Covid 19 (dia 14 - 26/03) - Uma folga, uma espera e uma videochamada
Temos cá por casa uma imagem de Nossa Senhora, a "Mãe Peregrina" de Schoenstatt , que recebemos todos os meses a dia 15. Fica por cá 2 dias antes de seguir para outra casa.
Este mês, por força do Covid-19, ficou cá por casa e por cá ficará até esta crise passar e voltar a ser seguro andar de casa em casa para a entregar.
Às 20h00, estabeleceu-se, todas as famílias da corrente rezam ao mesmo tempo uma Avé Maria. Hoje o nosso mais velho fez a oração e foi tocante.
Algo como: "Ajuda-nos porque eu não consigo compreender muito bem isto e quero voltar a sair à rua e voltar à escola".
Já ontem tinha tido um meltdown porque em casa não conseguia aprender e dias antes dissera-me que estava arrependido de não ter aproveitado para sair mais nos anos que leva de vida (ele, o caseiro - agora quer sempre sair, nem que seja para ir ao lixo, a 40 metros da nossa porta).
O dia começou tarde, com sono prolongado e novo atraso nos trabalhos escolares. Acabei por não estar por cá. Tive de ir comprar fruta e legumes para três casas. E levei um pastel de nata ao meu sogro, para lhe dar um mimo - está sempre fechado em casa.
Porque o telemóvel dele é da idade da pedra, fiz uma videochamada por whatsapp (do meu, claro) para os netos e filha e ainda juntei o meu pai noutro ecrã. Parecia que lhe tinha saído a sorte grande. Na verdade, soube-nos a todos a um bocadinho dos sábados (embora eu estivesse de máscara na cara para o proteger).
Depois de almoço tinha de sair de novo, para receber a compra online feita no Pingo Doce - estranhamente não conseguiam entregar cá em casa e ia para o do meu pai. Aproveitei para levar-lhe os frescos, passei a comprar pão na Padaria Portuguesa (que agora vende laranjas, leite, latas de conserva, etc) e fiz-lhe também o mimo de levar um bolo (uma queijada). Ele andava com vontade, sobretudo depois de saber que a neta tinha feito (durante a tarde) um bolo, do qual já não deu para levar-lhe uma porção por estar no forno à hora a que saí de casa.
A verdade é que longa foi a espera. Tão longa que desesperou. Entrega prevista para as 17h30, e o tempo a passar. A passar. A passar. A passar. A passar (devagar).
Sem telefone para perguntar o que se passava, acabei no atendimento por messenger de Facebook (desgraçado de quem não tem facebook) e lá me disseram que o "shopper" haveria de ligar-me para falar. Lá me ligaram às 19h30 para reagendar a entrega. Ficou para amanhã, de manhã...
Dia em que, estando eu de folga, terei de ir trabalhar, para ir à televisão comentar atualidade logo pela manhã. A vontade de sair é escassa, mas, como recusar o que algum dos meus companheiros teria de fazer?
Dizem-me que posso dispensar a maquilhagem, que dão desinfectante, que limpam a mesa... Há de correr bem! Tem de correr bem.
PS: Hoje o Governo aprovou novas regras para layoff e ajudas às famílias que fiquem com rendimentos afetados, como por exemplo moratórias nos pagamentos dos créditos bancários (habitação incluído). O lado económico da pandemia vai ser outro pandemónio. Mas como noutos momentos da história, cá estaremos todos para ultrapassar.
Este mês, por força do Covid-19, ficou cá por casa e por cá ficará até esta crise passar e voltar a ser seguro andar de casa em casa para a entregar.
Às 20h00, estabeleceu-se, todas as famílias da corrente rezam ao mesmo tempo uma Avé Maria. Hoje o nosso mais velho fez a oração e foi tocante.
Algo como: "Ajuda-nos porque eu não consigo compreender muito bem isto e quero voltar a sair à rua e voltar à escola".
Já ontem tinha tido um meltdown porque em casa não conseguia aprender e dias antes dissera-me que estava arrependido de não ter aproveitado para sair mais nos anos que leva de vida (ele, o caseiro - agora quer sempre sair, nem que seja para ir ao lixo, a 40 metros da nossa porta).
O dia começou tarde, com sono prolongado e novo atraso nos trabalhos escolares. Acabei por não estar por cá. Tive de ir comprar fruta e legumes para três casas. E levei um pastel de nata ao meu sogro, para lhe dar um mimo - está sempre fechado em casa.
Porque o telemóvel dele é da idade da pedra, fiz uma videochamada por whatsapp (do meu, claro) para os netos e filha e ainda juntei o meu pai noutro ecrã. Parecia que lhe tinha saído a sorte grande. Na verdade, soube-nos a todos a um bocadinho dos sábados (embora eu estivesse de máscara na cara para o proteger).
Depois de almoço tinha de sair de novo, para receber a compra online feita no Pingo Doce - estranhamente não conseguiam entregar cá em casa e ia para o do meu pai. Aproveitei para levar-lhe os frescos, passei a comprar pão na Padaria Portuguesa (que agora vende laranjas, leite, latas de conserva, etc) e fiz-lhe também o mimo de levar um bolo (uma queijada). Ele andava com vontade, sobretudo depois de saber que a neta tinha feito (durante a tarde) um bolo, do qual já não deu para levar-lhe uma porção por estar no forno à hora a que saí de casa.
A verdade é que longa foi a espera. Tão longa que desesperou. Entrega prevista para as 17h30, e o tempo a passar. A passar. A passar. A passar. A passar (devagar).
Sem telefone para perguntar o que se passava, acabei no atendimento por messenger de Facebook (desgraçado de quem não tem facebook) e lá me disseram que o "shopper" haveria de ligar-me para falar. Lá me ligaram às 19h30 para reagendar a entrega. Ficou para amanhã, de manhã...
Dia em que, estando eu de folga, terei de ir trabalhar, para ir à televisão comentar atualidade logo pela manhã. A vontade de sair é escassa, mas, como recusar o que algum dos meus companheiros teria de fazer?
Dizem-me que posso dispensar a maquilhagem, que dão desinfectante, que limpam a mesa... Há de correr bem! Tem de correr bem.
PS: Hoje o Governo aprovou novas regras para layoff e ajudas às famílias que fiquem com rendimentos afetados, como por exemplo moratórias nos pagamentos dos créditos bancários (habitação incluído). O lado económico da pandemia vai ser outro pandemónio. Mas como noutos momentos da história, cá estaremos todos para ultrapassar.
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