Não é sonho; não é realidade

Todos os dias acordo, a dada altura da noite. Todos os dias. Ou, para ser exacto, todas as noites. Acordo, então, dizia eu, e sinto que me apercebo de algo. Sobre mim. Sobre o Mundo. Sobre mim no Mundo. Sei que não gosto do que sinto, mas sei que é importante, naquele momento, sentir o que sinto. Mesmo que agora mão saiba explicar o que sinto. Tentei escrever um post ao qual chamei sonambulismo. Não correu bem. Nem eu o entendo. Foi escrito de noite, sim. Num destes dias. Numa destas noites.
Sei que tem algo a ver com algum tipo de vazio. Sei que nunca foi medo da noite. Raiva do dia, talvez. Do dia que haveria de vir. Na noite que teimava em não passar. Mas não sei descrever o que era. Hoje, ontem vá... quer dizer o ontem e o hoje têm esta estúpida mania de se fundirem em horas e dias e noites... acordei e soube exactamente o que escrever. As palavras eram perfeitas.
Perdi-as, para sempre...

PS: Vou passar a dormir com um bloco ao lado - ou com um gravador digital...

Comentários

Kokas disse…
Acabo de descobrir este espaço pelos "Apontamentos" da Marta... é engraçado. Vou adicioná-lo às minhas visitas diárias porque me parece que há qualquer coisa aqui não me é estranha.

Talvez o mundo da comunicação seja mesmo muito pequeno!

Aquele abraço!
m disse…
fernando pessoa acordava a meio da noite para escrever... e escrevia de pé... bom poeta..

;)

beijinhos
Brida disse…
elas não se perdem. quando estiveres pronto para essas palavras, elas voltam a aparecer :)

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