Mensagens

23 x 5

Fez ontem cinco anos que encontrei a felicidade. Sou um privilegiado. E todos os dias me lembro disso.

A propósito de um psicólogo

Ao José Carlos Dias. Psicólogo. Ex-jornalista, um amigo. O assunto é tabu. Mas não devia ser. Não são, ao contrário do que a ignorância faz crer, os maluquinhos os únicos a recorrer aos serviços de um psicólogo. Bem pelo contrário. A decisão é, quase sempre, um sinal de lucidez extrema. Assim foi comigo. Consumido por uma ansiedade que não conseguia travar, segui o conselho de um bom amigo e consultei seu psicólogo. José Carlos Dias. Era bom, dizia-me o R.. Ajudara-o. E até o compreendia melhor por, também ele, ter sido jornalista. Fui lá. Gostei dele ao primeiro contacto. Não falava muito (provavelmente nem devia), mas ao fim de uns meses deixei de precisar de lá ir. Ainda hoje não sei o que ele me fez, mas tirou-me a ansiedade. Curou-me. Devolveu-me a vida e a alegria de viver. Ou mostrou-me o caminho para o conseguir. Disse-me que eu estava no fundo de um vale, e que, quando subisse a montanha, mesmo que voltasse a descer, teria sempre as ferramentas para travar a queda. Prom

De como se lida com a morte na família dos outros

Lembro-me de uma crónica do Lobo Antunes sobre o médico que lhe comunicou os resultados da análise: tinha cancro. Mas o médico dizia-o como se dissesse que já não havia bilhetes para o concerto de Caetano Veloso. Pior. Enquanto combinava ao telefone uma jantarada com um amigo. Pausa, ah, o senhor tem cancro... Quando no Natal passado vim de urgência para acompanhar o meu pai e ver a minha mãe, internada de urgência no hospital, fomos informados pelos médicos de que nem um milagre a manteria viva. Era uma questão de tempo, até se apagar, lentamente como uma vela. Antes de mais, sempre que me lembro disso, lembro-me do choque que senti. Parecia impossível, mas acontecia. A frio, sem anestesia para mim e para o meu pai, que, abraçados tentámos digerir a notícia, acompanhados por outros dois tios... Nunca esquecerei de que à pergunta que me era feita por SMS «Então?» respondia apenas «(...)», incapaz de verbalizar o que acabara de acontecer. Lembro-me também, e nunca quero esquecê-lo,

Hoje é assim

Imagem

41 anos, S. Martinho

Primeira coisa que me disse, hoje, o meu pai, mal chegou a minha casa, pela manhã... "Hoje faz 41 anos que eu e a tua mãe soubemos que ias nascer". Ouvi-lo tão solto e tão agarrado ao passado, tão feliz e tão saudoso... É um homem que sofre. Muito. E tão cheio de força. Muito mais que eu...

Cada vez mais fácil

Ainda na senda de tentar perceber se me dou melhor sem o leite, deparei-me hoje com  este artigo  que me pareceu muito interessante. Para já posso dizer que continuo a dar-me bem. Ao pequeno almoço vou bebendo sumo de laranja e comendo torradas com tomate triturado. Como gosto não me custa. Ontem comi também um ovo mexido, mas aqui começamos a ter motivo para mais conversa: havemos de lá chegar (afinal, os ovos que nos chegam à mesa são de galinhas alimentadas com farinha que também leva restos de outros animais... lá chegaremos, já disse). O que vou sentindo? Talvez ainda seja cedo para dizê-lo, mas algo tenho a certeza: quando vou ao WC sinto que fico bem mais limpo. E talvez tenha menos obstrução nasal. Parece-me também que talvez esteja menos inchado e não tenho detectado qualquer refluxo gástrico, que não sendo frequente me apoquentava de vez em quando. Mas, como digo, é cedo. Veremos daqui para a frente.

Bom dia

Imagem
Assim se toma um pequeno almoço dos novos...