Da nova vida (longe das redações)

 Num repente, e não sei se já escrevi sobre isto, mudei de vida.
Deixei as redações, o ritmo louco dos seis dias por semana, das noites a trabalhar, dos fins de semana no jornal.

É uma nova vida. Nem sempre mais fácil, mas seguramente mais recompensadora. Estar com os filhos, com a mulher, com os amigos, família próxima e distante, aproxima-me de uma normalidade com que sempre sonhei.

No entanto, nem tudo é perfeito - nunca é, certo?

Há muito de má aposta - ainda que não a trocasse pela vida antiga - de desrespeito, de falta de comunicação, de desorientação...

Admito. Ainda não estou nas sete quintas. Talvez nunca venha a estar. Provavelmente, perto dos 50, o truque é apenas ir sobrevivendo, aguentado dia após dia, procurando soluções para os problemas vindouros.

Sonho com regressos a redações. Digo: durante a noite. E no entanto acho que não é o que desejo. 

Preocupa-me olhar para os anúncios de emprego - agora todos em inglês e a pedirem coisas loucas - e pensar que não tenho hipóteses. Eu... Sem hipóteses. Eu, que tudo conseguia. Que tudo consegui...

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