Nesta baía...

Seis da manhã. O sol nasce sobre o Tejo. Tímido, esconde-se atrás das nuvens, para logo espreitar a ver se alguém o olha. Espreguiça-se. Afinal, está a mudar de turno e cansado de tantos dias, tantos anos, tantos séculos a trabalhar, com direito a folgas apenas em dia de eclipse.
Também assim vive a própria vida. Em ciclos. Anoitece, mas logo amanhece. E mesmo na escuridão, a lua mostra-nos o caminho. E hoje caminho com um sorriso, depois de ontem o ter feito com tensão na alma. E, com Lisboa à vista de um olhar, vou saltitando, timidamente, ainda protegido pelo lado de cá das nuvens.

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