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Uma(s) verdade(s) sobre o amor

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Enquanto P. percorria os corredores do Jumbo e tentava perceber quais os cereais melhores para um pequeno almoço, ouvia duas jovens. Uma conversa jovem. E velha. Sem idade... A - Olha o Sms que mandei ao R. "O meu coração já não bate. Desistiu, vencido pelo teu desamor. Tantas horas esperou que se cansou e parou de bater. Nem sei porque to digo. Sei que não vais responder a este sms, sei que não queres saber se o meu coração bate ou não. E quero que saibas que enquanto bateu foi por ti" L - E ele respondeu? Pensa P., imediatamente,... que importa se ele respondeu? Tendemos a imaginar o amor como um cenário de reviravoltas loucas. Tendemos a esperar por um milagre que nos redima, que nos faça voltar atrás, que nos dê a possibilidade de fazer Erase and Rewind. There is no such thing. Talvez por isso, P. continuou a percorrer as prateleiras e fez a sua escolha. Espera ter acertado. Seria milagre. Sim, que ele não come cereais e ninguém duvida que ir comprá-los ao Jumbo, só para

diálogos de cinema que nunca aconteceram mas podiam (I)

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- I'm just a fucked up girl looking for my own peace of mind. - OK, I'll solve the riddle. Piece by... peace - Do you love-me? - Come with me, let me wake you up with a cup of hot coffee and milk and a warm kiss. Then, you won't need to ask... (not) in Eternal Sunshine of the Spotless Mind

Oooops, missed it again

Esta noite voltei a acordar, agora pelas cinco. Da manhã? Soube exactamente o que queria escrever. Não eram mais de duas frases, mas era tudo. Virei-me para o lado. Adormeci. Perdi as palavras...

Não é sonho; não é realidade

Todos os dias acordo, a dada altura da noite. Todos os dias. Ou, para ser exacto, todas as noites. Acordo, então, dizia eu, e sinto que me apercebo de algo. Sobre mim. Sobre o Mundo. Sobre mim no Mundo. Sei que não gosto do que sinto, mas sei que é importante, naquele momento, sentir o que sinto. Mesmo que agora mão saiba explicar o que sinto. Tentei escrever um post ao qual chamei sonambulismo. Não correu bem. Nem eu o entendo. Foi escrito de noite, sim. Num destes dias. Numa destas noites. Sei que tem algo a ver com algum tipo de vazio. Sei que nunca foi medo da noite. Raiva do dia, talvez. Do dia que haveria de vir. Na noite que teimava em não passar. Mas não sei descrever o que era. Hoje, ontem vá... quer dizer o ontem e o hoje têm esta estúpida mania de se fundirem em horas e dias e noites... acordei e soube exactamente o que escrever. As palavras eram perfeitas. Perdi-as, para sempre... PS: Vou passar a dormir com um bloco ao lado - ou com um gravador digital...

10ânimos depois

B – Lembras-te de mim? A – Sim, lembro. Sempre te guardei na memória, desde aquele dia lá em casa, em que, nas vésperas de emigrares, me desapareceste… B – Claro que desapareci. Vi as fotos da tua namorada. A – Namorada? Eu não tinha namorada… B – Não tinhas? Não deves é lembrar-te. Quando a vi, fugi, de ti, de mim, de todas as dores. A – Namorada? Pá, sempre tive fotos, sim, mas eram da minha irmã. B - Irmã? Era tua irmã? A – Sim, era… E eu que nunca entendi esse teu adeus brusco. B – Casei-me, entretanto. A – A sério? B - Divorciei-me. A - A sério? E estás na Alemanha? B – Não, voltei para Portugal. Ainda cá estás? A – Não… voltei para a Alemanha B - Que pena... A - Vou a Portugal no início de 2009 B - Vens com a tua mulher? A - Sou solteiro B - 10 anos depois? A - Sim, nunca me casei...

sonambulismo

Por vezes temos a força de mil homens para o que há de vir. As certezas todas de um livro antigo, lido e relido, que descansa à lareira, seguro de que ali - agora é certo - não mais terá de dar-se a ler. Outras vezes acordamos, assim, firmes, cheio de certezas, a primeira das quais que dormir é uma impossibilidade. E ao mesmo tempo sabemo-nos adormecidos. Como se o que nos acorda fosse uma inevitabilidade, sentimo-nos estupidamente lúcidos. Sem sono, mas baralhados quanto ao corpo. Onde estamos, para que lado é o sorriso? Nestes momentos, o medo e a solidão são fortes. Pois poderosa é, também, a fome de alma. Da alma. E acorda-se como se se sonhasse. Mas sonha-se como se se morresse. Percebe-se? Percebes? Pois eu tenho a solução... Fica. Adormece-me. Acorda-me. Sim, fica e, como nesse sonho, salta à corda comigo. E deixa-te adormecer. Para também acordares a meter o pé na água fria ou na banheira de jacuzi. Sim, durmo. Hei de acordar. E, nessa loucura, continuarei a trazer-te na ponta

Uma noite com sabor

O frio aperta. Ligo o ar condicionado no quente. Como queijo e umas fatias de chouriço alentejanos. Troco uns sms, sorrio entre mais duas fatias de queijo. Abdico do tinto. A ideia não é ficar já com sono. Há de chegar, sim, o sono, claro. Mas vampiro que é vampiro não se deita à uma da manhã. Sorrio. Está decretado o inverno aqui para o meu cérebro. Hoje é a primeira noite do resto da minha vida... Está frio. E eu gosto da ideia! Nos meses quentes é sempre a loucura. Nos meses frios é que a vida avança...

Ainda há jornalistas observadores!

Peter Murphy no Coliseu de Lisboa [reportagem+fotos] O verdadeiro baile do vampiro. Lisboa rende-se ao mítico líder dos Bauhaus, que responde com mais de duas horas de concerto. Vem aí novo álbum. do(a) Blitz (para mim será sempre o Blitz, mesmo depois da operação de mudança de género) Pelo menos houve quem reparasse que naquela sala éramos todos vampiros!!!

O meu maior defeito (que será uma virtude, um dia)

É que não sei jogar! Falo e digo o que me passa pelo corpo. E depois sinto-me sempre absurdo, ridículo e de fora deste mundo. Um dia alguém me dirá... "ainda bem que és assim". Até lá vou passando noites em claro. A vampirizar. Aqui e ali...

E como espectador resta-me dizer isto:

Mesmo que o F. consiga provar à V. que a odeia, que consiga encontrar todas as explicações plausíveis, ele sabe que está a mentir(-se). Que se odeia, sim, que se odeia por não ter sabido dizer-lhe as palavras certas na altura exacta.