Há anos que vivo intrigado. Para onde vão as canetas deste mundo? Onde se escondem elas dos malandros que só as querem usar e deitar fora? Pensem nisto. Agarrem em cinco canetas no vosso trabalho. Coloquem-nas na vossa secretária. Se trabalharem em open space digam-me, depois de amanhã, quantas canetas ainda lá estão. E metam mais cinco. Quanto tempo duram?Podem defender a teoria que quiserem, mas a de que são os colegas que precisam e as levam, não cola. Se assim fosse, estariam nas secretárias deles. Mas não estão, pois não? Desconfio que os fabricantes de canetas lhes dão alma. E que elas estão "programadas" para fugir, pois só assim se vendem mais. E já agora, quantas canetas conseguiram vocês levar até à última gota da tinta? É que as que não fogem têm instintos suicidas... Rebentam (são as famosas canetas bomba) e sujam-nos de tinta... Eu desconfio que elas lutam há anos e anos pela liberdade. Mas não conseguem... Espero que não tenham um exército muito grande, pois cas

A minha amiga osga não sabe, mas na infância participei em muitas sessões de dissecação de animais. Acho que todos os putos o fazem. Meti moscas em frascos e diverti-me com o desespero delas. Influenciado pelos desenhos animados, meti formigas no congelador - foi triste constatar que não saiam de lá com um cubo de gelo à volta. Depois, influenciado por uma prima mais velha maquiavélica, brinquei aos milionários excêntricos. Todos os dias espetávamos um pau num gafanhoto e metiamo-lo dentro de uma ficha eléctrica. Queríamos ver o esqueleto do bicho, como nos desenhos animados. Felizmente, nunca nos explicaram que era preciso meter paus nos dois buracos das fichas... Caso contrário, hoje não haveria Blogue de Notas. Mais tarde, fazia corridas de gafanhotos e apanhava borboletas. Deixei-me disso tudo. Hoje sou um homem novo. Seria mau tipo?

Este é um post sério. Ando impressionado com as imagens que nos chegam dos incêndios. Ainda me lembro de quando era miúdo e ia de férias para a Costa da Caparica. No meio do mato, passávamos o tempo a olhar para as árvores e quando víamos um incêndio, lá entrava a família num estado de alerta não classificado por nenhum instituto. Mas há mais: a terra tremeu. E bem. Lembro-me do medo que tinha, em criança, e ouvia as previsões dos Zandingas todos cada vez que começava um novo ano. O raio do senhor previa sempre um terramoto em Lisboa. E eu sabia tudo o que fazer. Aprendia na escola. Onde nos colocarmos em caso de tremor de terra, os sítios a evitar... Será que ainda hoje isso é ensinado às crianças?

Depois de a sua secretária ter enviado uma carta a agradecer um livro do escritor Machado de Assis (que morreu há quase 100 anos) o blogue de notas lembra outros episódios deliciosos. E não, não falamos dos violinos de Chopin... ops, já falámos. Nunca me esqueci de quando ele, acabadinho de chegar à presidência do Sporting, recebeu uma carta de promoção de um livro. E a promoção era só um teaser: "Cuidado com os rapazes". O Santana convocou uma conferência de imprensa e disse que não tinha medo do sistema. Pois...

George W. Bush não vai facilitar a vida aos norte-americanos homossexuais. Casamentos, no país dele, é que não... É que, diz, o casamento é uma "instituição sagrada". Deve ser por isso que há quem faça fila em Las Vegas para se casar em cinco minutos...

Os candidatos ao Big Brother têm de responder a vários inquéritos. Num deles, perguntam-lhes se gostam de sexo com animais. Qual será a resposta que dá entrada na casa? Sempre suspeitei do amor do Zé Maria pelas galinhas...

José Antonio Camacho queixou-se de que faltam quatro jogadores ao Benfica. Pelo que os tenho visto jogar, parece-me que faltam mais uns quantos!