TIC TAC TIc TAc Tic Tac tic tac

É sempre assim: rebento de revolta e mando, no meu intímo, todos os do Mundo que me irrita, bardamerda. Por segundos imagino-me a dizer tudo o que não pode ser dito e quase me convenço de que é melhor dizê-lo mesmo, pois não dá para aguentar nem mais um minuto.

A urgência de explodir consome-me. Penso em mandar um SMS a exigir uma conversa imediata. Um email, na pior das hipóteses.

Nem é tanto pelos gritos, que esse não é o meu campeonato, mas pela vontade de não deixar pedra sobre pedra, de ser o justiceiro que acaba - com uma única conversa - com todos os males.

Depois respiro fundo. Continuo irritado e sem ouvir o que me dizem. Ah o Rúben Amorim disse que nasceu no dia de um Benfica-Porto e bla bla bla, e eu a pensar no cronómetro da minha bomba relógio, a ver se expludo ou não. Sem ouvir palavra que me seja dirigida - sobretudo se for apaziguadora.

Fico assim uns bons 15 minutos / meia-hora. Sem paciência para incompetências, ingerências, indecências e outras ências que possam aparecer sem serem convidadas.

De repente, no entanto, há algo que me distrai. Sai um primeiro sorriso - ainda misturado com a raiva - e quando dou por mim toda a urgência de explodir se transformou numa batalha que se trava sem pólvora.

O segredo para lidar comigo? Deixar-me quieto sem forçar reacção; mas saber fazê-lo de forma a que não passe do ponto. Complicado? Pois claro. TIC TAC, Tic Tac, tic tac (até que deixa de ouvir-se)

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