Second Life
Ainda aí há anos e eu só me apercebi da sua existência quando um jornal de fim-de-semana me disse que já era possível consumir drogas no Second Life.com
Second quê?
Pronto, é um universo virtual, com economia própria, com vidas próprias, onde estão registados mais de 4 milhões de utilizadores.
É uma espécie de jogo sims onde ninguém ganha nem perde, para o qual podemos carregar dinheiro real - e lá comprar roupas, casas, etc - namorar, conhecer gente, ouvir música e etc.
Experimentei. Criei um avatar (um boneco) - não meti lá dinheiro, felizmente - e naveguei. Procurei um jornal, teleportei-me para a redacção e conheci a editora. A dona do espaço, vá. Conversámos. Ela é uma escritora nos EUA. Escreve sobre informática.
Criou um jornal no Second Life, comprou terreno, fez um prédio, meteu lá cadeiras, secretárias, etc. E conversou comigo
Explicou-me que aquilo é um mega ensaio do que será a internet num futuro próximo. O avatar (boneco) é o rato. As propriedades são espaço na internet, os edifícios são os sites. E as pessoas cruzam-se online (os bonecos) podendo conversar e encontrar pontos comuns de interesse.
Faz sentido. Daqui a uns anos, imaginemos, a RTP cria um site com navegabilidade total. Parecerá uma casa, terá televisões de plasma e lá poderemos assistir a programas em directo ou no arquivo. A biblioteca de reportagens poderá ser uma sala como a real sala da RTP e as cassetes os ficheiros que queremos consultar.
Depois há salas de jogo, bares de strip, etc.
As potencialidades são mesmo muitas. Há lá gente que compra e vende propriedades, designers, estilistas, carpinteiros (que fazem os móveis para as casas) e com certeza haverá quem ganhe dinheiro com tudo aquilo. As pessoas que querem têm empregos. As que não querem só lá andam a passear, a ver e a conversar (e a tirar fotografias, que também e possível).
Há belíssimas manifestações artísticas, como o brasileiro que desenhou um boneco tudo nu com uma garrafa na mão e andava a gritar pela rua "não me culpe não, foi a cachaça que me fez assim". Os maiores génios do webdesign andam por lá. E, acreditem, fazem maravilhas.
Perante tantas possibilidades e depois de tantos elogios, tomei uma decisão histórica. Vou desinstalar o programa e fico à espera que a internet seja assim.
Até lá vou aproveitar para tentar viver a minha vida real.
PS: Nesta foto, o meu boneco é o rapaz do cabelo à PUNK e o cenário é uma praia de nudistas. Todas aqueles bonecos que ali estão são de pessoas reais. Que criaram as suas personalidades e desenharam os seus bonecos. Então, é de desinstalar, não concordam?
Second quê?
Pronto, é um universo virtual, com economia própria, com vidas próprias, onde estão registados mais de 4 milhões de utilizadores.
É uma espécie de jogo sims onde ninguém ganha nem perde, para o qual podemos carregar dinheiro real - e lá comprar roupas, casas, etc - namorar, conhecer gente, ouvir música e etc.
Experimentei. Criei um avatar (um boneco) - não meti lá dinheiro, felizmente - e naveguei. Procurei um jornal, teleportei-me para a redacção e conheci a editora. A dona do espaço, vá. Conversámos. Ela é uma escritora nos EUA. Escreve sobre informática.
Criou um jornal no Second Life, comprou terreno, fez um prédio, meteu lá cadeiras, secretárias, etc. E conversou comigo
Explicou-me que aquilo é um mega ensaio do que será a internet num futuro próximo. O avatar (boneco) é o rato. As propriedades são espaço na internet, os edifícios são os sites. E as pessoas cruzam-se online (os bonecos) podendo conversar e encontrar pontos comuns de interesse.
Faz sentido. Daqui a uns anos, imaginemos, a RTP cria um site com navegabilidade total. Parecerá uma casa, terá televisões de plasma e lá poderemos assistir a programas em directo ou no arquivo. A biblioteca de reportagens poderá ser uma sala como a real sala da RTP e as cassetes os ficheiros que queremos consultar.
Depois há salas de jogo, bares de strip, etc.
As potencialidades são mesmo muitas. Há lá gente que compra e vende propriedades, designers, estilistas, carpinteiros (que fazem os móveis para as casas) e com certeza haverá quem ganhe dinheiro com tudo aquilo. As pessoas que querem têm empregos. As que não querem só lá andam a passear, a ver e a conversar (e a tirar fotografias, que também e possível).
Há belíssimas manifestações artísticas, como o brasileiro que desenhou um boneco tudo nu com uma garrafa na mão e andava a gritar pela rua "não me culpe não, foi a cachaça que me fez assim". Os maiores génios do webdesign andam por lá. E, acreditem, fazem maravilhas.
Perante tantas possibilidades e depois de tantos elogios, tomei uma decisão histórica. Vou desinstalar o programa e fico à espera que a internet seja assim.
Até lá vou aproveitar para tentar viver a minha vida real.
PS: Nesta foto, o meu boneco é o rapaz do cabelo à PUNK e o cenário é uma praia de nudistas. Todas aqueles bonecos que ali estão são de pessoas reais. Que criaram as suas personalidades e desenharam os seus bonecos. Então, é de desinstalar, não concordam?
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