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Conversas soltas (apanhadas no ar)

1 . Ele, telemóvel em riste, calças cremes, impecáveis, polo azul, ainda antes de ir buscar uma garrafa de Carlsberg e sentar-se na esplanada. - Como é a tua vida? Eu posso ir ter contigo a Sete-Rios pelas sete e meia. - bzzzz bzzzzzzz - Quais angústias? Achas que depois deste tempo todo separados, alguém vai angustiar alguém? - Bzzzz bzzzzzz - Mas tu és uma rapariga tão inteligente, tão arrumada da cabeça, agora estás com isso... - bzzzz bzzzzzz - Sabes, eu gosto muito de ti. E ainda tenho muita esperança... - bzzzz bzzzzz - Esperança. Ainda tenho muita esperança... 2. Ela, na casa dos sweet little 16, sentada no café com duas amigas, atende o telemóvel e diz "podes falar à vontade". - Ai o Gonçalo é gay? - bzzzzz bzzzz - E gosta do André? - Bzzz bzzzzz - O André é gay? - Bzzzzz - Como é que vocês sabem isso? - bzzz bzzz - Foi a melhor amiga dele que contou? A melhor amiga dele contou isso? Essa é que merecia levar umas, grande cabra. - bzzzz bzzz (pelo meio, uma das amigas

A morte não é o fim

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Uma mão, duas mãos. Juntas. Dadas, como duas pessoas se dão. A selarem, em pedra, uma aliança que em terra se decidiu eterna. Sim, sê-lo-á. Porque há adeus que nunca são ditos. Porque há mãos que nunca se separam...

How inspiring can death be?

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Atrás, os mortos sorriem... Onde pode chegar um amor vampiro? (Cemitério Père Lachaise, Paris, Março de 2009) Fonte: NP

We will always have Paris

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Fonte: NP Podes vê-la ao longe, apenas em sonhos, nem a ver de todo. O máximo que podes dizer a Paris, antes de a deixares para trás, é "au revoir". Adieu é palavra proibida naquela cidade...

Finalmente...

The day has come...

A loucura da TV livre!

Nas palavras dos outros

Há sempre um blogue, escrito em português ou não, que me mostra o que sou, o que fui e o que serei. As lágrimas dos outros que me escorrem pelo rosto, os sorrisos deles que me invadem, as esperanças, as ilusões. Sempre a certeza de que não as escreveria assim, sempre a leitura de que todos lá estivemos, todos lá estaremos. No bem e no mal. E os silêncios dos blogues são também outra forma de comunicação. Uma solidão que se vai, uma tristeza que se esquece, um sonho que se perde, uma vontade de dormir. E descansar. Que o corpo se vai cansando da viagem e também merece férias. Nas palavras dos outros apercebo-me de como fui tão baixo. E hoje, daqui, apetece-me dizer-lhes (a todos): um dia subirão de novo. E nas palavras dos outros saberão ver que não há mal que sempre dure...