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De como nasce um vegetariano

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A pouco menos de um mês de celebrar o segundo aniversário, o meu filho confrontou-se com dura realidade. Já tenho pensado, por algumas vezes, como pode ser cruel estar a dar-lhe arroz de pato enquanto ele vê um livro com figuras de patos e lhe digo «come o arroz de pato, filho»; «olha o pato tão giro, filho, no livro»., o que por vezes o leva a responder  «os bichos», algo que também faz quando se apresenta com o seu balde repleto de animais de plástico, cujos nomes e sons vai aprendendo. Claro que entre o pato que ele vê em desenho, de cabeça para baixo e rabinho para o ar, e aquele que lhe surge no prato não existe qualquer linha de ligação. São, para uma criança de dois anos, mundos que não se tocam. Hoje foi, então, o choque definitivo! Aproveitámos o facto de estar em casa para usufruir da companhia do meu pai e do meu sogro. Comprámos frango para o almoço, conversámos, fomos dar uma volta e ao fim do dia passei no Pingo Doce, onde comprei um quilo de camarões (uma maravilha

da pureza

A mão no peito ao ver a última fotografia, o sorriso genuíno de amor. "Ixé a buó! Aqui... aqui..." (a avó está no nosso coração...)

Do gosto pela tristeza

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It's better to feel pain, than nothing at all The opposite of love's indifference Stubborn Love - The Lumineers

Não me perguntem...

- como estás? Sei que é com amizade, mas a resposta é passaporte imediato para um mundo de A) mentiras (estou bem) B) banalidades (faz-se por isso, é assim a vida, há que seguir em frente) C) culpa (na eventualidade de estarmos bem, não nos perdoamos por isso) D) all of the above

As vidas dos outros

Via Facebook recordo o que sempre soube. Que as outras vidas são sempre diferentes das nossas. No meu caso, no entanto, é com orgulho que o constato. Primo pela simplicidade. De gostos, de actos, de amizades. Gosto de tudo claro, simples, directo e, sobretudo, verdadeiro. Abomino - mesmo - a ostentação, detesto que as pessoas encenem vidas. Isto a propósito das fotos e dos vídeos que nos vão chegando. Eu que me casei de camisa - sim, é raro - e proibi gravatas à dezena (pouco mais, vá) que connosco almoçou, que fugi dos catterings estupidamente caros (em que nos servem dez vezes mais comida que aquela que poderíamos, na realidade, comer, mesmo que ficássemos o fim de semana inteiro fechados numa sala), sorrio ao ver o sorriso no rosto de um casal - desconhecido,claro - que me entra pelo monitor, numa festa com vestidos (e fatos) de gala, e carros antigos alugados de propósito para a ocasião. Nunca percebi a razão de se gastar num só dia o dinheiro que garante a educação de um filho

E no regresso ao trabalho?

A ver se consigo explicar. Os dias passam-se com normalidade, por vezes até sorrio, mas não há como disfarçar: durante todo o dia, a cada hora, dói-me a barriga e o peito. O pior - ou não - é que não desejo que deixe de assim ser.

15 dias e o que se sente

Diz que foi às 3 da manhã de dia 26 (ou seja há 15 dias) que o meu mundo ficou irremediavelmente mais curto. Não foi por acaso que não utilizei a palavra pobre. É que, bem vistas as coisas, se por um lado perdi a companhia da minha mãe, o sorriso fácil, as piadas que com ela fazia, quase sempre a tirá-la do sério - como quando a assustava de morte com uma inofensiva aranha de peluche, que fazia saltar graças a uma bomba de ar - por outro acredito ter ganho muito noutros aspectos importantes na minha vida: 1) o meu pai. Estou agora mais perto dele do que alguma vez estive. Conversamos, apoiamo-nos, fazemos, no fundo, tudo aquilo que pais e filhos deviam fazer sempre ao longo da vida. 2) a minha mulher. O apoio que recebo e o carinho que partilho fazem-me fortalecer a certeza de que a 13 de maio de 2012 dei o passo mais certo da minha vida, ao dizer que sim, que aceitava aquele anjo para minha companhia até ao fim dos meus dias 3) eu próprio. Noto que de repente mudei. Toda a minha

Funerais em tempo de crise (o assunto que parece ser tabu)

