Ontem foi a ansiedade. Seria realmente boa ideia levar um miúdo de três anos a ver o seu primeiro jogo de futebol? Sobretudo, sabendo eu que para ele o jogo se confina, por enquanto, a um ou dois corredores, e aos nomes repetidos do Joche (Jesus), do Cadocho (Cardozo), do Rosa (Miguel Rosa) e do Fébi (Fredy), isto além do Cristiano (Ronaldo). Dizendo ele que é do Belém, muitas vezes o apanho a gritar pelo Quica. Vai daí, convencido pelo argumento «é melhor levá-lo a ver um jogo do Belém antes que o Belém acabe» e aproveitando o facto de estar de folga e de haver um Belém-Quica, lá levei a família toda, e mais o Batista, amigo que é porteiro da escola do rapaz, ao Restelo. Não levava grande fé, mas levar o G. garantia à partida que acontecesse o que acontecesse, iria sempre ter com que me entreter. Logo à chegada, ficou maravilhado. A imensidão de um estádio cheio de gente - nunca ele vira tanta gente junta - arrancava-lhe genuínos sorrisos de embevecimento. Descobria com...