Do adeus

Sabes, mãe... às vezes parece-me que os dias passam e não penso em ti, mas se fizer um balanço mais atento parece-me que todos os dias te recordo. Pode ser apenas de olhar para uma fotografia; de falar de ti ao G.; de lhe contar como tu brincavas com ele; de como andavas pelo chão, de gatas, atrás dele, a segurá-lo, a empilhar as torres que ele derrubava rindo à gargalhada, vezes e vezes sem conta; de contar-lhe que quando tu e o pai chegavam a casa ele dançava ao som da música que ele próprio ligava ao carregar na cabeça do boneco que "conduzia" um camião de plástico.

Hoje, mais uma vez, lembrei-me de ti. E, sabes, mãe, fiquei com a aquela impressão de que já consigo fazê-lo com aquele sorriso de saudade boa - e depos escrevi isto e, ao escrever, lá me veio a lágrima ao olho...

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