A morte da minha mãe, há pouco mais de uma semana, foi o meu primeiro contacto directo com o incrível mundo das agências funerárias. Na hora de dor, o que todos procuramos é uma rápida resolução do problema. Pegamos no telefone, ligamos para uma agência à sorte (afinal, raramente conhecemos o que lá vem) e entregamo-nos sem reservas. Uma hora depois está um funcionário em nossa casa, passamos pelo incómodo de escolher um caixão, por exemplo, entre outros, e acabamos confrontados com um preço que nos deixa estupefactos. No meu caso, fui aconselhado por um tio a não telefonar para a Servilusa. Sugeriu-me antes os serviços de uma pequena agência que opera em Alcântara e Santo Amaro. Ao que parece, tal pormenor ter-me-à poupado uns bons milhares de euros. No caso concreto do funeral da minha mãe deixei claro ao senhor da tal agência que queria tudo o mais simples possível - claro que fiquei chocado quando soube que, por exemplo, quanto mais simples for o caixão mais caro é, pelo que ac

É como o nevoeiro

Começa por ser uma neblina e, de repente, o vazio já toma conta dos dias. Passou hoje uma semana. Parece que foi ontem, parece que não foi de todo e parece, também, que já se passou uma eternidade. Saudade

Um filho e a perda da avó

De repente é dia 31 de Dezembro e já lá vão praticamente 5 dias desde que a minha mãe nos deixou. Hoje como naquele dia, vou-me segurando como posso e se por um lado ter um filho por perto é algo que muito ajuda a rir, genuinamente, é também por ele que muitas vezes as lágrimas vêm aos olhos. Custa, por exemplo, pensar que ele não volta a ver a avó, mais ainda quando ele começa a dar sinais de não entender o porquê do súbito desaparecimento. A meio da sesta da tarde, por exemplo, acordou aos gritos. Quando lá cheguei, olhei para todos os lados e perguntou, perdido: «Avó?». O normal seria acordar à tarde, da sesta, e a avó estar na sala, onde, juntos, brincariam até a avó se cansar e ele ficar com as pilhas a meio. Tive de explicar-lhe que a avó não estava cá, isto enquanto tentava disfarçar as lágrimas. Prometi-lhe que se fizesse "ó-ó" iríamos ver o avô a seguir - (estava já combinado um lanche) e lá o convenci a continuar a sesta. Acordado, papa devorada, hora de sai

Para um filho, começando por um pai...

Não há outra forma de dizê-lo, pai: anteontem, a mãe morreu. Haverá? Foi-se, partiu, deixou-nos, faleceu, desencarnou, não resistiu... Que diferença faz? Foi uma maldita pneumonia que a levou, eis o que constará dos relatórios dos médicos. Que o líquido nos pulmões a enfraqueceu, que o coração ficou fraco, que os rins pararam, que o corpo não conseguiu reagir à medicação. Tretas. Quer dizer, tudo verdade, mas tretas. Não foi nada disso. Filho, a tua avó não era deste mundo. Regressou a casa, apenas. Era um anjo entre nós, e dela tenho agora tanto para te contar que já sei que nunca tal caberá na pequenez dos meus dedos, nem na velocidade do meu pensamento... Poderia começar por dizer-te, filho, que a tua avó Zé, a buó, como lhe chamas, era o tipo de pessoa que dava as camisolas caras, que recebia de presente, a pessoas que delas mais precisavam, que o dizia, orgulhosa e sem problemas, a quem lhas dava. Que a tua avó, filho, era o género de pessoa que saía de casa, todos os dias

O Sentido da Vida (2012)

Durante uns tempos - largos - andei a matutar na ideia de que a vida é uma grande treta. Que passamos por cá a ver os que nos são queridos em dificuldades, a perder contacto com amigos, a ver morrer aqueles de quem gostamos. Ao mesmo tempo, percebemos que a vida não é um mar de rosas, que há uma tal de crise, que aqueles que mais estimamos andam entre a precariedade e o desemprego. Ontem resolvi o assunto do ponto de vista filosófico. E se, afinal, a busca pela felicidade for, apenas, a busca pela melhor forma de lidar com todas as tristezas?

