(as mulheres são velas, os homens papel)
A natureza da vela é arder, a do papel subsistir, para fazer história. O papel tende a fugir da vela quando esta arde e a vela, ao arder, sabe que se consome. Se a chama da vela toca o papel, o destino comum está encontrado. A vela vai-se, cumprindo o destino, e dela fica apenas o que sobra do pavio. O papel e o pavio, queimados, serão pois cinzas. Com o tempo, ninguém conseguirá distinguir o que foi vela e o que foi papel. Bendito o papel que se deixa tocar por uma vela.