A propósito de boa música
Escreve-me em comentário o Johnny, que cito livremente, que se calhar só quem gosta de boa música “consegue distinguir esse ritmo do tão chamado boring music”. (referindo-se a DMB)
Para mim, sinceramente, tanto me faz que se goste ou não de DMB. Mas a onda de indignação porque eu não me diverti no concerto dos senhores, além de me incomodar, faz-me lembrar um episódio antigo:
Tive um conhecido que gostava de Iron Maiden – idolatrava-os, mesmo. Na altura disse-lhe que não gostava do género. E ele argumentou. Usou mesmo da lógica matemática para me convencer a gostar dos senhores.
“Não gostas? Isso é porque não ouviste 15 vezes bem alto!”. Nunca esquecerei esta frase, como devem imaginar.
Ora, com Dave Matthews Band está a passar-se quase o mesmo. Pelos vistos, não gostar do género é crime lesa moral musical.
Ora, porque esse meu conhecido gostará tanto de música como eu e, possivelmente, os leitores que aqui se indignam, pergunto-me: quem terá razão? Eventualmente, todos.
Acredito que seja legítimo. Como é legítimo escrever 50 posts a dizer o que penso se me apetecer.
Esse meu conhecido, provavelmente, continuará a defender que ouvindo “15 vezes bem alto” os Iron Maiden eu iria gostar. E daí?
Em que medida pode a opinião sobre música influenciar alguém? Esse meu conhecido também tinha um rato morto debaixo da cama e com um cheiro nauseabundo no quarto conseguiu dizer que só o tiraria depois da época de exames: “Com certeza é mais importante passar nos exames do que tirar o rato morto”.
Boa música é a música que nos soa bem e a que nos provoca sensações que nos agradam.
Passo a explicar: não gosto de Metal, mas adorei o concerto de Metallica. Não oiço Prodigy em casa, mas saltei com o concerto deles. Não gosto de Dave Matthews e deu-me sono.
Quero lá saber se tecnicamente é muito bom!
Fico feliz por todos os que gostam o terem ido ver. Eu fiz a minha vida e, também, o esforço de ouvi-los um bocado. Achei-os “boring”, sim achei. E daí? Quando escrevo no meu blogue não é para convencer alguém do que penso, apenas para registá-lo.
Vá, venham lá mais comentários a ensinar-me o que é boa música. É que eu só comecei a ouvir há 36 anos e ainda não sei distinguir do que gosto e do que não gosto.
PS: Seja bom ou mau, DMB foi uma má escolha para encerramento de festival. Esquecendo os méritos que tem para os seus fãs, o concerto foi um corte drástico com os ritmos da véspera e da antevéspera – tão distintos, diga-se. E isso pareceu-me indiscutível, atendendo quer ao número de gente que assistiu ao concerto, quer ao número de gente que saltou e dançou durante o mesmo e quer ainda quanto ao número de gente que se deslocou para os palcos secundários.
Para mim, sinceramente, tanto me faz que se goste ou não de DMB. Mas a onda de indignação porque eu não me diverti no concerto dos senhores, além de me incomodar, faz-me lembrar um episódio antigo:
Tive um conhecido que gostava de Iron Maiden – idolatrava-os, mesmo. Na altura disse-lhe que não gostava do género. E ele argumentou. Usou mesmo da lógica matemática para me convencer a gostar dos senhores.
“Não gostas? Isso é porque não ouviste 15 vezes bem alto!”. Nunca esquecerei esta frase, como devem imaginar.
Ora, com Dave Matthews Band está a passar-se quase o mesmo. Pelos vistos, não gostar do género é crime lesa moral musical.
Ora, porque esse meu conhecido gostará tanto de música como eu e, possivelmente, os leitores que aqui se indignam, pergunto-me: quem terá razão? Eventualmente, todos.
Acredito que seja legítimo. Como é legítimo escrever 50 posts a dizer o que penso se me apetecer.
Esse meu conhecido, provavelmente, continuará a defender que ouvindo “15 vezes bem alto” os Iron Maiden eu iria gostar. E daí?
Em que medida pode a opinião sobre música influenciar alguém? Esse meu conhecido também tinha um rato morto debaixo da cama e com um cheiro nauseabundo no quarto conseguiu dizer que só o tiraria depois da época de exames: “Com certeza é mais importante passar nos exames do que tirar o rato morto”.
Boa música é a música que nos soa bem e a que nos provoca sensações que nos agradam.
Passo a explicar: não gosto de Metal, mas adorei o concerto de Metallica. Não oiço Prodigy em casa, mas saltei com o concerto deles. Não gosto de Dave Matthews e deu-me sono.
Quero lá saber se tecnicamente é muito bom!
Fico feliz por todos os que gostam o terem ido ver. Eu fiz a minha vida e, também, o esforço de ouvi-los um bocado. Achei-os “boring”, sim achei. E daí? Quando escrevo no meu blogue não é para convencer alguém do que penso, apenas para registá-lo.
