O que é isso de salvar a humanidade?
São anos sem ir ao cinema e de repente vejo um trailer e no dia a seguir estou sentado numa sala, com o meu pai, a ver o Interstellar no dia em que ele estreia (benditas sessões das 13 horas).
À parte ter gostado bastante do filme, deu-me particular gozo o facto de me fazer pensar de novo no que é isso de querermos salvar a humanidade (a espécie humana, para ser mais exacto) e de quais os sacrifícios que tal justifica.
Gostei também dos conceitos físicos aplicados e que, dizem-me as crónicas, plausíveis porque sustentados por conhecimentos científicos validados por especialistas (naturalmente, do ponto de vista teórico).
Como ficar indiferente à ideia há tantos anos apreendida e entretanto "esquecida" de um viajante no espaço poder numa só hora ver os seus familiares, na Terra, envelhecerem vários anos? E como isso poderia influenciar alguém a decidir-se por uma missão de salvamento da humanidade?
E que é isso, afinal, de se salvar a humanidade? Descobrir um planeta habitável e para lá transportar todos os que for possível transportar de entre os que vivem na terra? Ou encontrar forma de "injectar" noutro planeta "ovos" contendo vida humana, com indivíduos previamente inexistentes? Fazer "nascer" noutro ecosistema homens e mulheres que nunca habitaram a terra pode ser considerado salvar a espécie humana? Diria que sim. Mas em que medida tal seria salvar a humanidade? Brincar a Deus e, ironicamente, assumir o papel de criadores da vida? É isto tão fascinante como pensarmos que numa fracção de segundo, podemos destruir a Terra e o que a circunda por querermos, em laboratório (no CERN), recriar o Big Bang, criando um buraco negro ali para os lados da Suíça? (isto é um off-topic relativamente ao que nos traz aqui: o filme)
E que pensar perante a ideia de que o que nos move é, sempre, a ideia de salvarmos os nossos filhos, os nossos pais, os nossos irmãos? Quantos estão realmente dispostos a salvar a humanidade, se da humanidade não tiverem vontade de salvar pelo menos uns quantos especificamente?
Acho que já deu para perceber que aconselho toda a gente a ver o Interstellar. E não, isto não é aquela alegria juvenil de quem não ia ao cinema há muito tempo e de repente acha que viu uma obra de arte. Ainda que eu ache que a maneira como está filmado (e a história contada) é uma boa manifestação da arte que é o cinema.
Fonte: IMDB.com |
À parte ter gostado bastante do filme, deu-me particular gozo o facto de me fazer pensar de novo no que é isso de querermos salvar a humanidade (a espécie humana, para ser mais exacto) e de quais os sacrifícios que tal justifica.
Gostei também dos conceitos físicos aplicados e que, dizem-me as crónicas, plausíveis porque sustentados por conhecimentos científicos validados por especialistas (naturalmente, do ponto de vista teórico).
Como ficar indiferente à ideia há tantos anos apreendida e entretanto "esquecida" de um viajante no espaço poder numa só hora ver os seus familiares, na Terra, envelhecerem vários anos? E como isso poderia influenciar alguém a decidir-se por uma missão de salvamento da humanidade?
E que é isso, afinal, de se salvar a humanidade? Descobrir um planeta habitável e para lá transportar todos os que for possível transportar de entre os que vivem na terra? Ou encontrar forma de "injectar" noutro planeta "ovos" contendo vida humana, com indivíduos previamente inexistentes? Fazer "nascer" noutro ecosistema homens e mulheres que nunca habitaram a terra pode ser considerado salvar a espécie humana? Diria que sim. Mas em que medida tal seria salvar a humanidade? Brincar a Deus e, ironicamente, assumir o papel de criadores da vida? É isto tão fascinante como pensarmos que numa fracção de segundo, podemos destruir a Terra e o que a circunda por querermos, em laboratório (no CERN), recriar o Big Bang, criando um buraco negro ali para os lados da Suíça? (isto é um off-topic relativamente ao que nos traz aqui: o filme)
E que pensar perante a ideia de que o que nos move é, sempre, a ideia de salvarmos os nossos filhos, os nossos pais, os nossos irmãos? Quantos estão realmente dispostos a salvar a humanidade, se da humanidade não tiverem vontade de salvar pelo menos uns quantos especificamente?
Acho que já deu para perceber que aconselho toda a gente a ver o Interstellar. E não, isto não é aquela alegria juvenil de quem não ia ao cinema há muito tempo e de repente acha que viu uma obra de arte. Ainda que eu ache que a maneira como está filmado (e a história contada) é uma boa manifestação da arte que é o cinema.
Comentários