As palavras que nunca disse

"Tu gostas de palavras", diz ela entre sorrisos.
Sim, gosto. É verdade. E sorrio. Gosto das que digo, das que queria ter sido eu a dizer, das que me dizem, das que vou ainda dizer e das que já nunca poderei dizer.
Sim, gosto particularmente das palavras que já nunca poderei dizer. E digo-as para mim, comigo, para ninguém ouvir, na esperança de que sejam ouvidas algures.
Aqui entre nós, acho que não há nada que doa mais do que palavras, ditas ou por dizer, Podemos ter os ossos partidos e chorar de dor, podemos ter uma doença fatal, mas em qualquer dos casos, a vida resolve-se. Os ossos solidificam. A doença vence-nos ou vai-se embora.
Eu gosto de palavras, sim. São a nossa única arma para mudar o destino. Quando são ditas ou quando ficam caladas...

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