A vida num só dia

- O teu filho pôs-se em posição de gatinhar!
- Grava, grava.

(...)
(...)

-Gravaste?
-Gravei.

Gravar é, claro, filmar; E é em filme que a maior parte dos pais acompanham o crescimento dos filhos. Um filme contado, não gravado com qualquer dispositivo, um filme filmado, fotografias, enfim, qualquer coisa serve.
Hoje cheguei a casa e a câmara (não tão moderna como a da imagem que o google me emprestou) sorria para mim, em cima da mesa, mesmo ao lado do tapete de actividades onde, supostamente, o meu filho se colocou em posição de gatinhar.
Liguei a assistente de cozinha para fazer um peixe cozido e dirigi-me à sala. Mirei-a de longe, aproximei-me e ela não resistiu. Liguei-a e espreitei. Viajei no tempo para ver se o meu filho tinha gatinhado (a mãe dele, entretanto, adormecera em cima da cama, provavelmente ao mesmo tempo que ele, noutro quarto, adormecera).
Percebi que não, que aquele menino que hoje de manhã me deu o olhar amuado número 1 (porque foi o primeiro dele) não tinha gatinhado. Atrapalhou-se, depois de se atirar para a frente. Mais semana menos semana, correrá a casa, a gatinhar, a arrastar o rabo ou a rastejar. E eu espero conseguir gravar/filmar/fotografar o momento. É que se me dá tanto prazer revê-lo em vídeo, nem imagino como será em directo.

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