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De volta ao trabalho

É estúpido voltar a trabalhar num sábado. Mas esta vida é estúpida mesmo... Ainda assim, reitero a resposta que ontem dei à Ana, quando ela me perguntou se eu não estava triste por voltar ao trabalho: "Não... Eu gosto do que faço". Depois acrescentei, para não parecer um doido: "Preferia passar o fim-de-semana em casa contigo e regressar apenas segunda-feira, mas não estou triste por voltar ao trabalho". Depois, pensei no que disse. Quantas pessoas poderão dizer o mesmo?

Outra vez as cobras

O Marco Caetano escreve-me num comentário a um post antigo ("Consciência pesada") a propósito das cobras e das osgas. Confesso que dei um toque humorístico a cada cena e que me sinto um mal por ter morto a cobra no verão passado. Acontece que, na realidade, se o fiz foi por falta de informação. De repente pensei que aquela cobra pudesse ser uma víbora (ainda por cima, tenho mesmo muito medo de cobras). Pensei que era venenosa e que não podia deixá-la em casa e ir trabalhar como se nada fosse. Pensei que se tentasse afugentá-la podia ser atacado por ela. E se ela fosse uma víbora não me apetecia mesmo nada... Entretanto, no Brasil, andei a passear-me num sítio onde existem diversas cobras venenosas. Os índios falaram-me delas e mostraram-me alguns exemplares que encontraram mortos (eles não matam animais). Vi uma surucucu - minúscula - e a maior de todas, curiosamente, nem era venenosa. Quando se sente ameaçada, incha, fica amarelada e desata a abanar-se para assustar os pre...

Por falar em tradução

Coloquei a leitura em dia e encontrei aqui as palavras que tantas vezes procurei. Tens razão M. no que escreves sobre o "Lost in translation". Fazes uma caricatura perfeita. Apesar de me ter divertido o filme, já lhe tinha detectado fragilidades. Exageras, como em qualquer caricatura, mas no fundo isso serve só para dizer: "o filme não é tão bom como toda a gente diz". Não foi por acaso que o filme "As virgens suicidas" me passou tão ao lado.

Os índios Pataxó

Antes de mais, Pataxó significa remanescente. Ou seja, os indíos Pataxó da Baía são, hoje, o que resta da cultura india, tão alterada (violentada até) pela presença dos portugueses. Vem esta introdução a propósito da minha visita à reserva da Jaqueira (Porto Seguro) onde os Pataxó procuram reconstituir - para turista ver - um pouco dos seus hábitos. Mais à frente - em Coroa Vermelha - vivem milhares de Pataxó. O objectivo deles é recuperar uma cultura que quase se perdeu. Terão pouco de original ou de exótico estes indios. Afinal, ainda hoje, na Amazónia, existem tribos que vivem quase como há 500 anos. Ainda assim - ou talvez por isso - desta visita nasceu uma sensação de desconforto. Nada de novo, é certo. Todos sabemos que os portugueses exploraram os indios. O que nos deixa desconfortável é percebermos, no local, que essas feridas ainda hoje estão abertas. No segundo dia de férias, um indio, vendedor, pedia - a sorrir - dois reais (60 cêntimos ou 120 escudos) para se deixar foto...

Acabou-se

Cheguei... Do Brasil das águas mil. As do mar e as da chuva. De 7 dias de loucura, a acordar de madrugada para tentar encontrar uma nesga de sol. Em vão. Vi a lindíssima praia do Espelho (linda mesmo) e muitos outros lugares bonitos. E estou de volta...

Até um dia destes

É oficial... Vou de férias

Uma injustiça

Quando alguém me diz que só em Portugal é possível um presidente de Câmara andar num estádio de futebol aos pontapés a mesas e a ameaçar árbitros, confesso que sinto um arrepio na espinha. É mentira, é calúnia. Querem mandar abaixo Portugal. E dar a entender que somos uns bárbaros e que estamos socialmente atrasados. Até parece que no Burkina Faso e no Uganda não acontecem coisas iguais...