As vidas dos outros

Via Facebook recordo o que sempre soube. Que as outras vidas são sempre diferentes das nossas.
No meu caso, no entanto, é com orgulho que o constato. Primo pela simplicidade. De gostos, de actos, de amizades. Gosto de tudo claro, simples, directo e, sobretudo, verdadeiro. Abomino - mesmo - a ostentação, detesto que as pessoas encenem vidas.
Isto a propósito das fotos e dos vídeos que nos vão chegando. Eu que me casei de camisa - sim, é raro - e proibi gravatas à dezena (pouco mais, vá) que connosco almoçou, que fugi dos catterings estupidamente caros (em que nos servem dez vezes mais comida que aquela que poderíamos, na realidade, comer, mesmo que ficássemos o fim de semana inteiro fechados numa sala), sorrio ao ver o sorriso no rosto de um casal - desconhecido,claro - que me entra pelo monitor, numa festa com vestidos (e fatos) de gala, e carros antigos alugados de propósito para a ocasião.
Nunca percebi a razão de se gastar num só dia o dinheiro que garante a educação de um filho durante um bom par de anos, mas, esforço-me por aceitá-lo. Dizem-me, afinal, que compensa, por ser um dia muito especial.
Pois o meu casamento, caros amigos, foi o dia mais especial da minha vida e resolvi-o com toda a simplicidade. Convidados para almoço? Os padrinhos e os pais dos noivos. Local? Um restaurante pequeno, quase fechado para nós, onde pouco mais de 200 euros permitiram um verdadeiro banquete. De extravagância apenas um bolo - delicioso - feito por uma amiga (que era carote para bolo, mas, acho que já o disse, delicioso).
 

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