Smoke, Non Smoke

Já passaram mais de 48 horas sobre a última vez que fumei um cigarro. Pelo meio já tive vontade de fumar, já decidi que cortava também com o café, já percebi que cortar com o café é um disparate e já decidi que não hei de cortar nunca com o café. Já passei uma noite sem dormir, a única que podia ter passado, com o corpo a queixar-se de todas as ausências e, fazendo do coração refém, a ameaçar rebentá-lo caso não fosse atendido. Já vi os GOE do sono acalmarem o meu corpo com uma conversinha de 20 minutos, antes de o adormecerem por umas quantas horas. Ao acordar, o coração estava livre, sem apertos no meio do peito, e o ticker contava: um dia sem fumar.
Agora, depois de uma noite em que mais uma vez o meu corpo chegou a suspirar por uns fumitos, em que eu próprio cheguei a admitir sair de casa para ir comprar tabaco, a alegria de ir deitar-me, finalmente, com sono, livre para dormir sem pesos nem apertos e, sobretudo, certo de que mesmo que tivesse aqui um maço, não fumaria agora.