Legionella num país a sério
Dizem que com a idade vamos ficando mais brutos (isto há de dar uma crónica) e é bem capaz de ser verdade. Pelo menos paciência vamos perdendo. E é por isso que hoje digo sem problemas que estou farto de ver que em Portugal nada acontece a quem não cumpre leis, a quem é chico-esperto, a quem prejudica os outros para ficar melhor.
A propósito do surto de legionella, que matou até à data cinco pessoas e levou centenas para os hospitais, fala-se de crime ambiental cometido por uma empresa privada.
Presumo que no fim nada lhes aconteça. Ou, pelo menos, nada que a todos nos faça sentir que foi feita Justiça.
Num país a sério eu sei o que acontecia: os responsáveis da empresa eram julgados por crime ambiental e por homicídio por negligência; a empresa pagava ao Estado tudo o que este gastou a tratar os doentes; a empresa indemnizava todos os que ficaram doentes; a empresa pagava indemnizações exemplares aos que perderam familiares.
Se, no fim, a empresa não tivesse como pagar, fechava. Ou era vendida. E ninguém haveria de dizer que era preciso proteger o investimento. É sim, mas antes disso há que nos proteger - a todos - dos maus investidores.
A propósito do surto de legionella, que matou até à data cinco pessoas e levou centenas para os hospitais, fala-se de crime ambiental cometido por uma empresa privada.
Presumo que no fim nada lhes aconteça. Ou, pelo menos, nada que a todos nos faça sentir que foi feita Justiça.
Num país a sério eu sei o que acontecia: os responsáveis da empresa eram julgados por crime ambiental e por homicídio por negligência; a empresa pagava ao Estado tudo o que este gastou a tratar os doentes; a empresa indemnizava todos os que ficaram doentes; a empresa pagava indemnizações exemplares aos que perderam familiares.
Se, no fim, a empresa não tivesse como pagar, fechava. Ou era vendida. E ninguém haveria de dizer que era preciso proteger o investimento. É sim, mas antes disso há que nos proteger - a todos - dos maus investidores.
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