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Os partidos, essa religião

Numa página de Facebook de Hermínio Loureiro, um destacado social-democrata - ex-secretário de Estado - li críticas a Pacheco Pereira.  "Ouvi na Rádio Renascença a entrevista de Pacheco Pereira sobre o discurso de Cavaco Silva. Miserável a intervenção de um dos que mais comeu no prato político do então Primeiro-Ministro Cavaco Silva. Tudo tem os seus limites... Pacheco Pereira, sempre a representar o PSD, destila ódio em todas as intervenções..." Note-se que na dinâmica partidária come-se de pratos políticos. Sem tirar nem pôr. Come-se de pratos políticos! E como se come em pratos políticos, se ousarmos ter sentido crítico somos miseráveis. Os comentários à coisa sucedem-se. Fala-se de expulsão do partido: "Caro Dr., o Sr. Pacheco Pereira ainda é militante do PSD? Se o é já há muito tempo o partido deveria abrir um processo disciplinar para a respetiva expulsão do partido?" Assustador, no entanto, é o que se segue. Num comentário: "Artº 7º,

Os filhos e o futebol

Foi uma decisão tomada em conjunto e que me parece sensata: em momento algum diríamos aos nossos filhos para serem do clube A ou B. A coisa é tanto mais importante quanto que eu e ela eramos (e continuamos a ser) apoiantes de clubes diferentes. Ora, o facto de eu ser do Belenenses e ela do Benfica gerou alguns dissabores durante a noite, sobretudo porque os nossos clubes se defrontaram (não foi bem assim, que o meu não compareceu ao jogo e mandou apenas uns rapazes com a camisola vestida e acabou a levar 6-0) e eu, imbuído pelo espírito que nos últimos tempos me levou a ir até aos estádios para o miúdo ver futebol ao vivo  - e para fazer coisas com ele - levei-o. Antes tinha-o levado ao Belenenses-Rio Ave, ao Belenenses-Altach e ao Portugal-França. Como também viu um treino da Seleção no Estoril, ficava com o pleno dos estádios de I Liga em Lisboa. Posto isto, percebi hoje que para os dois é importante que o nosso filho seja adepto do nosso clube. Ou melhor, percebi que para ela er

Dos 43 anos

Belenenses a ganhar 2-1 ao Gotemburgo, eu e o meu pai nas bancadas, como nos velhos tempos da minha meninice. Uma emoção como nem sei explicar. E, de repente, uma frase dele enche-me os olhos de lágrimas. Por não me ter lembrado, por me fazer sentir tão pequenino perante todo aquele amor... «Hoje, se fosse viva, eu e a tua mãe faríamos 43 anos de casados»

Dos novos tempos

Fazer anos nos dias que correm é do melhor que há. Se fores do tipo que adora receber os parabéns, partilhas os teus dados com o Facebook e deixas que os teus amigos os vejam. Recebes milhares de mensagens, centenas de SMS e dezenas de telefonemas. Passas um dia a vibrar com tamanha alegria. Se fores do tipo (como eu) que não tem paciência para tal coisa limitas-te a omitir os dados no teu Facebook e recebes os telefonemas de meia dúzia de familiares e de três ou quatro amigos que realmente são especiais para ti. Depois há sempre aqueles que te dizem: ah, esqueci-me, nunca me lembro. E tu sorris... O plano está a funcionar.

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Foste a primeira pessoa em quem pensei, mãe. Obrigado. Saudade.

Ser herói por dar um abraço

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Já vi e revi vezes sem conta o vídeo da brutal agressão policial a um pai que tentava prestar assistência ao filho de 9 anos, em Guimarães, depois do jogo em que o Benfica se sagrou campeão nacional. Procuro sempre identificar um gesto daquele homem que possa justificar o que todo o país viu graças ao sentido jornalístico de um cameraman da CMTV. Não consigo. Em momento algum deteto o instante em que o homem puxa de uma arma para desatar aos tiros, nem lhe encontro uma bomba  escondida que coloque em perigo as vidas de quem por ali passa. Vejo-o, isso sim, a dar água ao filho e a gesticular de forma em que, pressinto-o, terá até ofendido verbalmente o agente. Assusta-me pensar que aquele homem levou uma tareia de bastão porque um oficial da PSP não foi capaz de controlar-se emocionalmente. A última fronteira de todas as medidas de segurança é e será sempre a loucura humana. Se não sabíamos, fomos brutalmente relembrados aquando da tragédia com o avião da Germanwings em que um assassino

o títlo do Benfica visto por um jovem belenense

- filho, o Benfica é campeão - ohhhh (chora) eu queria que fosse o Belenenses - (improvisa) mas o Benfica só é campeão graças ao Beém, que não deixou o Porto ganhar porque lhe marcou um golo - eeeehhhh yeaaaahhhh o Belenenses é o maior (as maravilhas de se ter quatro anos)