Via Facebook recordo o que sempre soube. Que as outras vidas são sempre diferentes das nossas. No meu caso, no entanto, é com orgulho que o constato. Primo pela simplicidade. De gostos, de actos, de amizades. Gosto de tudo claro, simples, directo e, sobretudo, verdadeiro. Abomino - mesmo - a ostentação, detesto que as pessoas encenem vidas. Isto a propósito das fotos e dos vídeos que nos vão chegando. Eu que me casei de camisa - sim, é raro - e proibi gravatas à dezena (pouco mais, vá) que connosco almoçou, que fugi dos catterings estupidamente caros (em que nos servem dez vezes mais comida que aquela que poderíamos, na realidade, comer, mesmo que ficássemos o fim de semana inteiro fechados numa sala), sorrio ao ver o sorriso no rosto de um casal - desconhecido,claro - que me entra pelo monitor, numa festa com vestidos (e fatos) de gala, e carros antigos alugados de propósito para a ocasião. Nunca percebi a razão de se gastar num só dia o dinheiro que garante a educação de um filho ...