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Decisão tomada em meia dúzia de palavras.
- Eu gostava de ir a Nova Iorque. Tens companhia?
- Não! Estás contratado!
E, de repente, uma sensação de preenchimento.
De regresso à cidade que me recebeu durante três horas, de braços abertos, há quase 13 anos (fará em Maio 13 anos). De regresso à cidade onde eu me senti no meio de todos os filmes e, ainda assim, em casa. A quinta com a 42. As fotos aí tiradas. Os chineses de Central Park que por 10 dólares desenharam o Tom Sawyer e o Huckleberry Finn, enquanto fingiam desenhar o Joel e a mim. A loja da Disney e a da Levy's com seguranças pretos de 3 metros de diâmetro e microfones na lapela; a Trump Tower perfumada com borrifos de perfumes caros, os vendedores de CD que assinalaram não terem os "Presidents of the USA", mas sim "their CD" (ahahahah, tão cómicos, ahahahahah, desde então ainda me estou a rir com a piada, ahahah - bah), o Macy's ali mesmo ao pé do Empire State Building. E a Saint Patrick's Cathedral, meu Deus! Ali, imponente, nave espacial que veio do nada e aterrou no meio da cidade que nunca dorme. As lojas da Benetton com modelos verdadeiras que sorriam quando eu e o Joel tirávamos fotos (e eram tão giras que nos enchíamos de fotos). Os engravatados que comiam peixe frito e outras porcarias enquanto passeavam nos jardins, os apressados que nem olhavam ninguém, os homens e mulheres fashioned...
E eu e o Joel, pequeninos, tão portugueses, tão de fora daquele Mundo, ali tão no meio, tão dentro, graças aos tantos filmes que tínhamos visto...
Sim, tudo isto, todas estas memórias em apenas três horas-três!
Agora, é tempo de regressar. Faltará outro regresso. Com neve. Para o Natal e fim-de-ano. Esse haveremos de fazê-lo, certo? Daqui a uns anos, que primeiro há Paris, Roma, Berlim... Mundo, tanto Mundo... para irmos ver...
Céus... que saudades deste feeling! É tão bom...