análises

Fazer análises é, hoje, um pouco como fazer anos.
Não sabemos o que esperar, mas sabemos que algo há a esperar.
Pois ontem fui buscar as minhas. Esperava um colesterol alto! Uns triglicéridos a conseguirem recorde olímpico. E pouco mais.
A médica mandou "checkar" os hiv. Nada que me preocupasse. Mas, bora lá...
A entrega atrasou-se dois dias. Ora, tipo hipocondríaco como eu, logo imagina o pior.
Queres ver que o sacana do barbeiro, quando me cortou, tinha mesmo a tesoura infectada? E por isso estão a cruzar resultados?
Hmmm. Não, não pode ser.
Conduzo para o sítio. Para o matadouro! É lá que me vão dizer, entre apoios psicológicos forçados, que tenho 23 minutos de vida. DIz a recepcionista à funcionária: vai buscar estas análises. E ela vai. Demora. Anda acima e abaixo. Traz folhas. Volta atrás. Irra, que esta espera mata-me.
Regressa com cinco folhas. Olha para elas. Olha para mim. Franze o sobrolho. Faz um ar de pena. Parece triste. Obviamente, imagino apenas o pior. O sacana do barbeiro...
Recebo o envelope. Saio a correr. Abro ainda mais depressa o envelope. Colesterol dentro dos limites? Triglicéridos a metade do máximo aconselhável? Epá... algo se passa. Será o hiv? Sacana do barbeiro... Espera... Negativo, negativo?
Epá... então porquê a cara triste?
Nunca mais corto o cabelo...

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