No fundo, isto é só para guardar o texto

A propósito do novo acordo ortográfico, li há tempos este texto na internet. Porque quero guardá-lo, posto-o aqui. É, no mínimo, um exercício inteligente de português - e de inteligência. Tem-se falado muito do Acordo Ortográfico e da necessidade de a língua evoluir no sentido da simplificação, eliminando letras desnecessárias e acompanhando a forma como as pessoas realmente falam . Sempre combati o dito Acordo mas, pensando bem, até começo a pensar que este peca por defeito. Acho que toda a escrita deveria ser repensada, tornando-a mais moderna, mais simples, mais fácil de aprender pelos estrangeiros . Comecemos pelas consoantes mudas: deviam ser todas eliminadas . É um fato que não se pronunciam . Se não se pronunciam, porque ão-de escrever-se ? O que estão lá a fazer ? Aliás, o qe estão lá a fazer ? Defendo qe todas as letras qe não se pronunciam devem ser, pura e simplesmente, eliminadas da escrita já qe não existem na oralidade . Outra complicação decorre da leitura

Mas...

Aquele momento em que uma choradeira incontrolável enquanto se dorme é resolvido simplesmente com duas festas na barriga e a oferta para a mão de uma girafa de peluche...

Carta a um filho (para memória futura)

Meu querido, Já levas quase dois anos de vida e neste quase entra o exagero de um pai que ao ver-te com 19 meses se pergunta para onde foi o tempo passado, por onde veio, por entre que dedos fugiu. Ainda não falas - ou melhor, falando não conversas, porque de português vais sabendo apenas naum, pê-pê, que é a tua pera, bô, abuó, manman, pápá, opa, e mais meia dúzia de coisas - mas entendes o que te vou dizendo. Percebes quando vais para a escola do Tigre, que é como chamo à creche onde andas, porque lá tem na parede a pintura de bonecos gigantes do Winnie the Pooh e do seu amigo tigre, mas se te tentasse falar de economia o mais certo seria que me olhasses, me virasses costas e dissesses uma daquelas tuas frases: "otapa manupch etetei mamã".. E é por isso que te escrevo. Não faço ideia de como será a tua vida quando leres esta carta - se alguma vez chegares a lê-la - mas importa que percebas um pouco como chegámos ao dia de hoje, e porque chegámos aqui com a necessidade

Hotel Riu Guaraná - as (más) lições de poupança

Localização:  Quinta do Milharó Olhos D'Agua - Algarve. Tel: (+351) 289 598 140  Preço: €184 euros /noite, duas pessoas, com Tudo Incluído (TI) Tripadvisor: (aqui) Site oficial: (aqui) Estreio aqui o registo de análise a hotéis. Não sei se irei voltar a fazê-lo, mas há umas quantas coisas que me apetece dizer sobre este hotel da cadeia RIU, situado em Olhos de Água, no Algarve, e onde passei umas quantas noites (e dias) na semana passada. Antes de mais, o Riu Guaraná é um hotel que funciona no regime Tudo Incluído, o que na prática significa que o cliente paga uma taxa diária e tem direito não só à dormida, mas também a comer e beber tudo o que lhe apetecer, sempre que lhe apetecer. Está bom de ver que este é um cenário agradável para quem passa o ano a preocupar-se com comida e que quer, por uma vez, tirar uns dias em que pode dar folgas ao cérebro. Ora, sendo o Riu Guaraná um hotel que funciona no regime Tudo Incluído, é legítimo esperar-se que tente cortar ao máximo na

Páh

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Há um ano, tinha o G um mês e uns quantos dias, brindou-me com um sorriso. Na verdade, para ser exacto deveria ter escrito com O sorriso, carregando mesmo no "shift" para tornar o "o" em maísculo, uma vez que aquele sorriso foi o primeiro que a pequena criatura esboçou depois de nascer. Hoje, um ano volvido sobre esse dia, houve muito mais que um sorriso, houve também sorrisos para muito mais gente que para mim, e tudo isso foi magnífico. Como o foi o cartão que na creche as educadoras prepararam para mim, com a colaboração do G. Posso dizer sem arriscar muito que este foi o primeiro dia do pai em que alguém me chamou pai e me sorriu ao mesmo tempo. No próximo - daqui por um ano - alguém há de sorrir, chamar pai e fazer algo mais; e daqui por dois anos em vez de três pérolas para recordar terei quatro, ou cinco, ou seis. Quando se é pai, há um desafio que assume prioridade sobre todos os outros na vida: viver sempre mais um dia, mais um ano, para ver sempre mais

Ausente, sim

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Porque será?

