(de Natal)

Dia 24. De tarde. Casa da família N.
P. B. V. J. P. F. T. estão loucos. Na árvore ainda não há presentes. O Pai Natal tem muito trabalho e vai ter de passar em casa dos avós deles durante a tarde. Vai lá deixar as prendas. Mas este Pai Natal é estranho. Alérgico a crianças, aperceber-se-ão uns anos mais tarde. Por isso, os pirralhos têm de ir para o quarto dos avós N. Têm de dormir a sesta. Não pregam olho. Ouvem barulhos. Deliram quando ou imaginam o oh oh oh oh que anuncia a chegada dos embrulhos.
De noite, hão de estar todos reunidos na sala de jantar, de volta do enorme monte, com o avô L., de copo de água atrás, de prevenção, a ler os seus nomes. Cada um leva para casa mais que muitas prendas. Cada um sorri e salta de excitação de cada vez que o seu nome é dito. Nesse dia não há cansaço. Apenas euforia. O chocolate é quente, no fim da noite, e é o corolário, também por isso, de todas as emoções fortes.
Dia 25. De manhã. Casa da família P.
Aproveitando o facto de os P. morarem perto dos N., o Pai Natal passou por casa dos P. antes (ou depois, para o caso tanto faz) no dia 24. Deixou lá mais duas prendas, que se juntam às que o avô P. fez o favor de dizer ao Pai Natal que os netos escolheram na loja da Xica - na rua que tem tudo, lá no bairro, só um bocadinho abaixo do "Careca". Por que raio o Pai Natal não faz o mesmo com as prendas que deixava na casa dos N.? Se perguntasse ao avô N. seria perfeito. Bom, tanto faz, para o caso tanto faz. São prendas. Muitas. Em casa dos P. não há um presépio gigante com musgo, mas há uma espécie de lareira, que é espécie, apenas, porque é um buraco de lareira decorativo, sem chaminé. Mas é o sítio ideal para deixar os presentes que o Pai Natal deixou para o a P. o B. e o E. que já tem idade para saber que não há Pai Natal, mas mantém-se calado para não estragar a diversão da irmã e do primo. À noite hão de jantar todos. O arroz com passas e pinhões a acompanhar o perú recheado. A mesa para as crianças no corredor, ao lado da sala de jantar onde os adultos conversam. Menos gente. Muito menos gente. Uma alegria diferente. Mais contida, menos eufórica. E nessa complementaridade B. sente-se amparado. Isso sim, é Natal...

Comentários

Suz disse…
Parece um resumo de um conto de Natal.

Bjinhos
m disse…
Espero que tenha sido um bom natal

Beijo
Kokas disse…
É família! É família!

Feliz Natal

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