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do mundo dos sonhos

Por vezes não sei o que é real o que sonhei. São noites e noites e dias e dias de enganação. Tudo me parece verosímil. De dia e de noite. Tanto que já não sei quando sonho e quando estou acordado. Soubesse eu passar a escrito tanto quanto vejo e não é real...

Dizem os rotos aos nús

D - coça-me as costas. Vá lá, coça-me as costas, papá... G - D. Não sei se já reparaste, mas nem estás a pedir por favor. D - coça-me as costas, papá! (Eu levantei-me e fui para a cozinha) G - oh D., se tivesses pedido por favor talvez ele te tivesse coçado. D - não chamas ele ao teu pai!

Dentes de leão!

 A D.encontrou um dente de leão na rua e deu-mo, dizendo: - Toma, podes fazer um desejo. Se partilhares o desejo, realiza-se. Se não partilhares não se realiza. (soprei desejando ganhar o Euromilhões) - Já está. Escolhi ganhar o Euromilhhões. - Eu tenho uma coisa melhor que isso - Então? - Então, imagina. Não tens dinheiro para comprar comida e com o desejo tens sempre comida. - Mas o Euromilhões é bué dinheiro! - Mesmo assim vais ter de pagar, é pior...

Antevisão das férias

 Agora muito a sério: há alguma coisa melhor que conduzir durante três horas e meia uma carrinha cheia de gente, enquanto se vê diminuir (nas placas) a distância para o destino? Ah! Cabanas!

Preferias morrer ou ser da equipa dos maus?

 - Papá, tu preferias morrer ou ser da equipa dos maus? - Morrer. - Eu preferia ser da equipa dos maus. - Mas assim serias má... - Mas morrer é pior que ser da equipa dos maus. - Achas? Se fosses da equipa dos maus fazias mal às outras pessoas. (silêncio. breve) - Se morresse ia desperdiçar a oportunidade de brincar. - Mas se fosses má ias brincar como? - Então, podia brincar com os meus amigos maus...

urgências

Que a SS saiba sempre e a toda a hora que com ela tenho vivido o amor na plenitude. Que antes dela era incompleto. Rir com alegria -mesmo stressando - com as maravilhosas conversas dos miúdos ao deitar ('só agora temos tempo para falar, porque já não estamos distraídos com outras coisas'). Aliviar a vida para que o trabalho não me mate. Dizer todos os dias 'amo-te' a todos os que amo. A minha Suka, miúdos, pai, sogro. Ser chamado ao gabinete médico para me darem uma droga qualquer que me livre deste ataque de pânico que me fez pensar que estava a morrer.

fim de férias (ou lá o que foi isto)

Em 2030, a dada altura de 2030, terei 57 anos. Convenhamos. Muitos de nós não chegaremos aos 57 anos. Acredito que o bypass gástrico feito em 2018 me deu anos de vida - caso não seja atropelado por um camião -mas não o tomo por garantido. Em 2030 a nossa mais nova terá 15 anos. E o mais velho 19. Tive-os tarde. Não por decisão minha, mas porque tarde conheci a SS. E porque só com ela faria sentido esta aventura. Posto isto, é preciso esclarecer que eu sou o pessimista. Aquele que sempre que vai viajar imagina que o avião cai, que o pneu rebenta. E imagino sempre que os miúdos em 2030 talvez nem tenham pai. E disso faço grande filme das tragédias familiares - como se tudo na vida não fosse ultrapassado. Em parte, este sentimento terá sido alimentado por um 2020 atípico, graças um (Corona)vírus que a todos fechou em casa e privou de contacto social. A trabalhar fechado desde março, dei por mim a estranhar as férias - que hoje chegam ao fim.  Perante as incertezas profissionais e de saúde