Às vezes a cor

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Há mesmo várias formas de ver o.Mundo. qual é a tua?

Afinal isto existe

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O que ganhei eu? Além de três anos muito bons, ganhei um novo país por quem torcer nos Mundiais de futebol, uma nova cidade para incluir em todos os planos de viagem, um filho, uma vida, uma família. Afinal isto existe. E nem vale a pena dizer muito mais. Ganhei-me a mim. Obrigado

Lucky me

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Do alarmismo

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Três carros são incendiados na Covilhã e logo a população vem para a TV com suspeitas de actos de vandalismo. (e os jornalistas ajudam) Foto: google

De uma foto, de uma canção, da antiguidade

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 Em tempos tentei escrever um texto em inglês sobre esta foto. A ideia fazia parte de um projecto conjunto com uma moça húngara que viria a conhecer pessoalmente um ou dois meses depois, por ocasião de uma visita a Budapeste. Szuszana Gaçsi é o nome dela - crédito à foto - e a viagem a primeira que, em lazer, fiz sem companhia. Não consigo lembrar-me do que escrevi. Sei que era triste, o que a foto me transmitia. A regra era essa, a minha amiga publicava uma foto num blogue comum e eu escrevia sem saber onde tinha sido tirada a fotografia, ou qualquer outra informação. Era blind art, ou escrita às cegas, o que quiserem. Nunca chegou a ser arte, mas hoje precisei desta imagem. Por cá, por Portugal, entenda-se, o primeiro-ministro anunciou que os funcionários públicos ficarão dois anos (2012 e 2013) sem subsídio de férias e sem subsídio de Natal. Não me lembro de ter visto algo tão violento. Para já, a medida não me atinge, pois não sou funcionário público, mas não tenho ilusões: ati

Sad, sad days lie ahead

Last Dance - The Cure (Entreat Version) I'm so glad you came I'm so glad you remembered To see how we're ending Our last dance together Expectant Too punctual But prettier than ever I really believe that this time it's forever But older than me now More constant More real And the fur and the mouth and the innocence Turned to hair and contentment That hangs in abasement A woman now standing where once There was only a girl I'm so glad you came I'm so glad you remembered The walking through walls in the heart of December The blindness of happiness Of falling down laughing And I really believed that this time was forever But Christmas falls late now Flatter and colder And never as bright as when we used to fall All this in an instant Before I can kiss you A woman now standing where once There was only a girl I'm so glad you came I'm so glad you remembered To see how we're ending Our last dance together Reluctantl

A vida num só dia

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- O teu filho pôs-se em posição de gatinhar! - Grava, grava. (...) (...) -Gravaste? -Gravei. Gravar é, claro, filmar; E é em filme que a maior parte dos pais acompanham o crescimento dos filhos. Um filme contado, não gravado com qualquer dispositivo, um filme filmado, fotografias, enfim, qualquer coisa serve. Hoje cheguei a casa e a câmara (não tão moderna como a da imagem que o google me emprestou) sorria para mim, em cima da mesa, mesmo ao lado do tapete de actividades onde, supostamente, o meu filho se colocou em posição de gatinhar. Liguei a assistente de cozinha para fazer um peixe cozido e dirigi-me à sala. Mirei-a de longe, aproximei-me e ela não resistiu. Liguei-a e espreitei. Viajei no tempo para ver se o meu filho tinha gatinhado (a mãe dele, entretanto, adormecera em cima da cama, provavelmente ao mesmo tempo que ele, noutro quarto, adormecera). Percebi que não, que aquele menino que hoje de manhã me deu o olhar amuado número 1 (porque foi o primeiro dele) não ti

O silêncio

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Quase um ano depois, manhã de silêncio. Manhã só minha. E, no entanto, falta-me tudo. Até à noite, em que o silêncio será apenas recordação de uma manhã. De há um ano.

Mais doce

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Pipoka. Assim, sem mais nem menos, na tampa de um caixote do lixo. Não de um de rua, é certo, mas de um de jardim. Em zona residencial quase chique - tanto que os grafiteiros se apaixonam por pipokas e não por cátias marisas - se marca assim a tinta um amor. E você, caro leitor, gostaria de ver o seu petit-nom assim gravado num caixote de jardim ou preferia num vidrão daqueles todos modernos?

