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"O amor não tem fim"

Exercício do dia: Biblía aberta ao acaso, depois de um período de reflexão sobre vários assuntos. A primeira frase lida: "o amor não tem fim". O prazer que se tira de coisas pequenas pode, muito bem, ser a chave para uma vida menos pesada...

Sobre as expectativas e as euforias

Não sei se é de mim, mas acho as expectativas cada vez mais nonsense. Isso e as euforias. Os dois e a posse. O futebol ajuda-me a explicar. A primeira vez que vivi uma euforia futebolística com em 1989. No estádio Nacional o Belenenses, faz dia 28 25 anos, ganhou ao Benfica a final da Taça. O único título que vi ao meu clube em 40 anos (quase 41 de vida) - os da segunda divisão não são títulos, são nódoas. Lembro-me de como antes do livre directo marcado pelo Juanico enrolei o cachecol na mão. E como o atirei para a frente na celebração do golo, não o perdendo apenas porque tinha dado um nó na outra ponta, no pulso. A emoção que este momento ainda hoje me traz vem de outras vidas. De quando era miúdo e passeava com o meu pai. De quando a minha mãe estava em casa à espera. De como sorria e me ria com alegria genuína. Lembro-me bem de ter querido vibrar numa festa como as que via na TV. Encher as ruas com gentes do Belenenses. Quando cheguei a Belém, já a festa tinha acabado (uma

Dia da mãe

Já não é novidade passá-lo sem ti, mas não me fazes menos falta que antes... Se te alegra, a ti que andas aí a saltar de nuvem em nuvem e a olhar para nós, hoje senti-te aqui pertinho. E sinto-te e vejo-te a cada momento em que, olhando para o lado, a S. carrega ao colo o teu menino. Tenho saudades tuas. Todos os dias. Manda aí um beijo meu à Manuela e diz-lhe que um dia - Deus permita que daqui por muito tempo - hei de conhecê-la e agradecer-lhe por ter sido mãe da mulher que amo.

de uma imagem

A capelinha ao cimo da avenida da Torre, onde te casaste com o pai; as pedras brancas, sujas; o teu sorriso. Eu menino. Nós família. A máquina fotográfica. O pavilhão e os jogos de hóquei em patins. Os rebuçados de menta, o cheiro a tabaco de cachimbo. Às vezes, de repente, voltam para lembrar o que já é só memória. As saudades, mãe, as saudades...

Acordado e desperto (e firme no antilacticianismo)

Março foi um mês de férias. Vá, Março deu-me 15 dias de férias e nos restantes dois fins de semana longos de folga, em casa. Espertinho, arranjou maneira de ser o meu mês preferido do ano, é o que é. Julgo ter ficado claro nas linhas acima porque não tenho aqui vindo escrever. Mais: porque não tenho vindo aqui escrever apesar de tantas coisas se passarem. De forma resumida, e também porque não quero ainda entrar em grandes detalhes, desde a última vez que aqui passei a minha vida tem mudado substancialmente. Principais alterações: saúde. Ou busca por ela. Antes de mais, o sono: sou hoje outra pessoa. Hoje, quando durmo, durmo. Respiro e descanso. Já voltei a entrar nas fases de sono profundo e sonho como se quisesse recuperar tudo o que ficou para trás. Vocês que dormem bem e não sofrem de apneias de sono, nem imaginam o que significa acordar de um sono e não ter o corpo dorido. Isso é a vossa vida, para mim é uma novidade. E, acreditem, desta novidade nascem muitas outras. Todas m

Do sono, da sua importância. E de mim

Comemorou-se a 14 de março o dia Mundial do Sono. Que chatice, pá, há dias para tudo. Até para o sono. Isto é tão chato que me dá sono. Noutros tempos acho que poderia bem ter dito algo como o que escrevi na frase anterior. No entanto, este dia Mundial do Sono, este concreto quero eu frisar, calhou ser um dia especial para mim. E para o meu sono. Pela primeira vez utilizei um Auto CPAP e pela primeira vez em vários anos dormi uma noite inteira sem ressonar e sem apneias. Nada mau, para quem antes fazia mais de 130 por noite, com paragens respiratórias entre 22 e 36 segundos. Esta noite, pela primeira vez em vários anos, dormi descansado. Acordei sem sono e à tarde, depois de almoço, não adormeci a ver um jogo da Liga Alemã de futebol. Falta informação sobre o assunto e não são raras as pessoas que quando ouvem falar do tratamento (prevenção) ficam admiradas. Afinal, muitas sofrem do mesmo, mas dos seus médicos sempre ouviram coisas como "não há nada a fazer". Há s

Uma luz que nos ilumina

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We will always have Paris