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A mostrar mensagens de março, 2009

Azul, azulão

Vale MESMO a pena. Em palco, no Casino Lisboa, até dia 5 de Abril

Tudo o vento esqueceu

Banda sonora: slumdog millionaire. cenário: uma sala relativamente desarrumada, ou relativamente arrumada com pontos relativamente desarrumados. Toalha vermelha na mesa, a condizer com as cadeiras e com os cortinados. Em cima da mesa, um copo de cola zero e uma garrafa de água de litro e meio por abrir. No cérebro: a ecoar a ideia de que me esqueço das coisas. Esqueço números de telefone, esqueço nomes. Esqueço, sobretudo, coisas que fiz ontem, como andar até ao café. Sim, em tempos descrevi-me como exagerado. Agora, no entanto, não será exagero dizê-lo: tenho péssima memória. Visual. Sonora. Para mim que gosto de filmes até é bom. Esqueço-me sempre de como acabam. Lembro-me de cenas avulsas, nunca do essencial. Bem bom, diria. Sobretudo pelo "valor de repetição" que isso lhes dá. Contem-me histórias. Contem-me muitas histórias. Contem-me sempre as mesmas. Mas contem. Eu esqueço que contaram. E hei de fazer perguntas, cujas respostas logo esquecerei. Tenham paciência para mi

Compreender a mensagem...

Os políticos não mentem. Nós é que não sabemos interpretar a mensagem. O DISCURSO O nosso partido cumpre o que promete. Só os tolos podem crer que não lutaremos contra a corrupção. Porque, se há algo certo para nós, é que a honestidade e a transparência são fundamentais. para alcançar os nossos ideais Mostraremos que é uma grande estupidez crer que as máfias continuarão no governo, como sempre. Asseguramos sem dúvida que a justiça social será o alvo da nossa acção. Apesar disso, há idiotas que imaginam que se possa governar com as manchas da velha política. Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que se termine com os marajás e as negociatas. Não permitiremos de nenhum modo que as nossas crianças morram de fome. Cumpriremos os nossos propósitos mes

Uma forma diferente

Às vezes é com os dedos que sinto e que penso. Com a ponta dos dedos. Que por mim falam. Que a mim alimentam. Os dedos, as pontas dos dedos, que me falam. Assim eu os oiça...

23!

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This is major Tom to ground control

"I'm stepping through the door And I'm floating in a most peculiar way And the stars look very different today For here Am I sitting in a tin can Far above the world Planet earth is blue And theres nothing I can do Though I'm past one hundred thousand miles I'm feeling very still And I think my spaceship knows which way to go" David Bowie, excerto de Space oddity

A primavera começou bem

Foi assim, curto e grosso, que ele me anunciou a felicidade que lhe invade a alma. Por SMS. Minutos antes o seu Sporting tinha perdido com o Benfica num jogo que tem feito correr muita tinta por causa de um penalty que só Lucílio Baptista e o Barbas foram capazes de ver. Não entendi à primeira, admito. Para trás ficam horas e horas de palavras avulsas, trocadas ao sabor de um copo de tinto, de uma coral, de várias super bock. Desta vez, quase ouso dizer, desejo, no mínimo, que as próximas cervejas tenham o sabor da alegria. Nem que seja preciso ir a Fátima a pé... Bonne chance...

Conversas soltas (apanhadas no ar)

1 . Ele, telemóvel em riste, calças cremes, impecáveis, polo azul, ainda antes de ir buscar uma garrafa de Carlsberg e sentar-se na esplanada. - Como é a tua vida? Eu posso ir ter contigo a Sete-Rios pelas sete e meia. - bzzzz bzzzzzzz - Quais angústias? Achas que depois deste tempo todo separados, alguém vai angustiar alguém? - Bzzzz bzzzzzz - Mas tu és uma rapariga tão inteligente, tão arrumada da cabeça, agora estás com isso... - bzzzz bzzzzzz - Sabes, eu gosto muito de ti. E ainda tenho muita esperança... - bzzzz bzzzzz - Esperança. Ainda tenho muita esperança... 2. Ela, na casa dos sweet little 16, sentada no café com duas amigas, atende o telemóvel e diz "podes falar à vontade". - Ai o Gonçalo é gay? - bzzzzz bzzzz - E gosta do André? - Bzzz bzzzzz - O André é gay? - Bzzzzz - Como é que vocês sabem isso? - bzzz bzzz - Foi a melhor amiga dele que contou? A melhor amiga dele contou isso? Essa é que merecia levar umas, grande cabra. - bzzzz bzzz (pelo meio, uma das amigas

A morte não é o fim

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Uma mão, duas mãos. Juntas. Dadas, como duas pessoas se dão. A selarem, em pedra, uma aliança que em terra se decidiu eterna. Sim, sê-lo-á. Porque há adeus que nunca são ditos. Porque há mãos que nunca se separam...

How inspiring can death be?

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Atrás, os mortos sorriem... Onde pode chegar um amor vampiro? (Cemitério Père Lachaise, Paris, Março de 2009) Fonte: NP

We will always have Paris

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Fonte: NP Podes vê-la ao longe, apenas em sonhos, nem a ver de todo. O máximo que podes dizer a Paris, antes de a deixares para trás, é "au revoir". Adieu é palavra proibida naquela cidade...

Finalmente...

The day has come...

A loucura da TV livre!

Nas palavras dos outros

Há sempre um blogue, escrito em português ou não, que me mostra o que sou, o que fui e o que serei. As lágrimas dos outros que me escorrem pelo rosto, os sorrisos deles que me invadem, as esperanças, as ilusões. Sempre a certeza de que não as escreveria assim, sempre a leitura de que todos lá estivemos, todos lá estaremos. No bem e no mal. E os silêncios dos blogues são também outra forma de comunicação. Uma solidão que se vai, uma tristeza que se esquece, um sonho que se perde, uma vontade de dormir. E descansar. Que o corpo se vai cansando da viagem e também merece férias. Nas palavras dos outros apercebo-me de como fui tão baixo. E hoje, daqui, apetece-me dizer-lhes (a todos): um dia subirão de novo. E nas palavras dos outros saberão ver que não há mal que sempre dure...

Blinding lights

Uma coisa bonita de se dizer sobre uma rapariga: Ela desconcerta-me, mas preenche-me.

Hello

Don't be scared I want you to know You're not dead

Egoísmo?

Quando oferecemos a alguém um presente que escolhemos com todo o cuidado do Mundo e nos sentimos a voar por ver que tudo corre bem, o prazer que sentimos é tanto - mesmo ainda antes de dar o presente - que se transforma tudo num acto de puro egoísmo. E sabe tão bem...

Começou

Um novo desafio que não tinha planeado, depois de um outro que não tinha planeado. Um arraque, outro arranque. Danças com lobos, lírios no campo. Se entrei nisto foi para ganhar, se entrei nisto é para ganhar.