Coisa de homem

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Sem palavras

Estado líquido Fusion

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30 Setembro 2011

I'm not scared anymore

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The Mission - Like a Child Again I'm not scared anymore I'm not scared of the dark when I sleep with you And I'm feeling alive And I'm feeling strong again when I'm with you And it hits me Just like a runaway train And it blows me away Just like a hurricane You can make me happy and I hope you feel the same You make me feel just like a child, a child again I'm not trapped anymore Between Madonna and the whore when I lay with you And the days run away Like wild horses run away when I'm with you And I'm breathing you in Just like the morning air And I'm wrapping you around Just like a skin to wear Oh sweet thing I'm born once again For you sweet thing Just like a baby again You make me happy and I hope you feel the same And I'm in Heaven and it feels like a gentle rain You make me happy and I want you to feel the same You make me feel just like a child A child again

Regresso ao passado

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I used to run on alcohol. Nowadays, I run on pampers (and that makes me happy)

O renascimento do Blogger?

Estará, na minha vida, o Facebook ameaçado pelo regresso do Blogger? Tenho vontade de voltar a este espaço, e a quem me é próximo, sem o ruído de multidões furiosas. A ver se é hoje que a cara e a coroa vêem a sorte mudar.

Eu, pela cidade

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É só tocar à campaínha, que eu abro.

Sometimes

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No U-Turn

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Aos 28 deste Abril, sinal de proibição de inverter o sentido de marcha. O mesmo é dizer: tempo de seguir em frente. Sem obstáculos à vista, o caminho não foi fácil nem agradável, mas chegar aqui inteiro foi uma vitória. Não é hora de sorrir, pois nada há a celebrar. Os sorrisos estão guardados, sim, para usar a partir daqui. A 100 por cento e sem obstáculos pela frente. Vamos a isto os três, vá. (viva nós)

Um sorriso

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Escasseia o tempo para escrever no blogue, mas não as emoções. Foi a 15 de Fevereiro que o Gabriel (me) nasceu e desde então tenho vivido os melhores dias da minha vida. O melhor mês já lá vai, na certeza porém de que este que já vivemos será, de novo, o melhor de sempre, ainda que menos bom que o terceiro. É, pois, ponto assente: quando temos um filho, ganhamos outra vida. A dado momento, todos teremos pensado que fizemos grandes revoluções. Talvez ao mudar de emprego, ao trocar a namorada, ao escolher o carro dos sonhos, ao fazer aquela viagem inesquecível. A dado momento todos tivemos a maior alegria do Mundo. Aquele golo da nossa equipa naquele jogo decisivo, a explosão de felicidade, em frenética euforia, em espasmo de realização máxima. A verdade, caros amigos, é que esta é uma felicidade diferente. Em momento algum dei por mim perto de saltar e gritar para comemorar. É uma alegria serena, uma implosão por oposição à explosão. Algo que nos vai entrando muito devagar na alma, talv

Nasceste-ME

Um filho não nasce. Nasce-nos um filho. E como outras coisas que nos nascem, um filho é algo que - sabemos da primeira vez que ele nos olha nos olhos - nos vai continuar a nascer a cada dia. E que nos faz renascer. É fácil dizer o que já toda a gente disse. Mas como é verdade, eu digo também. Um filho é a expressão do amor como nunca alguém o conseguiu explicar.

Hóquei em Patins de mesa e umas quantas memórias

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Há casos em que 94 anos são 94 anos a mais. Finito.

2011, ou carta a um filho que está quase a chegar

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2011 não é um ano. 2011 é um dia. É o dia em que tu, meu anjo, vais fazer-me chorar de emoção. Já o fizeste em 2010, mas aí tinha-te visto apenas na "TV", em pequenino mais pequeno que tu, e amarelo como os Simpsons, o que foi já mais que o negativo em que te vi antes. 2011, meu pequeno anjo, é o ano em que vais ganhar um rosto. Não que não o tenhas ainda. Já to vi. Não o de Simpson, claro, que esse em ponto pequeno era o meu, em ponto grande era o da mãe. Não, meu anjo, fiquei convencido de que serás mais parecido com o Brad Pitt, por certo. Afinal, se ele é o mais belo para as mulheres, então no mínimo serás como ele. Serve este disparate (admitir que possas ser apenas tão bonito como o Brad) para te mostrar como é o amor de um pai. Isto digo eu, claro, que nem sei bem o que é isso de ser pai. Sei o que é sentir-te mexer por baixo da pele da mãe, sei o que é levar (de ti) pontapés nas costas à hora de dormir, sei o que é ver-te aos pulos enquanto, com uma lanterna, te tiro

10 por cento é o valor da gorjeta, certo?

