Aviso: ler apenas depois de fumar um charro
Ele encontrou uma caneta e com ela escreveu numa folha até que as folhas do caderno se esgotaram. Saiu à rua e ao sair deparou-se com algo que nunca antes vira: um cão corria atrás de uma garrafa de água, que era conduzida por um escaravelho que não gostava de desenhos animados. Não admira, afinal quando era criança, os seus pais, uma rã e uma centopeia, tinham comprado uma televisão sem botões, que era a cores e transmitia, todas as santas terças feiras, a Eucaristia Dominical. O padre, que estava empenhado em deixar crescer o cabelo até que este lhe roçasse nos tornozelos, insistia que os cruzados portugueses se tinham deparado com uma cena que nunca antes viram: naquela nave espacial estava apenas uma formiga que se virava para o lado e dizia à mulher de negro que as omeletes têm de ser feitas com as frigideiras a 12 graus centígrados. Claro que isso era estúpido, porque num texto que a mulher do talho escrevera às três da manhã e dera a ler ao reitor da universidade, estava escrito que o candeeiro da casa da Catarina parecia ter sido escolhido por um velho de 173 anos. Claro que, mas uma vez era mentira. Toda a gente sabia que a casa da Catarina não tinha candeeiros. Ora, com fortes lâmpadas, na casa da Filipa lia-se que os transexuais muitas vezes nem mudam de sexo. A não ser quando estão 12 graus. E como até hoje ninguém viu feijões estrelados, isso só podia ser sinal de que o escaravelho estava a conduzir, isso sim, uma trotinete eléctrica. Ora, se ele não conseguia entendê-lo e via numa história tão simples algo rebuscado como um escaravelho a conduzir uma garrafa de água, então o veredicto era definitivo: ele estava louco.
(Este é para o Lunatic on the grass, que, além de estar quase a fazer anos, e de ser verdadeiro mestre da escrita non e withsense, em tempos me olhou com o ar de... "vá-lá, junta-te à comunidade secreta dos gajos non sense que escrevem textos". Ai, espera, era a sociedade secreta dos gajos que escrevem textos nonsense)
(Este é para o Lunatic on the grass, que, além de estar quase a fazer anos, e de ser verdadeiro mestre da escrita non e withsense, em tempos me olhou com o ar de... "vá-lá, junta-te à comunidade secreta dos gajos non sense que escrevem textos". Ai, espera, era a sociedade secreta dos gajos que escrevem textos nonsense)
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