Da saudade (na Páscoa)

Já não me lembrava, nem sei mesmo se sabia, que há lágrimas tão ácidas que parecem deixar-nos cicatrizes no rosto, à medida que correm direitas ao chão.
Hoje, dia de saudade, lembro-me de tanta coisa. De tão pouca. Das guerras que fazíamos no chão do meu quarto, com soldados de plástico, um berlinde e a pontaria de cada um para derrubar os "inimigos" a decidirem quem ganhava aquela batalha que era, afinal, um jogo.
Lembro-me também de quando voltava com o pai dos jogos de futebol ao domingo à tarde e, na maior parte das vezes, o nosso Belém ganhava. Ao entrarmos em casa, perguntavas: quem ganhou? E nós, brincadeira nossa, ríamos... "minha cara ó". E tu perguntavas se tínhamos perdido e eu, na minha infantil boa disposição dizia-te que não. Como se fosse possível o Belém não ganhar...
Lembro-me de tudo e lembro-me de nada. Tenho tantas saudades tuas, mãe...

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