Vá, venham lá mais comentários a ensinar-me o que é boa música. É que eu só comecei a ouvir há 36 anos e ainda não sei distinguir do que gosto e do que não gosto.
PS: Seja bom ou mau, DMB foi uma má escolha para encerramento de festival. Esquecendo os méritos que tem para os seus fãs, o concerto foi um corte drástico com os ritmos da véspera e da antevéspera – tão distintos, diga-se. E isso pareceu-me indiscutível, atendendo quer ao número de gente que assistiu ao concerto, quer ao número de gente que saltou e dançou durante o mesmo e quer ainda quanto ao número de gente que se deslocou para os palcos secundários.
Comentários
Há muita música que consideras boa e ouves e eu não, mas sei reconhecer o seu valor, seja ele técnico, vocal ou outro qualquer.
Agora, ter um blog público implica estar sujeito aos comentários e tal como tu és, eu e todos os outros somos livres de expressarmos a nossa opinião. Não a queres? Indigna-te? Picas-te? Põe moderação de comentários ou põe o blog privado! Simple as that!
Eu aceito quando não gostam de um filme, de uma música ou seja lá do que for! Aceito, e não quer dizer que mude de opinião! Nem ninguém te está a dizer pra passares a ser o maior fã de DMB (not boring!). E longe de mim querer ensinar-te seja o que for!
Mas eu quando vou a um concerto é porque gosto! Aliás, suportei Chris Cornell (que não gosto) e não vi nada de Black Eyed Peas (porque não gosto mesmo!) só pra poder ver DMB que nunca tinha visto ao vivo. Gostei mais ainda do que em album! E quando não gosto posso até fazer um post a dize-lo e sujeitar-me às opiniões, mas 3??? Isso já é quase obsessão rapaz!!!
Eu estava na boa a comentar, mas pelos vistos tu não!
Bjs e have fun
:)
É claro que ter um blogue implica estar receptivo a comentários.
Só me começa a parecer a pré-primária que sempre que tu escreves algo aparece aqui alguém a apoiar ou a querer ensinar-me o que é boa música. Simple as that...
Quanto ao número de posts a dizer que achei boring, têm razão em reclamar com os três. Deviam ter sido 30!!!!
Pelo menos assim tinha o blogue cheio de comentários! ;)
(já agora, Rapunzel: o que me levou a passar-me não foram os teus comentários, mas sim o comentário de quem me quis ensinar que «só quem gosta de boa música bla bla bla». Era o que faltava que alguém ensinasse a alguém o que é boa música. Percebes? A boa música é um bem que não pode ser catalogado. Apenas se pode dizer: eu gosto / eu não gosto).
Quanto aos méritos do David Boring: são muitos, claro. E é claro que ele não tem culpa de ir ao festival - foi convidado, aceitou. Mas (na minha opinião!) foi um tiro que cortou o barato de um festival cheio de ritmo.
Já agora, porque não mencionei: não gosto de Black Eyed Peas nem os oiço em casa. Não tinha planeado ver o concerto. Mas vi. E sabes que mais? Foi electrizante e cumpriu o seu propósito festivaleiro.
P.S. Não conheço tudo, nem sequer muito, mas do que conheço de Dave: adoro.
não vou alimentar mais isto, nem tentar explicar o que na minha opinião são as diferenças entre concerto em Pavilhão (Atlântico, no caso, logo em nome próprio e para fãs) e em festival.
Fixa só isto:
Não sabes quem sou, nem sabes o que sei de música, nem que "maturidade musical" - como lhe chamas - tenho.
Sabes lá a que festivais vou, que concertos vejo e de que bandas gosto. E quando não sabemos algo, o melhor que temos a fazer é não falar sobre...
PS: Não devias surpreender-te por alguém escrever um post graças a um comentário teu! Isso denota insegurança e baixa autoestima. Fi-lo na pura, como te respondo aqui.
Aceita um abraço e aceita que há opiniões diferentes das tuas (já para não falar de gostos)
Imaculada:
Simpatia a tua... ;)
Sabes bem que sou apenas um provocador! ;)
Por não me conheceres bem, não te vou levar a mal este comentário "Só me começa a parecer a pré-primária que sempre que tu escreves algo aparece aqui alguém a apoiar ou a querer ensinar-me o que é boa música".
Graças a Deus nunca precisei de advogados de defesa, nem de apoiantes para as coisas em que acredito, muito menos de pessoas que não conheço.
P.S.: Conheço fãs de Black Eyed Peas que odiaram o concerto, por isso, como disse ao início, ainda bem que nem todos gostamos de azul.
Também vi (parte d)o concerto do DMB ao pé de fãs que estavam a queixar-se de ele estar a ser... (como dizê-lo...) boring!
É a tal cena de nem todos gostarem de azul!
E concordo contigo quando dizes que não deveriam ter tocado no Alive.