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A falta de vergonha do El Corte Inglés

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Depois de ter feito uma encomenda na loja online do  El Corte Inglés  (o link é para poderem bloquear) no dia 9 de abril, com a premissa (por eles anunciada) de que chegaria a 18 - ou seja a tempo de ser o presente que o mais velho queria dar à mais nova pelo 5.º aniversário, ontem, vários dias depois de terem falhado o prazo para entrega, mandaram-me um e-mail a dizer: "tal como solicitado, anulamos um (ou vários) produtos associados ao seu pedido". Problemazito: eu não solicitei anulação de nada e, mais grave do que isso, já por três vezes tinha telefonado para os contactos do El Corte para perguntar o que se passava. No dia 17  disseram-me: não se preocupe, que deve chegar  amanhã. Estamos a dar prioridade a tratar do assunto e nem tanto a atualizar o site. Hoje, depois de tudo isto, continua disponível online... No dia 18  disseram-me que não sabiam o que se passava, mas que seria contactado brevemente pela loja online para me informarem (e enviara

covid-19 (dia 47 - 29/04) - fura quarentenas

Parece mentira chegar aqui e perceber que vamos em 47 dias disto. O que já se passou e o que falta ainda passar. Já não há novidades para escrever todos os dias - pelo menos das relacionadas com a Covid-19 - ou, havendo, já vai faltando a paciência. Como no futebol, agora todos somos epidemiologistas de bancada e "de médico e (sobretudo) de louco todos temos um pouco". Vou lendo um pouco de tudo e já desisti de acreditar em quem quer que seja. A verdade nunca será um valor absoluto e para cada ideia haverá interpretações distintas, razões fundamentadas, sejam em erros científicos seja na falta de uma base de dados com critérios semelhantes em todo o Mundo. A última ideia que me despertou curiosidade foi de que o medo mata mais que a Covid-19. Lá está, nunca saberemos, mas hoje foi divulgado um estudo que diz que de 1 de março até 22 de abril morreram em média (sem ser por Covid-19) mais 75 pessoas por dia do que seria expectável (o que dará quase 4 mil). Serão pessoas

covid-19 (dia 46 - 27/04) - Profissão: Mãe

Uma das regras que impusemos cá por casa durante os tempos de confinamento é que à hora de almoço não se liga a TV. É talvez o único momento dos dias é que é garantido que estejamos todos juntos (entre tarefas deles, trabalho, compras, stresses vários relacionados com esta profissão de sermos pais e mães a tempo inteiro). A ideia é simples: termos tempo para conversar. E se por vezes ficamos a saber o que queremos e o que não queremos sobre jogos como o Fortnite, noutros momentos apanhamos verdeiras pérolas, como a que vos relato a seguir. Filho (o mais velho) - Eu quando crescer vou ser solteiro e vou ser o primeiro homem a conseguir entrar num buraco negro. Vou ver como é do outro lado e descobrir que há outras galáxias completamente diferentes. Filha (a mais nova) - Eu vou ser mãe. Filho - Não podes ser só mãe. Tens de ter um trabalho. Filha - Não não, vou ser mãe. Filho  - Não pode ser!!!! O teu marido. vai achar que tu és uma desgraçada porque não trabalhas e vai abandonar

covid 19 (dia 45 - 26/04) - Um amor destes...

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covid-19 (dia 43 - 24/04) - o especialista

Estive a ouvir isto  (clica na palavra isto - a que está lá atrás, não esta!!!) e fiquei a torcer para que o André Dias tenha razão. Para uns ele é louco, como o Trump. Para outros, está carregado de razão. Não tenho estudos para mais do que isto, por isso fico-me pelo "espero que esteja certo". Na verdade, o vírus é, como dizia o Guedes, cada vez mais "uma cena que não me assiste". Já nem acompanho os números de Portugal - acho que foi bom ter-me mentalizado de que seríamos uma segunda Itália - mas também não tenho qualquer pressa em retomar algum tipo de normalidade. Só me custa mesmo é ver os filhos meio avariados. Ele, 9 anos, a chorar que não consegue acompanhar a escola; ela passiva-agressiva aos (agora) 5 anos. No meio disto, tenho de destacar uma pequena maravilha: o mais velho já vai percebendo que a irmã sofre com a falta das amigas e então, vai daí, passou a encarnar uma delas nas brincadeiras. A "Pereira" anda agora cá por casa. Ele faz

covid-19 (dia 42 - 23/04) - pois...

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Covid 19 (dia 39 - 20/04) - Aniversário

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Hoje a mais nova faz cinco anos. E isso, meus amigos, sendo especial é, também, profundamente triste. A festa com que sonhou não aconteceu nem vai acontecer tão cedo, mas lá fizemos um bolo caseiro, uma mousse de chocolate (para cumprir o desejo dela) e enchemos a mesa de bolachas (bolacha torrada, belgas, etc) a fingir que havia grande variedade de doces. Ela, percebe-se, feliz pelos cinco anos, impôs a si própria o nada cobrar. Recebeu os presentes (dois) a meio da tarde, apenas, falou com um dos avôs e padrinho por Zoom, e com outro por telefone em alta voz, e todos, ao mesmo tempo, lhe cantámos os parabéns. Para os pais foi um esforço brutal para fazer tudo parecer normal. Mas não foi. Nem será... Depois, saímos de casa e fomos até cada um dos avôs levar duas fatias de bolo, e matar saudades à distância. O vírus afastou-nos do toque. Em momento algum, crianças ou avôs tiveram qualquer impulso de se tocarem, de se abraçarem. Embora a mais nova, ao sair de casa, fosse dizen