada...

A necessidade de saber

Talvez seja de ser jornalista, talvez seja de ser apenas curioso. Talvez seja de não ter mais com que me preocupar. Preciso, e isso é algo que nem eu me atrevo a negar, de saber o que se passa. O que se passou. Uma frase, dita ontem entre dois palpites sobre primeiras páginas, prendeu-me a atenção. "Está fechada, a janela. Se calhar morreu..." Quem é que morreu? "O velhote que morava ali. Estava sempre à janela, mas agora a janela tem estado fechada..." Irra, morrer, o velhote? nâo pode. Quer dizer, pode. Mas... vamos pensar que é do frio. Que estar descalço com este frio é exercício violento. Não, não pode ter morrido. Quer dizer, pode, sim, claro, mas... assim, sem avisar? Sem nos deixar condoídos? Deixando-nos culpados por não termos sabido antes? É do frio, sim, tem de ser... Esperemos. Caso contrário, quem vai ouvir, hoje, ali, o relato do Benfica? Logo no dia em que o Benfica pode chegar à liderança do campeonato três anos depois... Está frio, sim, é isso. Est

Juro...

Há dias em que me apetece mesmo fumar um cigarro... É naqueles dias em que o cérebro dá nós, as palavras se deixam atabalhoar e todas as certezas se escondem por detrás do nevoeiro. Sim, é nessas alturas... Arghhh... um cigarrinho... (Se tivesse arranjado sempre JPS preto, já teria gasto mais €96)

Atitude

Gosto tanto de palavras que por vezes as peço emprestadas. Há alturas em que não entendemos nada. Há alturas em que não entendemos tudo. E, digo eu, há alturas em que tentamos entender o que não tem de ser entendido. Por isso, digo que viver é a única opção. E (re)leio estas palavras... "(...) se nos dotarmos de atitude, a ansiedade diminui e tudo parece mais simples". Grande verdade...

Uma(s) verdade(s) sobre o amor

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Enquanto P. percorria os corredores do Jumbo e tentava perceber quais os cereais melhores para um pequeno almoço, ouvia duas jovens. Uma conversa jovem. E velha. Sem idade... A - Olha o Sms que mandei ao R. "O meu coração já não bate. Desistiu, vencido pelo teu desamor. Tantas horas esperou que se cansou e parou de bater. Nem sei porque to digo. Sei que não vais responder a este sms, sei que não queres saber se o meu coração bate ou não. E quero que saibas que enquanto bateu foi por ti" L - E ele respondeu? Pensa P., imediatamente,... que importa se ele respondeu? Tendemos a imaginar o amor como um cenário de reviravoltas loucas. Tendemos a esperar por um milagre que nos redima, que nos faça voltar atrás, que nos dê a possibilidade de fazer Erase and Rewind. There is no such thing. Talvez por isso, P. continuou a percorrer as prateleiras e fez a sua escolha. Espera ter acertado. Seria milagre. Sim, que ele não come cereais e ninguém duvida que ir comprá-los ao Jumbo, só para