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My angel, Gabriel...

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Se há felicidade, eu encontro-a nos olhos, nos lábios e nos pés de alguém que ainda não chegou, mas que já me fez um homem novo...

Da ingratidão...

Por vezes abrimos as portas a quem nos procura, em lágrimas. Outras vezes, vemos os mesmos fecharem-nos as portas, por desconfiança, raiva ou até alguma falta de verticalidade.

O primeiro dia, o primeiro pontapé

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Dias e dias à espera de um sinal e eis que levo um pontapé, já noite dentro. Leve, leve. Muito leve. Foi um olá. E, acreditem, foi uma sensação incrível. PS: A foto é, obviamente, roubada da net com a cumplicidade do google.

Os primeiros pingos

Caem os primeiros pingos dos primeiros dias do último outono sem o meu primeiro. Confuso? Pouco importa. A verdade é que à minha boa maneira, depois de apanhar uns pingos na cabeça já senti dor de garganta. Claro que foi só sugestão. Mas, se assim não fosse, nem era eu!

A garrafa de vinho que não cumpriu a sua missão

Se vivesse mais 100 anos e se todos os anos falasse uma vez com os pais sobre o assunto, outras 100 vezes B. ouviria dizer que aquela garrafa era de 1973. Era, na verdade, de 1974, não exactamente do ano em que nasceu, mas o mais perto que se arranjava. Pouco lhe importava. Importava, isso sim, a história de vida que aquela garrafa de vinho Madeira lhe contava. Ao recebê-la - depois de umas férias dos pais na Pérola do Atlântico - B. decidira guardá-la para ocasião especial. Traçou-lhe como meta ser aberta no dia em que quisesse brindar à notícia que, sabia, um dia haveria de dar-lhe um sorriso, bem como fazer os seus pais darem o passo seguinte na carreira familiar: tornarem-se avós. O vinho era especial e como especial foi guardado no ponto mais alto e escuro da despensa. Inalcançável, como se a distância ao braço representasse a distância da vida de B. ao dia para o qual reservara a garrafa, a pobre foi envelhecendo. Abandonada, esquecida. Certo dia, B. cansou-se. Cansou-se de outra

Life is changing fast...

I used to write, I used to write letters I used to sign my name I used to sleep at night Before the flashing lights settled deep in my brain But by the time we met By the time we met the times had already changed So I never wrote a letter I never took my true heart I never wrote it down So when the lights cut out I was left standing in the wilderness downtown Now our lives are changing fast Now our lives are changing fast Hope that something pure can last Hope that something pure can last It seems strange anekatips How we used to wait for letters to arrive But what's stranger still Is how something so small can keep you alive We used to wait We used to waste hours just walking around We used to wait All those wasted lives in the wilderness downtown oooo we used to wait oooo we used to wait oooo we used to wait Sometimes it never came (oooo we used to wait) Sometimes it never came (oooo we used to wait) Still moving through the pain (oooooo) I'm gonna write a letter to my true l

Os irmãos Emanuel e Manuel

Os pais dos gémeos chamaram-lhe Emanuel e Manuel. Vestem-se sempre de verde e Manuel é vidente, Emanuel acha-o evidente.

I can fly!

Uma palavrinha...

"Portador das boas novas, das mudanças, da sabedoria e da inteligência. Arcanjo da Anunciação, trazei todos os dias mensagens boas e otimistas. Fazei com que eu também seja um mensageiro, proferindo somente palavras e atos de bondade e positivismo. Concedei-me o alcance de meus objetivos. Que assim seja"

Ilusão de óptica

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Olhando para o + de forma fixa, cria-se um engraçado efeito... (é preciso clicar na imagem para ver a ilusão)